Capitães de Abril

Tal facto levantou uma onda de indignação nos “donos” do 25 de Abril de 1974, isto é a Esquerda anti-democrática.
Pergunta-se se é legítimo que o Presidente da República referia aquela expressão numa cerimónia em que o tema seja a Revolução dos Cravos.
Não é difícil responder. Se for uma personalidade com um mínimo de conhecimento histórico do que foi a Revolução em 25 de Abril de 1974, não fará qualquer referência aos ditos «capitães de Abril».

Enquanto um grupo de militares, os tais «capitães de Abril» desencadeavam um movimento militar por razões de ordem corporativa, o povo de Lisboa (no resto do país só quando se conheceu o lado dos vencedores é que o povo vem para a rua celebrar) tomando conhecimento do que se estava a passar sai para a rua e começa a confraternizar com os revoltosos.
Entretanto, a Contra-Revolução não sai à rua, fundamentalmente porque o então Presidente do Conselho, Marcello José das Neves Alves Caetano, dá ordem para que não haja confronto com os militares contrários.
Segue-se a troca de Poder, não com um «capitão de Abril», mas com um general, no caso, António Sebastião Ribeiro de Spínola, que juntamente com outras altas patentes das Forças Armadas toma o controlo da situação.
Tempos depois, há a tentativa da criação do mito dos «capitães de Abril», e foi escolhido como símbolo desse mito, Salgueiro Maia.
E a Esquerda anti-democrática “aceitou”, se bem que primeiramente fosse Otelo Saraiva de Carvalho, o terrorista das FP – 25 de Abril, organização para-militar entretanto desmantelada, o “herói” da Abrilada de 1974.

Um grupo de militares no posto de capitão insatisfeitos com o processo das carreiras e de cariz pecuniário.
Nunca foi ideológico. A ideologia do Socialismo à Portuguesa é outra coisa, outra “história!
MM
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