Desabafos 2024/2025 - XI
A menos de seis semanas das eleições legislativas
antecipadas, por culpa do primeiro-ministro do PSD, a ‘caça ao voto’ está em
processo acelerado.
O distrito de Portalegre elege dois deputados e não será
muito difícil dizer que um será do PS e o outro do PSD.
O candidato do PS é conhecido e toda a sua vida foi feita no
distrito de Portalegre. O mesmo não se pode dizer do candidato do PSD, um total
desconhecido no distrito, que não conhece a realidade distrital.
Será que alguma vez o candidato do PSD terá visitado a capital
do distrito, Portalegre? A pergunta é lógica e pode muito bem ser colocada.
O candidato do PSD, que será eleito pelo círculo eleitoral
deste abandonado Norte Alentejo, é o que na gíria política se tornou usual
chamar de “paraquedista”. Não é caso único neste malfadado e ignorado distrito
a presença de “paraquedistas”, que depois são eleitos deputados e que nunca
fizeram nada, mas mesmo nada pelo distrito que os elegeu.
A culpa não é dos partidos que trazem estes “paraquedistas”,
mas sim dos eleitores do distrito de Portalegre que lhe dão o seu voto, e que
depois ao longo do tempo, carpindo mágoas, maldizem da sorte porque não têm
ninguém que se preocupe ou defenda o distrito.
É caso para dizer que «o crime compensa»! Sempre que estes
“paraquedistas” vieram para o distrito de Portalegre, foram eleitos. E nunca
houve qualquer sentimento de revolta mesmo dentro dos próprios partidos, que
aceitam estas situações, como se fossem o mais natural em democracia.
Caciquismo e clientelismo prosperam nos principais partidos
em Portugal.
Mário Casa Nova Martins
7 de Abril de 2025
Rádio Portalegre
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