Crónica de Nenhures
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A “grande política” está de volta. É bem verdade que sempre assim foi, mas também não deixa de ser menos certo que os tempos são outros. Se outrora, quando a grande potência era beliscada nos seus “calcanhares”, utilizava a celebrada política da canhoeira, enquanto hoje essa política só é utilizada pelos EUA de George W. Bush, como se comprova pela pérfida invasão do Iraque.
A nova estratégia de intimação aos estados mais fracos pelos mais fortes é de natureza económica, com a asfixia da economia nacional através de sanções decretadas por instituições supranacionais a soldo das grandes potências regionais ou mundiais.
Que medo tem Portugal da China hoje? Aceita-se que enquanto existiu o contencioso macaense, Portugal tivesse uma atenção especial na forma como se relacionava a colónia de Macau com a China. Mas terminado esse processo não se encontra a menor justificação para que Portugal se submeta aos ditames chineses quanto ao Tibete.
O Tibete é uma Nação que está ocupada militarmente por um outro Estado. Mais do que por razões geoestratégicas, a ocupação do Tibete pela China é de natureza económica, dados os importantes recursos energéticos, em petróleo e em gás natural, que o subsolo tibetano contém.
O líder temporal e espiritual do Tibete visitou Lisboa, a outrora capital de um Império que ia do Minho a Timor. A visita foi classificada como “oficial”. Mas apenas a segunda figura do Estado português recebeu o Dalai Lama. E também a Comissão Parlamentar de Negócios Estrangeiros, onde prontificaram todas as forças políticas representadas no Parlamento de Portugal.
A realpolitik foi protagonizada pelo primeiro-ministro e pelo presidente da República. Agora como explicar aos portugueses que Portugal defende e aplica a Declaração Universal dos Direitos Humanos? E o direito à independência e soberania de todos os Países?
Em troca de meia dúzia de negócios para empresas portuguesas em sectores marginais chineses, hipoteca-se a dignidade do Povo português.
A atitude de José Sócrates e de Cavaco Silva não é de estranhar. O primeiro é um funcionário político-partidário, enquanto o segundo é de uma insensibilidade tecnocrática atroz. Mas são a “nata” da classe política de Portugal em 2007. Paz às suas almas, se é que tenham! …
Bandeira do Tíbet antes de 1950 e de seu posterior Governo no exílio.A nova estratégia de intimação aos estados mais fracos pelos mais fortes é de natureza económica, com a asfixia da economia nacional através de sanções decretadas por instituições supranacionais a soldo das grandes potências regionais ou mundiais.
Que medo tem Portugal da China hoje? Aceita-se que enquanto existiu o contencioso macaense, Portugal tivesse uma atenção especial na forma como se relacionava a colónia de Macau com a China. Mas terminado esse processo não se encontra a menor justificação para que Portugal se submeta aos ditames chineses quanto ao Tibete.
O Tibete é uma Nação que está ocupada militarmente por um outro Estado. Mais do que por razões geoestratégicas, a ocupação do Tibete pela China é de natureza económica, dados os importantes recursos energéticos, em petróleo e em gás natural, que o subsolo tibetano contém.
O líder temporal e espiritual do Tibete visitou Lisboa, a outrora capital de um Império que ia do Minho a Timor. A visita foi classificada como “oficial”. Mas apenas a segunda figura do Estado português recebeu o Dalai Lama. E também a Comissão Parlamentar de Negócios Estrangeiros, onde prontificaram todas as forças políticas representadas no Parlamento de Portugal.
A realpolitik foi protagonizada pelo primeiro-ministro e pelo presidente da República. Agora como explicar aos portugueses que Portugal defende e aplica a Declaração Universal dos Direitos Humanos? E o direito à independência e soberania de todos os Países?
Em troca de meia dúzia de negócios para empresas portuguesas em sectores marginais chineses, hipoteca-se a dignidade do Povo português.
A atitude de José Sócrates e de Cavaco Silva não é de estranhar. O primeiro é um funcionário político-partidário, enquanto o segundo é de uma insensibilidade tecnocrática atroz. Mas são a “nata” da classe política de Portugal em 2007. Paz às suas almas, se é que tenham! …
Esta versão foi introduzida pelo 13.o Dalai Lama em 1912
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