Palestina
Fatah e Hamas aceitam governo de unidade
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A Fatah, facção do presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, e o Hamas, movimento que dirige o governo, terão chegado ontem a um "acordo de princípio" sobre um governo de unidade nacional, para evitar a guerra civil e pôr fim a um boicote internacional.A revelação de que um compromisso terá sido obtido depois de dois dias de conversações na cidade islâmica sagrada de Meca, na Arábia Saudita, foi feita ao Ha"aretz por um membro da delegação da Fatah, Maher Mekdad, citado na edição electrónica daquele jornal israelita.
Ao início da tarde, ambas as partes já haviam chegado a um entendimento sobre a divisão das pastas no futuro executivo. O cargo mais importante, o do ministro do Interior - que controla a maior parte dos serviços de segurança -, será ocupado por um "candidato independente", proposto pelo Hamas e apovado por Abbas, precisou Mekdad. À televisão Al-Jazira, um dos membros da delegação do Hamas, identificado como Mohammed Nazal, também confirmou um "compromisso preliminar" sobre a distribuição dos postos ministeriais que estaria ainda a ser finalizado à noite.O mais difícil na reunião-maratona em Meca, sob mediação do rei saudita Abdulaziz, seria "a segunda parte do acordo", isto é, até que ponto irá a futura coligação reconhecer os acordos já assinados com Israel, salientou o Ha"aretz. Esta questão é vital para o fim do isolamento do Hamas, sujeito a sanções por se recusar a reconhecer o direito de existência do Estado judaico e a renunciar à luta armada. O grupo comprometeu-se até agora apenas com uma "trégua".
Se os EUA, Israel e a Europa considerarem que o Hamas "moderou suficientemente a sua posição", o processo de paz poderá ser relançado e retomada a ajuda financeira directa aos palestinianos, observou o Ha"aretz. A assistência europeia e americana, e também a transferência de impostos cobrados por Israel, estão suspensas desde que o movimento fundado pelo assassinado xeque Yassin tomou posse em Março de 2006 após uma vitória, por maioria absoluta, nas legislativas de Janeiro do mesmo ano.As conversações em Meca - a delegação da Fatah é liderada pelo presidente Abbas e a do Hamas é chefiada por Khaled Meshaal, responsável político e militar exilado na Síria - são vistas como um esforço da Arábia Saudita, sunita, de impor a sua influência na região e servir de contrapeso ao Irão, xiita.
Ao início da tarde, ambas as partes já haviam chegado a um entendimento sobre a divisão das pastas no futuro executivo. O cargo mais importante, o do ministro do Interior - que controla a maior parte dos serviços de segurança -, será ocupado por um "candidato independente", proposto pelo Hamas e apovado por Abbas, precisou Mekdad. À televisão Al-Jazira, um dos membros da delegação do Hamas, identificado como Mohammed Nazal, também confirmou um "compromisso preliminar" sobre a distribuição dos postos ministeriais que estaria ainda a ser finalizado à noite.O mais difícil na reunião-maratona em Meca, sob mediação do rei saudita Abdulaziz, seria "a segunda parte do acordo", isto é, até que ponto irá a futura coligação reconhecer os acordos já assinados com Israel, salientou o Ha"aretz. Esta questão é vital para o fim do isolamento do Hamas, sujeito a sanções por se recusar a reconhecer o direito de existência do Estado judaico e a renunciar à luta armada. O grupo comprometeu-se até agora apenas com uma "trégua".
Se os EUA, Israel e a Europa considerarem que o Hamas "moderou suficientemente a sua posição", o processo de paz poderá ser relançado e retomada a ajuda financeira directa aos palestinianos, observou o Ha"aretz. A assistência europeia e americana, e também a transferência de impostos cobrados por Israel, estão suspensas desde que o movimento fundado pelo assassinado xeque Yassin tomou posse em Março de 2006 após uma vitória, por maioria absoluta, nas legislativas de Janeiro do mesmo ano.As conversações em Meca - a delegação da Fatah é liderada pelo presidente Abbas e a do Hamas é chefiada por Khaled Meshaal, responsável político e militar exilado na Síria - são vistas como um esforço da Arábia Saudita, sunita, de impor a sua influência na região e servir de contrapeso ao Irão, xiita.
in, PÚBLICO
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