\ A VOZ PORTALEGRENSE: janeiro 2016

terça-feira, janeiro 19, 2016

Desabafos, 2015/2016 - VIII

Domingo próximo, dia 24 de Janeiro, há eleições presidenciais. E, por mais uma vez neste tipo de eleições, como é fácil a escolha do candidato em quem votar.
Sem a menor dúvida, o candidato escolhido é, nenhum! E no caso de vir a haver uma segunda volta, a escolha recairá naquele mesmo candidato, que aos costumes dá pelo nome de ‘nenhum’!
Situando-nos à Direita, na Direita, os dez candidatos presidenciais têm em comum o não se considerarem de Direita, logo, que sentido faz alguém que é de Direita ir votar num candidato que não é dessa área política? Só por distracção, quiçá, masoquismo, é que alguém de Direita vota num destes dez candidatos que não são de Direita. Não é difícil compreender!
Portugal caminha alegremente para o abismo, seja na área política, económica e principalmente social. No campo social, Portugal é hoje uma “casinha de horrores” com a permissividade e a licenciosidade dos costumes, com uma corrupção galopante, com o abastardamento de Valores e Princípios.
Todos os candidatos presidenciais apoiam este estado de coisas, nenhum coloca em questão as ditas ‘causas fracturantes’ que corroem o tecido social, principalmente as Instituições Família e Escola. Nenhum candidato fala da Família como centro da Sociedade, da importância da Escola na formação do Cidadão.
Também um outro pilar da Sociedade é a Religião. E em Portugal a Religião Católica, maioritária, é uma Igreja cada vez mais do silêncio face à degradação Moral e Ética da Sociedade. Ou não tem voz, ou quando toma uma posição peca pelo atraso e fundamentalmente pela tibieza com que trata o assunto.
No próximo domingo 24 de Janeiro de 2016, a Direita que é Direita rejeitará todos os candidatos, sem excepção!
Mário Casa Nova Martins
Rádio Portalegre, 18 de Janeiro de 2016

quarta-feira, janeiro 13, 2016

O Diabo - Violação de Alemãs

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Semanário O Diabo - 12 de Janeiro de 2015, página 19
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Desde que os soviéticos invadiram a Alemanha no final da Segunda Grande Guerra Mundial, que nunca tantas alemãs tinham sido estupradas e violadas por toda a Alemanha numa só noite como na madrugada de 31 de Dezembro para 1 de Janeiro de 2016.
Ilya Ehrengurg deve sentir-se feliz e realizado, lá no Inferno onde jaz!
O que os soviéticos fizeram foi um crime de guerra tipificado nas Convenções, mas a justificação para tal barbárie foi a ‘paga’ pelo que os alemães fizeram às mulheres russas quando da invasão da União Soviética. Como diz o ditado popular, «amor com amor se paga».
Contudo, o que agora se passou é totalmente diferente. A violação em massa de mulheres alemãs por homens identificados foi um acto de puro sexo não consentido, um crime punível por lei.
Mas dados os factos, sabe-se que ninguém será punido pelo acto de violação sexual. Quando não se quer levar até às últimas consequências actos desta e de outra natureza, criam-se comissões de inquérito, fazem averiguações, e no final, também como diz outro datado popular «a montanha pariu um rato»!
Parece que a mulher alemã pode ser estuprada e violada sem que haja punição para o violador! Ou pelo menos é o que parece que acontece na Alemanha.
Mas a mesma canalha que praticou os crimes de estupro e violação, pratica-os com a mesma impunidade nos abrigos para refugiados.
Em suma, a Alemanha é hoje em dia um país em que os direitos das mulheres e das crianças, porque também elas têm sido vítimas desses crimes, são “letra morta”.
Viola-se a alemã da mesma forma que em 1945. E as autoridades alemãs são cúmplices deste crime.
Mário Casa Nova Martin

