Revista "Atlântico"
Revista “Atlântico”
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Reproduzimos a capa do último número, datado de Março de
2008, já lá vão quatro anos e meio!
Lamentavelmente, só tivemos conhecimento da sua existência praticamente
‘a meio’, pelo que acompanhámos a sua vida/existência apenas desde o seu número
17, de Agosto de 2006. E até hoje não conseguimos encontrar meio de obter os
números em falta, fundamentais para se fazer a História completa desta revista
que marcou uma época, dir-se-ia, uma moda.
Pese embora a sua qualidade, era chique, da moda, falar-se
da “Atlântico”, mesmo que nunca se a lê-se, bastando que terceiros, também da
moda, a ela se referissem.
Mas a “Atlântico” era uma excelente revista! Pese embora o pretensiosismo
de muitos dos que nele escreviam/opinavam, e que depois se dispersaram pelos
mais variados lugares. Por vezes, fica a ideia que a magnífica “Atlântico” mais
não foi para certa gente como que o trampolim para outros sítios, para outros objetivos,
quiçá, menos nobres até, sem que a revista merecesse tal.
Atual, acutilante, certeira, com muitos textos de nível
académico, bem construída, foi uma ‘pedrada no charco’, tal como a ‘K’ o fora, e
deixou um vazio que até agora não foi preenchido.
Considerada à Direita, não se diria de Direita dados os tempos
continuarem avessos a tal…, não era politicamente correta, salvo (des)honrosas
exceções…, tinha para nós como seu pecado capital uma forte americanofilia, e a
consequente visão do Médio Oriente, com a qual discordamos em muitos aspetos. E
está, neste campo, tudo dito.
Resta uma palavra acerca do seu Diretor, Paulo Pinto de Mascarenhas. Em poucas palavras, o seu trabalho foi de uma competência total. A
ele não se pode assacar culpas do insucesso ou do fecho da “Atlântico”. Portugal,
no fundo, não merecia uma revista de tal gabarito. E mais não se diz!
Mário Casa Nova Martins
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