Desabafos
A notícia foi inesperada. Mas para os mais atentos era visível
o cansaço físico e também psíquico. Se os efeitos do Concílio Vaticano II
levaram Paulo VI a falar nos «fumos de Satanás», agora na hora da resignação,
Bento XVI foi mais claro ao dizer que o grande perigo para a Igreja está dentro,
vem de dentro dela.
Bento XVI, que nas profecias de São Malaquias antecede o
último Papa, é «a glória da oliveira», alguém que tudo fez para unir a Igreja e
viver em paz com as outras Religiões, principalmente com as outras duas do
Livro. Homem de Paz, Homem de Fé, assim se pode definir Bento XVI.
Independente de Profecias, de Sinais, o próximo Papa irá
encontrar escolhos de todas as formas. Dificilmente a Igreja de Roma se manterá
como hoje se conhece.
Aquilo que se designa por Modernidade irá de supetão tomar
rédea solta, e a Tradição será banida. Tudo porque lutaram, de Paulo VI a Bento
XVI, passando por João Paulo I e João Paulo II, ruirá. Não restará nada à
Igreja de Roma, que sucumbirá aos ataques externos e principalmente internos. Igrejas
nacionais darão lugar à Igreja Universal de Cristo!
Ética e Moral, nas regiões maioritariamente cristãs, irão
radicalizar-se no sentido dos dois extremos. As Gentes tornar-se-ão elas
próprias escravas de uma Religião, ela própria radical, fundamentalista.
João Paulo II disse, «não tenhais medo». E esta frase acompanhou
o seu Pontificado.
O seu sucessor, Bento XVI, referiu-se na sua última Missa
pública, à “hipocrisia religiosa”.
A resignação de Bento XVI é indiscutivelmente um ‘trovão num
céu carregado’!
in, Rádio
Portalegre, Desabafos, 19/02/2013
Mário
Casa Nova Martins
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