terça-feira, janeiro 12, 2016

Presidenciais

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De dez candidatos presidenciais, “dez que valem, mesmo zero”!
À ‘prova dos dez’, candidatos presidenciais, nenhum assume a ideologia de Direita. Assim a Direita não tem quem a represente no próximo domingo 24 de Janeiro de 2015. Desta forma a Direita, a Nacional do PNR e a Democrata-Cristã do CDS, os únicos partidos que representam a Direita na Terceira República, não têm quem os represente, logo compreender-se o alheamento que fazem destas eleições presidenciais.
E faça-se a pergunta: _ Que deve a Direita a Marcelo Rebelo de Sousa, aquele que querem situar na área da Direita, mas que ‘foge dela como o diabo da cruz’?
Marcelo Rebelo de Sousa, tal como no passado o seu mentor político, padrinho ou seja lá o que tenha sido, Marcello Caetano, conseguiram ter o apoio das Direitas mas sempre as renegaram. Caetano, o ‘ditador’, uma vez que Marcelo Rebelo der Sousa se refere à Segunda República como a ‘Ditadura’, desfez-se no Brasil em fel contra a ‘injustiça, dos ‘homens do 25 de abril’ que o afastaram, que o derrubaram, ele o ‘democrata’!
O dilecto Marcelo do tempo presente faz o mesmo que o dilecto Marcello fazia em 1968. Insinua-se à Esquerda para a cativar e ignora a Direita, mas quer que ela nele vote.
É possível que a farsa resulte. Mas sabe-se o ‘preço’ que os portugueses pagaram com as ‘caetanices’, tal como irão pagar as ‘marcelices’.
A par da ‘galeria de horrores’, o nível da campanha eleitoral presidencial é paupérrimo. Também, depois de dez anos com o ainda presidente da República, com primeiros-ministros de ‘gabarito prisional’, que mais se podia esperar da ‘elite’ que se candidata à presidência da República?
Com «passionárias» primeiro e terceiro-mundistas, e «apóstatas», passando por «académicos», «sábios» e «loucos», Portugal é um “laboratório” de “experiências” “radicais” que o Professor Pardal da Disney invejaria ter. Decididamente, Portugal é hoje um “manicómio”!
Mário Casa Nova Martins

sexta-feira, janeiro 08, 2016

Violação de alemãs

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Desde que os soviéticos invadiram a Alemanha no final da Segunda Grande Guerra Mundial, que nunca tantas alemãs tinham sido estupradas e violadas por toda a Alemanha numa só noite como na madrugada de 31 de Dezembro para 1 de Janeiro de 2016.
Ilya Ehrengurg deve sentir-se feliz e realizado, lá no Inferno onde jaz!
O que os soviéticos fizeram foi um crime de guerra tipificado nas Convenções, mas a justificação para tal barbárie foi a ‘paga’ pelo que os alemães fizeram às mulheres russas quando da invasão da União Soviética. Como diz o ditado popular, «amor com amor se paga».
Contudo, o que agora se passou é totalmente diferente. A violação em massa de mulheres alemãs por homens identificados foi um acto de puro sexo não consentido, um crime punível por lei.
Mas dados os factos, sabe-se que ninguém será punido pelo acto de violação sexual. Quando não se quer levar até às últimas consequências actos desta e de outra natureza, criam-se comissões de inquérito, fazem averiguações, e no final, também como diz outro datado popular «a montanha pariu um rato»!
Parece que a mulher alemã pode ser estuprada e violada sem que haja punição para o violador! Ou pelo menos é o que parece que acontece na Alemanha.
Mas a mesma canalha que praticou os crimes de estupro e violação, pratica-os com a mesma impunidade nos abrigos para refugiados.
Em suma, a Alemanha é hoje em dia um país em que os direitos das mulheres e das crianças, porque também elas têm sido vítimas desses crimes, são “letra morta”.
Viola-se a alemã da mesma forma que em 1945. E as autoridades alemãs são cúmplices deste crime.
Mário Casa Nova Martins

quinta-feira, janeiro 07, 2016

O 'estruturas'

O ‘estruturas’

