Francisco Lucas Pires
Qual o seu legado, dez após a sua morte? O que permanece vivo, o que é obsoleto e o que é futuro? Que doutrina deixou? Faz sentido o presente conjunto de homenagens que em torno da sua Memória?
Este conjunto de questões, e outras que poderiam ser formuladas, têm uma resposta simples. Francisco Lucas Pires não deixou indiferentes os que acompanharam a sua vida política. Assim, é justo que seja lembrado, para que as gerações que o não conheceram fiquem com uma imagem do Homem.
Francisco Lucas Pires, ao contrário de Adriano Moreira, nunca teve razão antes do tempo. Mas teve a visão do futuro. Como que profetizou o que seria a Europa em termos de União Europeia. De Nacionalista, passou a Europeísta. E dentro do Europeísmo, situou-se na sua franja mais radical, o Federalismo. Francisco Lucas Pires sempre foi um Extremista.
Em Portugal, depois de militar em movimentos radicais de Direita, defende o Liberalismo. O seu consulado no CDS deixou marcas desse intento, que hoje são doutrina governamental. Uma vez mais foi precoce, mas também não teve razão na terapia escolhida. Este Liberalismo, fruto da Globalização que também previu, não é o remédio certo para Portugal, a Europa e o Mundo, revelando-se gerador de injustiças económicas e sociais gravíssimas.
Também o Federalismo que acirradamente defendeu para a Europa não é exequível. Ao contrário do que previu, outra vez não teve razão, a ideia Federalismo conduziu a um renascer dos Nacionalismos. E os próximos tempos irão acentuar essa deriva.
Francisco Lucas Pires foi um teórico da Política. Mas a sua Doutrina não se comprovou na prática. Provavelmente, se a morte o não tivesse levado tão prematuramente, seria um Eurocéptico. É que nos últimos dez anos o que mudou na Europa não foi a Utopia que criou, mas sim uma Distopia. A Europa que o seu Pensamento legou é tão diferente da realidade. E Portugal, de país periférico, passou a ultra-periférico. Os líderes Europeus, há muito que deixaram de ter a estatura moral e cívica que tinham no seu tempo. A mediocridade e a ambição de gente como José Manuel Durão Barroso, não têm equivalente àquela com quem Francisco Lucas Pires privava. Outro Tempo, outra Gente!
A sua saída do CDS foi má para ele e para o Partido. Também para Portugal. Ao entrar para o PSD perdeu-se uma referência na Direita Portuguesa. Ficou sempre a ideia de que se achava “maior” do que o Partido em que militara. No PSD foi um “corpo estranho”. Era notório o seu cansaço da vida política Portuguesa. A Europa era para ele um refúgio e um alento.
Faleceu a caminho de Coimbra. E Coimbra era como um porto de abrigo para Francisco Lucas Pires. Nela quis ficar. E é ela que o vai Homenagear no próximo sábado. Com a maior das Justiças Terrenas!
Este conjunto de questões, e outras que poderiam ser formuladas, têm uma resposta simples. Francisco Lucas Pires não deixou indiferentes os que acompanharam a sua vida política. Assim, é justo que seja lembrado, para que as gerações que o não conheceram fiquem com uma imagem do Homem.
Francisco Lucas Pires, ao contrário de Adriano Moreira, nunca teve razão antes do tempo. Mas teve a visão do futuro. Como que profetizou o que seria a Europa em termos de União Europeia. De Nacionalista, passou a Europeísta. E dentro do Europeísmo, situou-se na sua franja mais radical, o Federalismo. Francisco Lucas Pires sempre foi um Extremista.
Em Portugal, depois de militar em movimentos radicais de Direita, defende o Liberalismo. O seu consulado no CDS deixou marcas desse intento, que hoje são doutrina governamental. Uma vez mais foi precoce, mas também não teve razão na terapia escolhida. Este Liberalismo, fruto da Globalização que também previu, não é o remédio certo para Portugal, a Europa e o Mundo, revelando-se gerador de injustiças económicas e sociais gravíssimas.
Também o Federalismo que acirradamente defendeu para a Europa não é exequível. Ao contrário do que previu, outra vez não teve razão, a ideia Federalismo conduziu a um renascer dos Nacionalismos. E os próximos tempos irão acentuar essa deriva.
Francisco Lucas Pires foi um teórico da Política. Mas a sua Doutrina não se comprovou na prática. Provavelmente, se a morte o não tivesse levado tão prematuramente, seria um Eurocéptico. É que nos últimos dez anos o que mudou na Europa não foi a Utopia que criou, mas sim uma Distopia. A Europa que o seu Pensamento legou é tão diferente da realidade. E Portugal, de país periférico, passou a ultra-periférico. Os líderes Europeus, há muito que deixaram de ter a estatura moral e cívica que tinham no seu tempo. A mediocridade e a ambição de gente como José Manuel Durão Barroso, não têm equivalente àquela com quem Francisco Lucas Pires privava. Outro Tempo, outra Gente!
A sua saída do CDS foi má para ele e para o Partido. Também para Portugal. Ao entrar para o PSD perdeu-se uma referência na Direita Portuguesa. Ficou sempre a ideia de que se achava “maior” do que o Partido em que militara. No PSD foi um “corpo estranho”. Era notório o seu cansaço da vida política Portuguesa. A Europa era para ele um refúgio e um alento.
Faleceu a caminho de Coimbra. E Coimbra era como um porto de abrigo para Francisco Lucas Pires. Nela quis ficar. E é ela que o vai Homenagear no próximo sábado. Com a maior das Justiças Terrenas!
Mário Casa Nova Martins
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