Livros de Camilo são disputados
Camilo Castelo Branco no topo do mercado do livro antigo
Caso único na literatura portuguesa, Camilo assistiu ao longo da vida, à multiplicação dos coleccionadores da sua obra. Embora este culto atingisse o auge, no fim do século XIX e primeira metade do XX, continuam a ser elevadas, em leilões e alfarrabistas, as cotações dos seus livros e opúsculos. Exemplos significativos deparam-se na enumeração dos preços da Descrição Bibliográfica Camiliana, elaborada em volume por Miguel de Carvalho, livreiro antiquário de Coimbra, Não se trata, apenas, das primeiras edições de vários romances e novelas célebres, há muito classificadas como invulgares e a que Miguel de Carvalho atribuiu valores sujeitos, como é habitual, a reajustamentos: Amor de Perdição, Typographia de Sebastião José Pereira, Porto, 1862 (1200 €); Horas de Lucta, Typographia de Freitas Fortuna, Porto, l889 (3750 €); Carlota Angela, Typographia da Aurora do Lima, 1858 (500 €); Anathema, F. Q. da Fonseca editor, Porto, 1851 (400 €); e Scenas Contemporaneas, Typographia de Faria Guimarães, Porto, 1865 (850 €). Nem se trata da 1ª edição da primeira peça de teatro, Agostinho de Ceuta, Typographia de Bragança, 1847 (350 €), ou do primeiro livro que publicou, Pudonores Desagravados, versos, Typographia da Revista, Porto, 1845 (280 €).
O interesse dos camilianistas mais exigentes incide porém, fundamentalmente, sobre O Bico de Gaz, Typographia de Freitas Fortuna, Porto, 1854 (13 mil €); O Caleche, Typographia de J. Lourenço de Souza, Porto, 1849 (230 €); O Folhetim do Nacional, Revista do Porto, 1850 (2450 €); A Infanta Capelista, Typographia de António José da Silva Teixeira, Porto, 1872 (9500 €); Maria Não Me Mates Que Sou Tua Mãe, Typographia do Ecco, Porto, 1848 (1650 €). Qualquer destas últimas espécies, de extrema raridade, é sempre motivo de grandes disputas, mantendo Camilo no topo dos preços do mercado bibliográfico.
O interesse dos camilianistas mais exigentes incide porém, fundamentalmente, sobre O Bico de Gaz, Typographia de Freitas Fortuna, Porto, 1854 (13 mil €); O Caleche, Typographia de J. Lourenço de Souza, Porto, 1849 (230 €); O Folhetim do Nacional, Revista do Porto, 1850 (2450 €); A Infanta Capelista, Typographia de António José da Silva Teixeira, Porto, 1872 (9500 €); Maria Não Me Mates Que Sou Tua Mãe, Typographia do Ecco, Porto, 1848 (1650 €). Qualquer destas últimas espécies, de extrema raridade, é sempre motivo de grandes disputas, mantendo Camilo no topo dos preços do mercado bibliográfico.
ANTÓNIO VALDEMAR
Texto e Gravura:
EXPRESSO / ACTUAL / 24 JUNHO 2006 / PÁGINA 7
Texto e Gravura:
EXPRESSO / ACTUAL / 24 JUNHO 2006 / PÁGINA 7
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