Crónica de Nenhures
Ontem, com início às 22:40 na RTP1 e no Museu da Electricidade, teve lugar um debate sobre as Eleições Europeias do próximo dia 7 de Junho. Estiveram presentes os treze cabeças-de-lista de outros tantos partidos e movimentos concorrentes.
Se à partida se afigurava difícil “conciliar” tanta gente e projectos tão diferentes, e com uma moderadora que prima quer pelo politicamente correcto, quer pelo posicionamento “ao lado do mais forte”, no final, pese embora alguns “contratempos”, o “saldo” foi positivo.
Os “contratempos” a que nos referimos prendem-se com as diferenças de tratamento entre moderadora e candidaturas, mas nada que não se esperasse. Ao permitir o diálogo entre os candidatos do “centrão”, impediu que mais ideias pudessem ter sido apresentadas e mais temas abordados.
Vital Moreira (PS), alvo dos mais cerrados ataques, inclusive pessoais, mostrou não estar preparado para uma campanha em que “vale tudo”. É indiscutivelmente um “candidato de salão”.
Paulo Rangel (PSD) é um bom tribuno, mas “abusa” da politiquice. Um verdadeiro “PPD”, ou não fosse da confiança política da actual líder, ambos “produto” de um certo Cavaquistão, num tempo de serôdio Cavaquismo.
Ilda Figueiredo (PCP) sabe o que diz, o que quer e por onde caminha. Porém, não é um “papagaio”, ou uma “cassete”, “produto” este tão “querido” dos e aos comunistas. As propostas que defende, concorde-se ou não com elas, são fundamentadas.
Nuno Melo (CDS) é um excelente político, sempre bem preparado. Por mais de uma vez assumiu ser contra a entrada da Turquia na União Europeia, sendo-lhe porém impedido de mostrar os argumentos de tal tese, mas tal também não foi novidade, sendo quem foi a moderadora.
Miguel Portas (BE) não trouxe nada ao debate. Este é um caso em que a falta de jeito para a política é uma evidência. Ocupa os lugares políticos que ocupa porque é “inofensivo” para o líder, e porque tem pedigree, seja lá o que “isso” quer dizer ou signifique.
Humberto Nuno de Oliveira (PNR) teve oportunidade de expor argumentos, e aproveitou bem a ocasião. Convicto, não deixou de vincar os fundamentos das posições que tem sobre a Europa. Quem o conhece, sabe que age por princípios, quem ontem o ficou a conhecer, viu um cidadão que faz da política um acto de Cidadania permanente.
Laurinda Alves (MEP), a dada altura, falou do Cosmos. As suas intervenções foram sempre num sentido cósmico, em que Humanismo e Personalismo se entrecruzavam. Uma Senhora com uma vida, quiçá, extraterrestre. Curioso!
Orlando Alves (PCTP-MRPP) utilizou casos concretos para mostrar o seu desacordo face à actual União Europeia, mas afirmando que o país deve continuar na EU.
Luís Guerra (PH) não conseguiu ser uma alternativa ao status quo do discurso político, com se quis apresentar. Não conseguiu passar a mensagem que certamente gostaria.
Pedro Quartin Graça (MPT) introduziu a ecologia no debate, mas sem grande sucesso. O que é pena, dada a importância que este tema tem nos dias de hoje.
Carlos Gomes (MMS) mostrou ser um europeu convicto, mas nada trouxe de novo à discussão. O facto de viver em Paris e viajar muito pelos países do sul da Europa, diz dar-lhe um conhecimento maior dos problemas europeus.
Frederico Duarte Carvalho (PPM) teve as intervenções mais acaloradas da noite. Muito interventivo, defendeu a sua “dama”, a Monarquia. Não é, certamente tal, o que a Europa e Portugal precisem neste momento. Esforçado.
Carmelinda Pereira (POUS) é uma “sobrevivente” de um tempo e de uma política que hoje é só passado. Quando aparece, sente-se no ar um ar démodé, de déjà vue. Hoje Carmelinda Pereira não oferece “perigo”. As suas ideias são as mesmas de quando “menina e moça”. E que falharam, como as de Ilda Figueiredo e Miguel Portas, que com Carmelinda Pereira são aqui os representantes de uma extrema-esquerda com implantação em Portugal.
Realce para as críticas ao Tratado de Lisboa, feitas por todos os candidatos, à excepção, claro e clara, dos candidatos do “centrão” Vital Moreira e Paulo Rangel.
No próximo acto eleitoral de 7 de Junho, o grande vencedor vai ser a abstenção. À Direita, continuamos a afirmar que os nomes de Humberto Nuno de Oliveira e Nuno Melo são quem melhor representa os diferentes pensamentos desta sobre a Europa. Académico o primeiro, político a tempo inteiro o segundo, os dois têm visões distintas sobre a União Europeia. Mas os pontos de vista que têm em comum são fortes, como é o caso da não entrada da Turquia na EU. O que se saúda.
