Capitães de Abril
Ontem na Assembleia da República, nas comemorações dos 33 anos do 25 de Abril, o Presidente da República Aníbal Cavaco Silva, sem o “tradicional” cravo vermelho mas de gravata encarnada, nunca referiu a expressão «capitães de Abril» no seu discurso evocativo.
Tal facto levantou uma onda de indignação nos “donos” do 25 de Abril de 1974, isto é a Esquerda anti-democrática.
Pergunta-se se é legítimo que o Presidente da República referia aquela expressão numa cerimónia em que o tema seja a Revolução dos Cravos.
Não é difícil responder. Se for uma personalidade com um mínimo de conhecimento histórico do que foi a Revolução em 25 de Abril de 1974, não fará qualquer referência aos ditos «capitães de Abril».
Como em todas as Revoluções, ao mesmo tempo que se desencadeia a Revolução há outras Revoluções e Contra-Revoluções em simultâneo. O caso português não foi excepção.
Enquanto um grupo de militares, os tais «capitães de Abril» desencadeavam um movimento militar por razões de ordem corporativa, o povo de Lisboa (no resto do país só quando se conheceu o lado dos vencedores é que o povo vem para a rua celebrar) tomando conhecimento do que se estava a passar sai para a rua e começa a confraternizar com os revoltosos.
Entretanto, a Contra-Revolução não sai à rua, fundamentalmente porque o então Presidente do Conselho, Marcello José das Neves Alves Caetano, dá ordem para que não haja confronto com os militares contrários.
Segue-se a troca de Poder, não com um «capitão de Abril», mas com um general, no caso, António Sebastião Ribeiro de Spínola, que juntamente com outras altas patentes das Forças Armadas toma o controlo da situação.
Tempos depois, há a tentativa da criação do mito dos «capitães de Abril», e foi escolhido como símbolo desse mito, Salgueiro Maia.
E a Esquerda anti-democrática “aceitou”, se bem que primeiramente fosse Otelo Saraiva de Carvalho, o terrorista das FP – 25 de Abril, organização para-militar entretanto desmantelada, o “herói” da Abrilada de 1974.
Tal facto levantou uma onda de indignação nos “donos” do 25 de Abril de 1974, isto é a Esquerda anti-democrática.
Pergunta-se se é legítimo que o Presidente da República referia aquela expressão numa cerimónia em que o tema seja a Revolução dos Cravos.
Não é difícil responder. Se for uma personalidade com um mínimo de conhecimento histórico do que foi a Revolução em 25 de Abril de 1974, não fará qualquer referência aos ditos «capitães de Abril».
Como em todas as Revoluções, ao mesmo tempo que se desencadeia a Revolução há outras Revoluções e Contra-Revoluções em simultâneo. O caso português não foi excepção.
Enquanto um grupo de militares, os tais «capitães de Abril» desencadeavam um movimento militar por razões de ordem corporativa, o povo de Lisboa (no resto do país só quando se conheceu o lado dos vencedores é que o povo vem para a rua celebrar) tomando conhecimento do que se estava a passar sai para a rua e começa a confraternizar com os revoltosos.
Entretanto, a Contra-Revolução não sai à rua, fundamentalmente porque o então Presidente do Conselho, Marcello José das Neves Alves Caetano, dá ordem para que não haja confronto com os militares contrários.
Segue-se a troca de Poder, não com um «capitão de Abril», mas com um general, no caso, António Sebastião Ribeiro de Spínola, que juntamente com outras altas patentes das Forças Armadas toma o controlo da situação.
Tempos depois, há a tentativa da criação do mito dos «capitães de Abril», e foi escolhido como símbolo desse mito, Salgueiro Maia.
E a Esquerda anti-democrática “aceitou”, se bem que primeiramente fosse Otelo Saraiva de Carvalho, o terrorista das FP – 25 de Abril, organização para-militar entretanto desmantelada, o “herói” da Abrilada de 1974.
Em suma, a expressão «capitães de Abril» é de tipo panfletária, sem qualquer relevância.
Um grupo de militares no posto de capitão insatisfeitos com o processo das carreiras e de cariz pecuniário.
Um grupo de militares no posto de capitão insatisfeitos com o processo das carreiras e de cariz pecuniário.
Nunca foi ideológico. A ideologia do Socialismo à Portuguesa é outra coisa, outra “história!
MM
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