\ A VOZ PORTALEGRENSE: Crónica de Nenhures

quinta-feira, janeiro 08, 2009

Crónica de Nenhures

À sombra da bananeira
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Voltou-se a falar da hipótese de Alberto João Jardim vir, em congresso extraordinário, a ser líder do PPD-PSD. Dito de outra forma, “o circo voltou à cidade”!
Manuela Ferreira Leite, a ex-ministra da Educação de um dos Governos de Aníbal Cavaco Silva, é, politicamente, uma nulidade. Mas a “laranjalândia” apresentava-a como um “D. Sebastião de saias”, julgando que através dela podia regressar às mordomias governamentais.
Como seria de esperar, muito pouco tempo após a Senhora ter ascendido à liderança, viu-se o fracasso, político, que tinha sido aquela eleição. Se o anterior líder era um “desastre”, a Senhora, de forma diferente, não lhe ficava atrás.
Perante o deserto de esperança que é hoje o PPD-PSD, não espanta que o Bocassa Madeirense, numa curiosa expressão utilizada em 1992 pelo actual presidente da Assembleia da República, o açoriano Jaime Gama, para se referir a Alberto João Jardim, queira vir, de “armas e bagagens”, “assentar arraial” em Lisboa.
Se a democracia dispensaria tal “viagem”, a política-espectáculo, em tempo de crise, agradeceria! Alberto João Jardim, como líder do PPD-PSD, “animaria”, e de que maneira, a vida política. José Sócrates e o PS voltariam a ter maioria absoluta. As televisões aumentariam as audiências sempre que Alberto João Jardim falasse. E os comícios do PPD-PSD onde Alberto João Jardim estivesse presente bateriam recordes de assistência em toda a Terceira República.
Mas os “cubanos do continente”, como Alberto João Jardim gosta de se referir aos Portugueses que vivem fora da Madeira, dispensam o seu “sacrifício”. Que fica onde está. Que ature o seu “filho dilecto”, o inenarrável deputado do PND, José Manuel Coelho de seu nome. Que descanse, em paz, à sombra da bananeira!

Mário Casa Nova Martins