Em todas as terras e lugares houve caciques e candidatos a caciques. Geralmente gente que se impunha não pela inteligência mas sim pela força, que eram temidos, bajulados quanto tinham o poder mas simultaneamente odiados. E quando acontecia a sua queda, até os cães lhes ladravam à sua passagem.
Os partidos políticos, principalmente os de origem popular, sempre foram geradores de caciques e caciquismo. Que o diga o PPD-PSD, o partido que a Terceira República pariu dos restos do Estado Novo Caetanista, na sua versão dita liberal, mas que mais não era de que um grupo de luminárias da pequena burguesia que através da política aspirava a lugares na sociedade e principalmente nos negócios que de outra forma lhes seriam negados. Para eles a ascensão social era o objectivo, pelo que não tinham ideologia e cultivavam um catolicismo de paróquia.
Os deuses foram-lhes favoráveis, e com o aproveitamento do aparelho caciquista do Estado Novo Caetanista, consubstanciado na ANP (Acção Nacional Popular), conseguiram na província excelentes resultados eleitorais, que o transformaram no segundo maior partido.
Estava-se em 1974, 75 e 76. E é aqui que aparece pela primeira vez o ‘estruturas’.
Ainda hoje não sabemos o seu nome de baptismo, embora saibamos que Simão é um dos seus nomes ou apelidos. Também não o vemos há tempo. Pensamos que estando ainda vivo, terá enviuvado. Mas recorrendo às últimas vezes que o vimos, era um homem alquebrado, triste, e nitidamente só.
Há um momento que nunca esquecemos e que terá sido a primeira vez que o teremos visto. Havia comício do PPD no Pavilhão Gimnodesportivo com o líder. O ‘estruturas’ destaca-se pela altura e pelo vozeirão. Tinha um cajado e ladeava Sá Carneiro em pose de segurança privado.
Era ridículo o ‘estruturas’! A sua agressividade verbal, a par do manuseamento do cajado, fazia daquele momento um acto de pura fealdade, mas do agrado popular, que não só o apoiava como o incitava a maior verborreia.
Mais tarde encontrámos o ‘estruturas’ no Café Facha, de boa memória porque ainda conservava a patine dos seus melhores tempos.
Era aqui, quando vinha à cidade, que fazia os seus discursos políticos, muito ao estilo caciquista e caciqueiro do PPD, e onde tinha uma pequena plateia atenta à sua fanforronice, e grosseria quando contrariado.
Como ia às sessões de esclarecimento do PPD de Portalegre, onde a cultura política estava ao nível da falta de cultura cívica, conseguiu captar umas ideias que se traduziam numas famosas ‘estruturas’, estruturas essas que ele nunca conseguiu explicar o que eram ou seriam.
Desta forma, nos seus comícios no Café Facha, falava e tornava a falar de ‘estruturas’, ficando a partir de então a ser conhecido pelo ‘estruturas’. Abençoados os pobres de espírito, lê-se no Sermão da Montanha.
Lá pregou ‘estruturas’ durante anos em nome do PPD, depois PSD, mas nunca conseguiu alcançar lugares de relevo dentro do partido, e muito menos lugares de nomeação política. De desgosto em desgosto, lá foi sempre lutando pelo grande objectivo da sua luta e carreira política, que era ser presidente da junta de freguesia da sua terra, a antiga figura do regedor.
Para vir a ser candidato ao tão desejado lugar teve que abjurar o seu credo PPD-PSD e ir concorrer nas listas do CDS, nas quais foi notoriamente derrotado. Há vezes em que o crime não compensa.
Ainda o ouvimos discursar na defesa do CDS, mas já sem a forma abrutalhada de falar que o caracterizara. No CDS sempre havia outro polimento!
Curiosamente, naquele mesmo tempo outra ‘figura’ prontificava no Café Facha. Este, o Vitório, era do CDS, e fazia comícios para a mesma audiência do ‘estruturas’. Falava tanto e de tanta coisa, que passou a ser conhecido por ‘fala-barato’.
Zangado pelo CDS não ser maior que o PPD, mudou de partido e passou a propagandear o PPD. Mas a vida pregou-lhe uma partida, e partiu ainda muito novo. Que a sua Alma descanse em Paz.
O Vitório não era agressivo e de “maus-figados” como o ‘estruturas’. Homem bom deixou saudades. O ‘estruturas’ quis “dar o passo maior que a perna”, e sofreu com isso.
Hoje, em Portalegre, poucos recordarão o Vitório, e menos o ‘estruturas’. Ambos foram protagonistas de uma farsa, que era a política local numa terra que começava a definhar por força da medíocre classe política que parira com o 25 de Abril de 1974.
Mário Casa Nova Martins

