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quinta-feira, julho 17, 2025

AA - A Guerra dos Doze Dias

A Guerra dos Doze Dias

A Guerra dos Seis Dias, também conhecida como Guerra de Junho de 1967 ou Guerra Israel – Árabe de 1967 ou ainda Terceira Guerra Israel – Árabe, envolveu Israel e os países árabes, Síria, Egipto, Jordânia e Iraque, apoiados pelo Kuwait, Arábia Saudita, Argélia e Sudão, entre 5 e 10 de Junho de 1967.

Vitorioso, no final das hostilidades Israel havia ocupado as Colinas de Golã, pertença da Síria, a Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, pertença da Jordânia, a Península do Sinai e a Faixa de Gaza, pertença do Egipto.

Israel saiu fortalecido da guerra, derrotando os rivais geopolíticos locais, garantindo supremacia militar na região.

A partir desse momento, com o apoio militar dos EUA, Israel tem mantido guerras de diferente intensidade contra vizinhos e menos vizinhos, como é o caso da recente ‘Guerra dos Doze Dias’ com o Irão.

É extraordinário como certas coisas se repetem, mudando apenas nomes. Das “armas de destruição massiva iraquianas”, à “bomba nuclear iraniana”, quantos genocídios em nome de ‘coisas’ que não existiam! Mas que servem para a indústria do armamento prosperar.

O Iraque de Saddam Hussein era um ‘tigre de papel’, que baqueou em pouquíssimo tempo.

Diferente foi agora, quando um Irão “enfraquecido”, colocando à prova o mais moderno arsenal militar do mundo, o americano, provocou uma ‘vitória de Pirro’ ao atacante.

Desde a queda do regime autocrático do Xá, substituído por um regime teocrático, que os EUA querem que a Pérsia/Irão volte à sua esfera de influência. Para tal fomentaram a guerra Irão – Iraque, e agora, através do principal aliado na região, tentaram novamente a mudança de regime, plano que fracassou. A Memória de Mosaddegh perdura.

E tudo por razões geoeconómicas, petróleo e gás.

Mário Casa Nova Martins

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Jornal "Alto Alentejo", 16 de Julho de 2025