Apresentação do livro de António Martinó
Ainda tenho sonhos
A dada altura da segunda intervenção que faz na apresentação
do seu livro «Plutão, a BD & eu», António Miguel Martinó de Azevedo
Coutinho disse que ainda tinha sonhos e afirmou que a partir de agora queria
editar um livro por cada ano da sua vida.
Enumerou a saída de um segundo volume das «Crónicas
Lagóias», novamente na ‘Colecção Largo da Sé’ e com o alto patrocínio do Instituto
Politécnico de Portalegre, a preparação duma obra romanceada em co-autoria com
o Neto sobre Miguel Carlos Caldeira de Pina Castelo Branco, o fundador da
cidade de Portalegre no Brasil, uma reedição da biografia de «João de Azevedo
Coutinho – Marinheiro e soldado de Portugal», dado ter muita informação nova. No
seu blogue «Largo dos Correios» planeia editar um trabalho sobre as quatro versões
da obra de Hergé «A Ilha Negra». Tem ainda projectos, como a preparação de
novas «Festas Centenárias de Portalegre» aquando do Quinto Centenário de
Portalegre em 2050, a alentejana sua cidade natal.
Uma sala muito bem composta. A sessão abriu com a
intervenção da vereadora da Cultura da Autarquia portalegrense, Laura Galão.
Palavras de circunstância, das quais se salienta o elogio ao Autor e bastas
referências à Feira do Livro que simultaneamente decorria nos Claustros do
Convento de Santa Clara, local onde decorria o evento.
Seguiu-se o editor, Fernando Mão-de-Ferro, que saudando a
todas e a todos discorreu sobre este último quarto de século em que tem
convivido com o Autor e do qual tem editado algumas das suas obras. Palavra
ditas que comoveram António Martinó.
A apresentação da obra propriamente dita estava a cargo de António
Ventura, que começa por referir o meio século de Amizade com o Autor. Numa
verdadeira dissertação, António Ventura discorre sobre a temática da obra
memorialista, diarista e biográfica, mostrando as diferenças entre elas e
situando o livro de António Martinó, ao qual se refere em termos elogiosos.
Aborda em mais pormenor obras de António Alçada Baptista e Raul Brandão, não
esquecendo outros autores de biografias, autobiografias e diários como José
Régio ou João Chagas, e não-memórias e não-biografias de outros.
Por fim a segunda intervenção de António Martinó. Na primeira fez os agradecimentos e recordou gentes que com ele têm estado nos diferentes trabalhos que ao longo de uma vida de praticamente nove décadas tem realizado nas mais diferentes áreas do saber e da cultura. Na segunda debruçou-se essencialmente sobre a sua última obra.
Ao longo da sua exposição ficou a saber-se as razões da
obra, as suas fontes e os diferentes projectos de capa. Uma obra rica em
conteúdo e em memorabilia fotográfica.
«Plutão, a BD & eu», foi salientado pelo editor e pelo
apresentador como uma obra que é o testemunho pessoal de quem viveu
intensamente a sua vida em Portalegre, ao mesmo tempo que é a História desse
tempo, trazendo para o presente figuras e factos da maior importância para a
vida cultural e cívica da cidade.
António Martinó, recebido com carinho, esteve uma tarde em
Portalegre rodeado de Amigos e de Admiradores da sua vasta obra. Para com o
“Alto Alentejo” teve palavras simpáticas, que se agradece.
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Texto enviado para o semanário «Alto Alentejo», sobre a apresentação do livro de António Martinó de Azevedo Coutinho, que teve lugar na Biblioteca Municipal de Portalegre.
Mário Casa Nova Martins
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