\ A VOZ PORTALEGRENSE: dezembro 2016

terça-feira, dezembro 27, 2016

Desabafos 2016/2017 - VIII

Há notícias que em Portugal não são noticia. O que se passa hoje em dia na Venezuela não é notícia. Só o seria se os «amanhãs que cantam», ‘cantassem’.
Que se diga que no passado mês de Novembro, a moeda da Venezuela, o bolívar, desvalorizou 59%. O Fundo Monetário Internacional, FMI, prevê para a Venezuela uma inflacção para este ano de 2016 de 720%.
Permitida devido a um denominado “decreto de emergência económica”, uma recente medida tomada pelo governo para travar a queda do valor da moeda, foi a tirada da circulação da nota de 100 bolívares, a mais alta em circulação, e que segundo o Banco Central da Venezuela representa 48% do dinheiro em circulação, o que na prática apenas veio piorar a situação dos venezuelanos
A Venezuela continua o lento caminho para a pobreza extrema. E a culpa é, segundo a propaganda governamental, dos EUA, no fundo a mesma retórica usada pela Ditadura cubana, onde também em Portugal as notícias sobre aquela ilha comunista são apenas laudatórias ao regime, regime que reprime e empobrece o Povo.
Sabe-se que cães, gatos, pombos, cavalos, burros, e também outros outrora animais domésticos como toda a variedade de aves, são hoje utilizados como fonte de alimentação na Venezuela.
O mesmo aconteceu noutros países onde as experiências económicas marxistas tiveram lugar. Aliás, a ideologia marxista, o comunismo, coabitam com a fome e a miséria dos povos onde são a ideologia dominante.
Mas que interessa isso se o mais importante para os marxistas é a ideologia? Que o Povo sofra, que sofra, tudo o que importa é a ideologia.
Mas no fundo foi o Povo venezuelano que colocou no poder, em eleições, Hugo Chávez e agora Nicolás Maduro. Assim, não tem que se queixar.
Mário Casa Nova Martins
Rádio Portalegre, 19 de Dezembro de 2016

quarta-feira, dezembro 07, 2016

Desabafos 2016/2017 - VII

A maior falsificação da História da segunda metade do século XX foi, porventura, a denominada Revolução Cubana. O falso romantismo criado à sua volta mais não é do que a certeza de um estrondoso fracasso político, económico e social que assola Cuba desde essa famigerada etapa da sua História.
No campo político, a dita Revolução Cubana mais não é do que a criação de um gigantesco campo de concentração, dominado por uma ditadura de partido único de matriz comunista.
Em termos económicos, a malfadada Revolução Cubana é a prova provada do total fracasso da teoria marxista aplicada à economia. O retrocesso económico em Cuba após a tomada de poder pelos comunistas, traduziu-se na destruição de todo o tecido económico, para serem aplicadas as teorias colectivistas que conduzem à pobreza e à miséria.
No campo social, a pobreza e a miséria acompanham o Povo Cubano, enquanto a nomenclatura do Partido Comunista Cubano vive na opulência, onde os Direitos Humanos são espezinhados e onde os presos de delito comum são melhor tratados do que os defensores da Democracia e desses Direitos Humanos.
E os principais responsáveis pela ditadura em Cuba têm rosto e nome. A família Castro é a cúpula de uma oligarquia que desde 1959 oprime e explora o Povo Cubano. No passado dia 25 de Novembro faleceu o ditador Fidel Castro. O seu irmão Raul Castro continua como Presidente de Cuba, e mantém a ditadura com mão feroz e sanguinária como o defunto irmão.
A ditadura cubana acabará um dia, como acabaram todas as ditaduras comunistas.
Mário Casa Nova Martins
Rádio Portalegre, 5 de Dezembro de 2016