quarta-feira, janeiro 06, 2016

Desabafos, 2015/2016 - VII

Ano Novo, Vida Nova, dizia-se outrora. Hoje, o Novo Ano é a continuação do Velho Ano, e nada de novo acontece. É que pese embora a imprensa favorável ao Governo afirme que 2016 vai ser ‘um ano de vacas gordas’, a verdade é que desde 1 de Janeiro que os aumentos nos bens de primeira necessidade, e não só, foram uma realidade. E a única coisa certa é que o despesismo anunciado em breve tornar-se-á novamente em austeridade.
Em Portugal ainda não se percebeu que a riqueza criada cresce aritmeticamente, enquanto a despesa do Estado cresce exponencialmente. E não há Governo nesta Terceira República que não esteja isento de despesismo.
Num tempo e numa sociedade em que apenas há direitos, os deveres são considerados resquícios antidemocráticos, nada se pode esperar que não seja o regresso à dita austeridade, que irá destruir o que resta da classe média, proletarizando-a.
Hoje, Portugal caminha alegremente para uma via socialista e socializante de cariz venezuelano, pior que o grego. Mas ninguém se preocupa que tal aconteça, acreditando na utopia, acreditando que existe a ‘galinha dos ovos de ouro’, não sendo necessário fazer sacrifícios, mas apenas exigir-se mais e mais do Estado, e este por sua vez continuar a sugar os contribuintes para além dos limites.
2016, o ano em que a utopia irá dar lugar à distopia. A cigarra cantará e a formiga ficará exausta de tanto ser castigada por ser trabalhadora. E a coligação menchevique – trotskista – leninista, nova troika dos ‘amanhãs que cantam’, dará lugar a um cinzento centrão PS – PSD, que tudo fará para continuar a destruir Portugal!
Mário Casa Nova Martins
Rádio Portalegre, 4 de janeiro de 2016

Sílvio Lima

Sílvio Vieira Mendes Lima
Coimbra 5/2/1904 - Coimbra,  6/1/1993
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Passa hoje mais um aniversário da morte de Sílvio Lima.
O tempo passa célere, e vinte e três anos após o seu desaparecimento físico, a sua Obra permanece única, viva e a continuar a ser estudada, um legado intemporal onde avulta a cultura e a inteligência de um Professor da Universidade de Coimbra, que o honrou e continua a honrar.
Sílvio Vieira Mendes Lima era uma pessoa excepcional, de um valor humano, científico e pedagógico ímpar. Viveu um tempo em que o prestígio da Academia era suporte de uma matriz cultural e cívica, assente em valores e princípios.
Desse tempo já nada resta.
Recordar Sílvio Lima e ao mesmo tempo ter-se acesso à sua obra completa, graças à Fundação Calouste Gulbenkian, e a teses de mestrado e de doutoramento sobre a vida e a obra de Sílvio Lima, serve de lenitivo para as agruras do presente e as incertezas quanto ao futuro.
Recordamos hoje a Memória de Sílvio Lima, com grande respeito e saudade.
Mário Casa Nova Martins

terça-feira, janeiro 05, 2016

CDS em Portalegre

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Com a saída, voluntária, de Paulo Portas da liderança, o CDS volta a ganhar vida. Mas será que conseguirá viver autonomamente, fora dos grupos de interesses que o tornaram muleta de governos PPD’s-PSD’s? Só o tempo o dirá.
Contudo, em política o tempo é curto. Muito curto, dir-se-á. E o CDS, que já foi PP, não tem muito tempo para se afirmar à Direita e na Direita deste Regime que começa a parecer estar num tempo de fim-de-regime.
Mas não deixa de ser curioso que o afastamento do ainda líder provoque vontade de voltar a falar-se do CDS, que já foi PP.
Em Portalegre o CDS existe? Em Portalegre o partido tem órgãos dirigentes? Terá, mas são totalmente desconhecidos, quer do potencial eleitorado do CDS e ainda mais da população em geral.
Em Portalegre o CDS teve implantação, teve vida activa, teve eleitos autárquicos, em suma, era um partido que participava na Polis.
Em Portalegre muitos que deram essa alma, essa vida ao CDS, e ao PP, ou morreram, ou se afastaram, a ponto das Referências do partido já não existirem. Hoje em Portalegre ninguém sabe quem é quem no CDS. Pressupondo que ainda exista.
Vai ser muito difícil recuperar o CDS.
Mário Casa Nova Martins