Crónica de Nenhures
Funes, o memorioso disse...
Woodstock foi o canto do cisne da geração de 60, a mais abominável de todo o séc. XX.
Qua Ago 19, 07:41:00 PM 2009
Woodstock foi o canto do cisne da geração de 60, a mais abominável de todo o séc. XX.
Qua Ago 19, 07:41:00 PM 2009
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Seventies
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Seventies
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A “geração de sessenta” e os “anos vinte” são momentos charneira do século XX, o qual se define como o Século dos Totalitarismos.
“Anos vinte” e “geração de sessenta” são ícones desse século, tempo e gente que perspectivaram uma época de ouro e uma elite social-ideológica. Contudo, ambos são símbolos de decadência civilizacional.
Os excessos contidos e cometidos nos “anos vinte” estão presentes na vida e obra de Francis Scott Fitzgerald. Em Portugal essa época foi vivida numa República nos espíritos e com uma moral arcaizante nos costumes.
Terminam os “anos vinte” com o crash bolsista, e o sonho virou pesadelo.
A “geração de sessenta” caracteriza-se pela destruição de um paradigma que se instalara depois do fim da Segunda Guerra Mundial, um período que veio progressivamente a criar riqueza e prosperidade nos países do chamado Primeiro Mundo, ao qual Portugal era marginal.
Os filhos-família da burguesia europeia revoltam-se contra o mundo criado pelos seus pais. ‘Bebem’ nas distopias de Marx, Engels, Lenine, Estaline, Mao, e tornam-se revolucionários. Che Guevara, Fidel Castro, Enver Hoxha, Ceausesco, Tito, são símbolos de uma geração que não conhecera a guerra e as ditaduras. Marcuse, Althusser, Sartre, Beauvoir, Garaudy, Illich, Aragon, são os profetas de ‘amanhãs que cantam’.
Mas o sonho acaba com a brutal invasão da Checoslováquia pelas tropas do Pacto de Varsóvia, a mando da URSS.
A nossa geração é a “geração de setenta”. Nela o Mundo era diferente. A utopia comunista mostrara ser a mais cruel das ditaduras, e progressivamente os seus crimes eram revelados. Alexandre Soljenitsine mostra à humanidade o Gulag soviético. Se a invasão da Checoslováquia foi o toque de finados para as utopias da “geração de sessenta”, o Gulag é para os anos setenta do século XX o princípio do fim do ‘paraíso’ concentracionário que era o leste europeu. Mas até à sua derrocada final ainda se teria que esperar pelo final da década de oitenta.
Órfã de utopias, a “geração de sessenta” na década de setenta encontra no Chile de Allende um leitmotiv para manter acesa uma centelha de esperança na utopia. Mas o caminho para o socialismo totalitário encetado por Allende e companheiros do MIR depressa colide com o sentir maioritário do povo chileno, e o golpe de estado liderado pelos militares torna-se inevitável. Allende é mais um ‘mártir’ a acrescentar à longa lista robespierreiana da “geração de sessenta”.
A Revolução dos Cravos em Portugal faz com que a “geração de sessenta” volte a entoar os cânticos dos ‘amanhãs que cantam’. Por cá, ‘a URSS é o sol que ilumina o mundo’. Mas a tentativa totalitária termina em finais de setenta e cinco, e a partir de então nada mais há a esperar.
Começa aqui o aburguesamento dessa “geração de sessenta”. A vitória do capitalismo é total, e essa “geração de sessenta” começa a sua caminhada até ao liberalismo, que já neste século XXI conduziu à maior crise económico-financeira desde o ‘longínquo’ ano de vinte e nove do século XX. Ironias da História!
“Anos vinte” e “geração de sessenta” são ícones desse século, tempo e gente que perspectivaram uma época de ouro e uma elite social-ideológica. Contudo, ambos são símbolos de decadência civilizacional.
Os excessos contidos e cometidos nos “anos vinte” estão presentes na vida e obra de Francis Scott Fitzgerald. Em Portugal essa época foi vivida numa República nos espíritos e com uma moral arcaizante nos costumes.
Terminam os “anos vinte” com o crash bolsista, e o sonho virou pesadelo.
A “geração de sessenta” caracteriza-se pela destruição de um paradigma que se instalara depois do fim da Segunda Guerra Mundial, um período que veio progressivamente a criar riqueza e prosperidade nos países do chamado Primeiro Mundo, ao qual Portugal era marginal.
Os filhos-família da burguesia europeia revoltam-se contra o mundo criado pelos seus pais. ‘Bebem’ nas distopias de Marx, Engels, Lenine, Estaline, Mao, e tornam-se revolucionários. Che Guevara, Fidel Castro, Enver Hoxha, Ceausesco, Tito, são símbolos de uma geração que não conhecera a guerra e as ditaduras. Marcuse, Althusser, Sartre, Beauvoir, Garaudy, Illich, Aragon, são os profetas de ‘amanhãs que cantam’.
Mas o sonho acaba com a brutal invasão da Checoslováquia pelas tropas do Pacto de Varsóvia, a mando da URSS.
A nossa geração é a “geração de setenta”. Nela o Mundo era diferente. A utopia comunista mostrara ser a mais cruel das ditaduras, e progressivamente os seus crimes eram revelados. Alexandre Soljenitsine mostra à humanidade o Gulag soviético. Se a invasão da Checoslováquia foi o toque de finados para as utopias da “geração de sessenta”, o Gulag é para os anos setenta do século XX o princípio do fim do ‘paraíso’ concentracionário que era o leste europeu. Mas até à sua derrocada final ainda se teria que esperar pelo final da década de oitenta.
Órfã de utopias, a “geração de sessenta” na década de setenta encontra no Chile de Allende um leitmotiv para manter acesa uma centelha de esperança na utopia. Mas o caminho para o socialismo totalitário encetado por Allende e companheiros do MIR depressa colide com o sentir maioritário do povo chileno, e o golpe de estado liderado pelos militares torna-se inevitável. Allende é mais um ‘mártir’ a acrescentar à longa lista robespierreiana da “geração de sessenta”.
A Revolução dos Cravos em Portugal faz com que a “geração de sessenta” volte a entoar os cânticos dos ‘amanhãs que cantam’. Por cá, ‘a URSS é o sol que ilumina o mundo’. Mas a tentativa totalitária termina em finais de setenta e cinco, e a partir de então nada mais há a esperar.
Começa aqui o aburguesamento dessa “geração de sessenta”. A vitória do capitalismo é total, e essa “geração de sessenta” começa a sua caminhada até ao liberalismo, que já neste século XXI conduziu à maior crise económico-financeira desde o ‘longínquo’ ano de vinte e nove do século XX. Ironias da História!
Mário Casa Nova Martins
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