Crónica de Nenhures
.
No Tempo do Tudo e do Nada
.
.
Em Portalegre nada acontece!
Casos de violência doméstica vulgo de faca e alguidar, casos de maus-tratos a idosos ou a crianças, casos de pícaros comendados e descomendados em seguida, casos de fraudes com ou sem ou por paixão, casos de cobiça pelo lugar de outrem, são factos que não acontecem em Portalegre.
Também não acontecem em Portalegre situações de exploração do trabalho infantil e do trabalho de emigrantes, situações de fome e de miséria, situações de desemprego e emprego precário, situações de roubo e agressão, situações de toxicodependência, situações de amores, desamores e divórcios cor-de-rosa, situações de atentado aos bons costumes, situações de sexo explícito, implícito ou perversidade mental.
Em Portalegre, o seu jet-set tem como particularidade principal não se encontrar em festas mundanas, porque as não há, porque as não realiza porque a crise há muito que para ele chegou e não há dinheiro para estroinices, se é que algum vez houve jet-set em Portalegre. Os momentos em que o pretenso jet-set portalegrense convive entre si, são em funerais e nas missas do sétimo dia, porque aqui, onde a cor preta ou cinzenta predomina, não é preciso novas toilettes, e apenas é preciso ter cuidado com o cheiro a naftalina. Pena é que nos funerais e missa do sétimo dia não haja a mesma tradição que a Política portuguesa introduziu nesta Terceira República, a política do croquete e da carne assada.
Em Portalegre tudo acontece!
Tem uma autarquia que já é a maior empregadora do concelho, que faz empréstimos à banca para pagar juros de anteriores empréstimos bancários, que não consegue captar investimentos públicos e privados, que nas taxas autárquicas cobra os valores máximos permitidos por lei, que destruiu o tecido agrícola, industrial e comercial do concelho, que publicamente anuncia projectos inexequíveis para a cidade e o concelho, enfim, que vai continuar no antigo Colégio dos Jesuítas até 2013.
Em Portalegre não se pensa o amanhã. Talvez porque hoje já ninguém acredita que haja um ‘amanhã’ para Portalegre. O ‘dia seguinte’ é o dia de ontem, o de anteontem e o de antes de anteontem. As Tapeçarias não se vendem, os Vinhos não têm qualidade pelo que não são competitivos, as Amêndoas da Páscoa são arqueologia de sabores, o futuro da Corticeira Robinson é um ‘enigma’.
Em Portalegre, tudo & nada acontece!
Casos de violência doméstica vulgo de faca e alguidar, casos de maus-tratos a idosos ou a crianças, casos de pícaros comendados e descomendados em seguida, casos de fraudes com ou sem ou por paixão, casos de cobiça pelo lugar de outrem, são factos que não acontecem em Portalegre.
Também não acontecem em Portalegre situações de exploração do trabalho infantil e do trabalho de emigrantes, situações de fome e de miséria, situações de desemprego e emprego precário, situações de roubo e agressão, situações de toxicodependência, situações de amores, desamores e divórcios cor-de-rosa, situações de atentado aos bons costumes, situações de sexo explícito, implícito ou perversidade mental.
Em Portalegre, o seu jet-set tem como particularidade principal não se encontrar em festas mundanas, porque as não há, porque as não realiza porque a crise há muito que para ele chegou e não há dinheiro para estroinices, se é que algum vez houve jet-set em Portalegre. Os momentos em que o pretenso jet-set portalegrense convive entre si, são em funerais e nas missas do sétimo dia, porque aqui, onde a cor preta ou cinzenta predomina, não é preciso novas toilettes, e apenas é preciso ter cuidado com o cheiro a naftalina. Pena é que nos funerais e missa do sétimo dia não haja a mesma tradição que a Política portuguesa introduziu nesta Terceira República, a política do croquete e da carne assada.
Em Portalegre tudo acontece!
Tem uma autarquia que já é a maior empregadora do concelho, que faz empréstimos à banca para pagar juros de anteriores empréstimos bancários, que não consegue captar investimentos públicos e privados, que nas taxas autárquicas cobra os valores máximos permitidos por lei, que destruiu o tecido agrícola, industrial e comercial do concelho, que publicamente anuncia projectos inexequíveis para a cidade e o concelho, enfim, que vai continuar no antigo Colégio dos Jesuítas até 2013.
Em Portalegre não se pensa o amanhã. Talvez porque hoje já ninguém acredita que haja um ‘amanhã’ para Portalegre. O ‘dia seguinte’ é o dia de ontem, o de anteontem e o de antes de anteontem. As Tapeçarias não se vendem, os Vinhos não têm qualidade pelo que não são competitivos, as Amêndoas da Páscoa são arqueologia de sabores, o futuro da Corticeira Robinson é um ‘enigma’.
Em Portalegre, tudo & nada acontece!
Mário Casa Nova Martins
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home