\ A VOZ PORTALEGRENSE: dezembro 2015

terça-feira, dezembro 22, 2015

Desabafos, 2015/2016 - VI

Estamos na semana do Natal. Mas cada ano que passa, o Natal que se celebra perde mais um pouco da religiosidade que foi a sua génese. Hoje ninguém celebra o Natal como a Festa da Família, o nascimento do Filho de Deus. O Natal de hoje é apenas a celebração do consumo, tornado religião.
Sabe-se que a igreja católica instituiu a celebração do Natal, substituindo as celebrações pagãs do Solstício de Dezembro. Mas mesmo esta data era comemorada com grande sentimento e significado religioso.
O tempo actual, no qual o milenar Cristianismo é algo que não deve ser nomeado, tem novo paradigma quanto à Religião, considerando-a dispensável à vida do Ser Humano, permitindo que seja vista como algo do passado, totalitária e como tal desprezível.
Hoje, o se afirmar Cristão é motivo, sim, de desprezo, de menoridade face ao progresso que a civilização deste século XXI defende. Mas essa ideia de progresso imanente ao tempo presente, não é mais que uma ilusão ao destruir Princípios e Valores que foram os pilares da Civilização Cristã, que moldou a Europa e o Mundo no respeito pela dignidade da Pessoa Humana.
Por isso, celebrar a Nascimento de Cristo, nos Valores da Família, mais do que um acto de coragem, é dizer bem alto que ser-se Católico hoje em Portugal e na Europa é um acto de Cidadania plena e responsável.

Um Santo e Feliz Natal.
Mário Casa Nova Martins
Rádio Portalegre, 21 de dezembro de 2015
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segunda-feira, dezembro 14, 2015

O Diabo

Ainda o 25 de Novembro
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Nesta Terceira República, a Direita não tem grandes data para celebrar ou comemorar. Então, encontrou uma, o ‘25 de Novembro de 1975’, como comemorável ou celebrável.
É um facto que na falta de outra efeméride, esta data merece ser lembrada como o Thermidor do PREC. Mas, realmente, o que foi o ‘25 de Novembro de 1975’?
Para responder a esta questão recorre-se ao “Diário da Índia” do Embaixador Marcello Duarte Mathias, que na página 264 escreve:
_ De resto, o 25 de Novembro levou, de início, muita gente ao engano. Julgou tratar-se de um embate entre esquerda e direita, de que esta teria triunfado. Deste equívoco se alimentou durante uns tempos o 25 de Novembro. O que, na realidade, se verificou foi simplesmente o confronto entre uma extrema esquerdaanarco-revolucionária e a esquerda socialista e maçónica, tendo esta última prevalecido.
Esta interpretação está datada de 1995, há vinte anos, portanto, mas mantém toda a clareza e verdade do que realmente se passou naquele ‘Verão Quente’ de 1975.
Se o ‘11 de Março de 1975’ foi uma quartelada, cuja História continua por fazer, o ’25 de Setembro de 1974’ representa a ida para o Gueto da Direita portuguesa, de onde ainda não conseguiu sair.
A força que então tinha o PP – Partido do Progresso naquele outono de 74, é semelhante à que viria a ter o PDC – Partido da Democracia Cristã naquele final de inverno de 75. Ambos, temidos pela Esquerda totalitária dominante, foram proibidos pelo poder radical vigente, e desde então, como que à vez, CDS-PP e PPD-PSD representam a área da Direita em Portugal sem que alguma vez se assumissem como de Direita, melhor, colhendo os seus votos, mas renegando-a.
Assim, os quarenta anos do ’25 de Novembro de 1975, que passam na próxima quarta-feira, mais não são do que a memória de um tempo de chumbo, que nem em nota de rodapé da centenária História de Portugal será no futuro próximo lembrado.
Mário Casa Nova Martins
in, Semanário O Diabo, 8 de dezembro de 2015, pg. 19

sexta-feira, dezembro 11, 2015

O Diabo

Portalegre Capital do «Migrante»

