Luís Filipe Meira
Ontem, quarta-feira, os Beatles voltaram à primeira página de alguns jornais importantes. Público e o I em Portugal, o El País em Espanha, o Le Monde em França, The Sun em Inglaterra, entre outros, noticiaram com o devido destaque que todos os álbuns britânicos e a compilação de singles Pat Masters foram reeditados em todo o mundo com som remasterizado.
Uma equipa de sete pessoas trabalhou durante mais de 10.000 horas o som destas gravações, tentando melhorá-lo, sem o alterar na sua essência. No entanto, o próprio Allan Rouse, o engenheiro responsável pelo projecto, reconhece que as subtilezas da remasterização se perdem ao utilizar o IPod, o leitor do carro ou aparelhagens que a maioria de nós comuns dos mortais utiliza para ouvir música. Assim, esta reedição – que além do som melhorado tem ainda alguns extras – é para coleccionadores com poder de compra, e não para melómanos remediados. Se bem que cada disco não atinja preços proibitivos, pois variam entre os 16 e os 20 euros, as caixas que reúnem o conjunto completo já saltam para os 180 euros [The Beatles Box Set - Remastered in Stereo].
Concluindo, e sem querer colocar minimamente em causa a bondade do operação, julgo que um dos grandes méritos que teve foi recolocar os Beatles na primeira página, pois – como escrevia João Lisboa no Expresso – a música dos Beatles nunca foi transgeracional, se bem que a sua popularidade não se tenha esbatido muito com o passar dos anos. Qualquer jovem sabe quem foram os Beatles, quase nenhum será capaz de dizer o nome de uma das suas canções.
Em conjunto com esta reedição, foi posto à venda The Beatles Rock Band, novo jogo da série Rock Band e já houve quem viesse dizer que os Beatles não estão a publicar um jogo de vídeo à boleia da sua música, que estão a reeditar a sua música à boleia de um jogo de vídeo.
Exagero? Talvez. Mas um sintoma daquilo que ficou dito.
Já agora, aproveito também a boleia para votar em Revolver como a obra-prima dos quatro de Liverpool, não menosprezando no entanto Sgt. Peppers, que já foi o disco da minha vida e que tem duas ou três canções que ouço regularmente.
Uma equipa de sete pessoas trabalhou durante mais de 10.000 horas o som destas gravações, tentando melhorá-lo, sem o alterar na sua essência. No entanto, o próprio Allan Rouse, o engenheiro responsável pelo projecto, reconhece que as subtilezas da remasterização se perdem ao utilizar o IPod, o leitor do carro ou aparelhagens que a maioria de nós comuns dos mortais utiliza para ouvir música. Assim, esta reedição – que além do som melhorado tem ainda alguns extras – é para coleccionadores com poder de compra, e não para melómanos remediados. Se bem que cada disco não atinja preços proibitivos, pois variam entre os 16 e os 20 euros, as caixas que reúnem o conjunto completo já saltam para os 180 euros [The Beatles Box Set - Remastered in Stereo].
Concluindo, e sem querer colocar minimamente em causa a bondade do operação, julgo que um dos grandes méritos que teve foi recolocar os Beatles na primeira página, pois – como escrevia João Lisboa no Expresso – a música dos Beatles nunca foi transgeracional, se bem que a sua popularidade não se tenha esbatido muito com o passar dos anos. Qualquer jovem sabe quem foram os Beatles, quase nenhum será capaz de dizer o nome de uma das suas canções.
Em conjunto com esta reedição, foi posto à venda The Beatles Rock Band, novo jogo da série Rock Band e já houve quem viesse dizer que os Beatles não estão a publicar um jogo de vídeo à boleia da sua música, que estão a reeditar a sua música à boleia de um jogo de vídeo.
Exagero? Talvez. Mas um sintoma daquilo que ficou dito.
Já agora, aproveito também a boleia para votar em Revolver como a obra-prima dos quatro de Liverpool, não menosprezando no entanto Sgt. Peppers, que já foi o disco da minha vida e que tem duas ou três canções que ouço regularmente.
Luís Filipe Meira
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