AA - Falta de comparência
Se bem que ainda não haja data marcada, pode ser dito que
faltarão cerca de cem dias para as eleições autárquicas.
E no concelho de Portalegre, cuja cidade ainda é capital
distrital, lembre-se!, a oposição ‘demitiu-se’ e vai acontecer ‘uma vitória
anunciada’.
A esta cada vez menor distância do acto eleitoral3, a
oposição no concelho de Portalegre não conseguiu gerar uma candidatura
alternativa ao status quo.
Ao longo das décadas que leva o Poder Local, mais
propriamente meio século, no concelho de Portalegre PSD e PS têm alternado na
gestão autárquica, com predominância do PSD. Os benefícios que daí advieram, os
munícipes que se pronunciem, sendo certo que este ‘centrão’ é o responsável por
tudo o que tem acontecido no concelho.
E o interregno de uma candidatura dita independente, que foi
uma dissidência do PSD, também nada trouxe de novo para o concelho
portalegrense, a não ser ter herdado uma dívida enorme da anterior gestão
social-democrata, que em oito anos não conseguiu eliminar.
Poder-se-á dizer que os últimos quatro anos foram anos
simpáticos, em que os portalegrenses viveram habitualmente, sendo este tempo
marcado, nas alturas certas, por eventos populares que por certo muito lhe
agradaram, dada a frequência que tiveram. E outros quatro se seguirão.
Por fim uma palavra acerca do CDS. O CDS tem no concelho de
Portalegre os seus órgãos concelhios, e militantes com um trabalho notável na
Assembleia Municipal e na Junta de Freguesia Sé e São Lourenço, numa atitude
sempre construtiva em prol do concelho.
A própria concelhia, com excelentes quadros, tem desempenhado
um papel dinamizador do partido. Pena é que face à conjuntura nacional em que o
CDS mergulhou, não lhe seja possível uma intervenção autónoma nas próximas
eleições autárquicas. Seria uma mais-valia para o concelho de Portalegre.
Mário Casa Nova Martins
*
Jornal "Alto Alentejo", 18 de Junho de 2025
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