Guerra(s)
Há dois conceitos que não podem ser confundidos, a guerra preventiva e a guerra preemptiva. Esta é uma acção por antecipação que, na iminência de um ataque inimigo, é desencadeada para o neutralizar. É identificável com uma acção de legítima defesa. Já a guerra preventiva é levada a cabo na mera presunção de que um outro pode vir a constituir uma ameaça ou vir a dispor de capacidade e vontade para desencadear uma agressão. É uma acção ofensiva não enquadrável no contexto da legítima defesa.*
O ataque germânico, na Segunda Grande Guerra Mundial, à URSS de Estaline, foi considerado pelo Tribunal de Nuremberga uma agressão. De acordo com a teoria do general Pezarat Correia, foi um ataque preventivo. Hoje, com a abertura dos documentos soviéticos, discute-se se Estaline não estava a preparar um ataque à Alemanha, destruindo o Pacto Molotov-Ribbentrop, e esta desconfiada pela contínua chegada de efectivos militares soviéticos à fronteira dos dois países, ataca o exército vermelho num acto de preempção.
Como enquadrar o belicismo dos EUA, de George W. Bush, em relação ao Iraque numa destas duas acepções?
Por outro lado, os "falcões" americanos consideram a ONU um fórum para esquerdistas, anti-sionistas e anti-imperialistas.**
Então, como acreditar que vão aceitar as suas resoluções? [mj]
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*Pedro Pezarat Correia, Le Monde Diplomatique - Edição Portuguesa, n.º 47, Fevereiro 2003, pg. 2, cl. 2, ls. 3 a 13
**Eric Rouleau, idem, pg. 15, cl. 4, ls. 31 e 32
O ataque germânico, na Segunda Grande Guerra Mundial, à URSS de Estaline, foi considerado pelo Tribunal de Nuremberga uma agressão. De acordo com a teoria do general Pezarat Correia, foi um ataque preventivo. Hoje, com a abertura dos documentos soviéticos, discute-se se Estaline não estava a preparar um ataque à Alemanha, destruindo o Pacto Molotov-Ribbentrop, e esta desconfiada pela contínua chegada de efectivos militares soviéticos à fronteira dos dois países, ataca o exército vermelho num acto de preempção.
Como enquadrar o belicismo dos EUA, de George W. Bush, em relação ao Iraque numa destas duas acepções?
Por outro lado, os "falcões" americanos consideram a ONU um fórum para esquerdistas, anti-sionistas e anti-imperialistas.**
Então, como acreditar que vão aceitar as suas resoluções? [mj]
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*Pedro Pezarat Correia, Le Monde Diplomatique - Edição Portuguesa, n.º 47, Fevereiro 2003, pg. 2, cl. 2, ls. 3 a 13
**Eric Rouleau, idem, pg. 15, cl. 4, ls. 31 e 32
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