Nuno Melo e Humberto Nuno de Oliveira têm que saber aproveitar os media para fazerem passar as suas mensagens. Ontem conseguiram-no com eficácia.
Se à partida se afigurava difícil “conciliar” tanta gente e projectos tão diferentes, e com uma moderadora que prima quer pelo politicamente correcto, quer pelo posicionamento “ao lado do mais forte”, no final, pese embora alguns “contratempos”, o “saldo” foi positivo.
Os “contratempos” a que nos referimos prendem-se com as diferenças de tratamento entre moderadora e candidaturas, mas nada que não se esperasse. Ao permitir o diálogo entre os candidatos do “centrão”, impediu que mais ideias pudessem ter sido apresentadas e mais temas abordados.
Vital Moreira (PS), alvo dos mais cerrados ataques, inclusive pessoais, mostrou não estar preparado para uma campanha em que “vale tudo”. É indiscutivelmente um “candidato de salão”.
Paulo Rangel (PSD) é um bom tribuno, mas “abusa” da politiquice. Um verdadeiro “PPD”, ou não fosse da confiança política da actual líder, ambos “produto” de um certo Cavaquistão, num tempo de serôdio Cavaquismo.
Ilda Figueiredo (PCP) sabe o que diz, o que quer e por onde caminha. Porém, não é um “papagaio”, ou uma “cassete”, “produto” este tão “querido” dos e aos comunistas. As propostas que defende, concorde-se ou não com elas, são fundamentadas.
Nuno Melo (CDS) é um excelente político, sempre bem preparado. Por mais de uma vez assumiu ser contra a entrada da Turquia na União Europeia, sendo-lhe porém impedido de mostrar os argumentos de tal tese, mas tal também não foi novidade, sendo quem foi a moderadora.
Miguel Portas (BE) não trouxe nada ao debate. Este é um caso em que a falta de jeito para a política é uma evidência. Ocupa os lugares políticos que ocupa porque é “inofensivo” para o líder, e porque tem pedigree, seja lá o que “isso” quer dizer ou signifique.
Humberto Nuno de Oliveira (PNR) teve oportunidade de expor argumentos, e aproveitou bem a ocasião. Convicto, não deixou de vincar os fundamentos das posições que tem sobre a Europa. Quem o conhece, sabe que age por princípios, quem ontem o ficou a conhecer, viu um cidadão que faz da política um acto de Cidadania permanente.
Laurinda Alves (MEP), a dada altura, falou do Cosmos. As suas intervenções foram sempre num sentido cósmico, em que Humanismo e Personalismo se entrecruzavam. Uma Senhora com uma vida, quiçá, extraterrestre. Curioso!
Orlando Alves (PCTP-MRPP) utilizou casos concretos para mostrar o seu desacordo face à actual União Europeia, mas afirmando que o país deve continuar na EU.
Luís Guerra (PH) não conseguiu ser uma alternativa ao status quo do discurso político, com se quis apresentar. Não conseguiu passar a mensagem que certamente gostaria.
Pedro Quartin Graça (MPT) introduziu a ecologia no debate, mas sem grande sucesso. O que é pena, dada a importância que este tema tem nos dias de hoje.
Carlos Gomes (MMS) mostrou ser um europeu convicto, mas nada trouxe de novo à discussão. O facto de viver em Paris e viajar muito pelos países do sul da Europa, diz dar-lhe um conhecimento maior dos problemas europeus.
Frederico Duarte Carvalho (PPM) teve as intervenções mais acaloradas da noite. Muito interventivo, defendeu a sua “dama”, a Monarquia. Não é, certamente tal, o que a Europa e Portugal precisem neste momento. Esforçado.
Carmelinda Pereira (POUS) é uma “sobrevivente” de um tempo e de uma política que hoje é só passado. Quando aparece, sente-se no ar um ar démodé, de déjà vue. Hoje Carmelinda Pereira não oferece “perigo”. As suas ideias são as mesmas de quando “menina e moça”. E que falharam, como as de Ilda Figueiredo e Miguel Portas, que com Carmelinda Pereira são aqui os representantes de uma extrema-esquerda com implantação em Portugal.
Realce para as críticas ao Tratado de Lisboa, feitas por todos os candidatos, à excepção, claro e clara, dos candidatos do “centrão” Vital Moreira e Paulo Rangel.
No próximo acto eleitoral de 7 de Junho, o grande vencedor vai ser a abstenção. À Direita, continuamos a afirmar que os nomes de Humberto Nuno de Oliveira e Nuno Melo são quem melhor representa os diferentes pensamentos desta sobre a Europa. Académico o primeiro, político a tempo inteiro o segundo, os dois têm visões distintas sobre a União Europeia. Mas os pontos de vista que têm em comum são fortes, como é o caso da não entrada da Turquia na EU. O que se saúda.
Nuno Melo e Humberto Nuno de Oliveira têm que saber aproveitar os media para fazerem passar as suas mensagens. Ontem conseguiram-no com eficácia.
Mário Casa nova Martins
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