Desabafos 2013/2014 - II
Quando Portugal começa a ser um estado-nação, os seus
dirigentes compreenderam a sua exiguidade a todos os níveis e lançaram-se na
aventura do mar. Primeiro o norte de áfrica, depois cada vez mais longe até à
India, tendo também aportado às américas e ao extremo-oriente.
Se no primeiro quartel do século XIX perde a «joia da
coroa», o Brasil, no final do mesmo século XIX, para manter as terras em
África, embrenhou-se pelo interior.
Quase quatro décadas depois do fim da presença além-mar, é
Portugal hoje um país inviável. E, todavia, hoje não há uma Ínclita Geração.
Quem hoje governa Portugal é gente fraca que tem tornado o povo fraco.
Sem perspetivas quanto ao futuro, sem cultura, sem
conhecimento de qualquer tipo, os políticos de hoje são o que de pior esta
Terceira República produziu!
Portugal é um país inviável, tal como é, consequentemente, o
distrito de Portalegre e os seus concelhos. Não vale a pena iludir esta
realidade. O distrito de Portalegre, e o que conta é a economia, não tem
qualquer relevância no tecido económico e financeiro. Demograficamente é
residual e geograficamente é ultraperiférico.
Os deputados eleitos pelo círculo distrital, sendo que um
dos dois não só não é do distrito como ninguém o viu alguma vez por cá, não têm
peso político, não têm reconhecimento público. Os autarcas governam tipo
merceeiros, apenas se preocupando em manter feliz as suas clientelas, como é o
caso da finalidade das malfadadas Fundações, a começar pela distrital mais
emblemática. Na chamada capital de distrito nada acontece, estando-se sempre à
espera que terceiros venham como salvadores.
E nada se salva!
Mário Casa Nova Martins
http://www.radioportalegre.pt/index.php/desabafos/mario-casanova-martins.html
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