Vivem-se tempos esquisitos. Quando se defende a paridade entre os animais ditos irracionais e os animais ditos racionais, o aborto é livre e aos costumes nada se diz, que Sociedade é esta em que se vive?
Valores como Pátria, Religião e Família são anacronismos. Hoje falar em Nação ou em Pátria, conceitos distintos, é ser-se excomungado pelos ditos bem-pensantes do politicamente correcto. Numa Europa que renega a sua Matriz Cristã, que defende o Ateísmo, ganha espaço, cresce o Islamismo. E são os não-europeus que hoje falam e defendem a Instituição Família, mas uma Família Muçulmana, na qual a Mulher não tem os mesmos direitos que o Homem, ou pura e simplesmente não tem direitos.
No tempo em que a Europa recebe milhares de emigrantes vindos de outros continentes, com outros hábitos, costumes e religião, e cria quotas para a sua distribuição pelos diferentes países e respectivas cidades europeias, no caso português, Portalegre pode tornar-se na “Capital do «Migrante»”, utilizando uma terminologia dentro do modismo do politicamente correcto.
Casas devolutas não faltam, como é exemplo o Seminário Maior, o ex-Colégio Diocesano de Santo António, ou o ex-Colégio do Sagrado Coração de Maria. E como o papa jesuíta quer que os católicos acolham os ditos «migrantes», que melhor local poderá ser encontrado em Portugal?
Há muito que as gentes de Portalegre tudo consentem, como se prova pela aceitação passiva da perda da sua indústria, do seu comércio e de serviços, facto que paulatinamente vem acontecendo nas últimas quatro décadas. E agora passivos estão, face aos aumentos para os valores máximos permitidos de impostos autárquicos.
Desta forma, para que os ditos «migrantes» se sintam em Portalegre como em sua própria terra, os Portalegrenses não se importarão, até apoiarão o derrube da denominada «Cruz da Penha», que abençoa a cidade, mas que é um símbolo cristão que ofende a crença e as consciências dos muçulmanos «migrantes» que esta hospitaleira terra tem que acolher! Que assim seja.
Mário Casa Nova Martins
in, Semanário O Diabo, 24 de novembro de 2015, pg. 19

quarta-feira, dezembro 09, 2015

Desabafos, 2015/2016 - V

A nova composição da Assembleia da República, fruto de eleições livres e democráticas do passado 4 de outubro de 2015, tem uma nova maioria que se define de Esquerda, mas que os factos obrigam a que se defina como Esquerda Radical.
Das primeiras medidas que tomou, três foram contra Valores e Princípios, Princípios e Valores esses que são Matriz da Civilização Europeia. Todavia, cada vez mais se prova e comprova, serem Valores e Princípios de um tempo em que a Europa era exemplo em matéria de Ética e Moral, farol de Civilização, de Progresso e de Liberdade.
O primeiro ataque foi dirigido à Instituição Família, através da aprovação de uma lei que legitima a adopção de crianças por “casais” homossexuais, sublinhando-se que a palavra ‘casais’ está entre aspas.
Que se diga que a aprovação de esta lei que atenta contra a Família, teve o apoio do lóbi gay do PSD, constituído por dezanove deputados.
A outra lei que atenta contra a Família, também atenta, e de uma forma mais grave, contra a Vida Humana. As alterações à Lei da Interrupção Voluntária da Gravidez, a famigerada Lei do Aborto, vão no sentido de banalizar esse crime contra a Natureza, contra a vida Humana, de uma forma que o torna uma violência para a própria Mulher e deixa sem qualquer defesa o Ser que é assassinado.
Também que se diga que uma deputada do PSD votou estas alterações iníquas.
A Escola também não foi esquecida pela Esquerda Radical.
Ao votar o fim do exame do 4.º ano de escolaridade, nivelou por baixo o Ensino e transforma a Escola não num local de saberes, num local de aprendizagens, mas sim num recreio, num depósito de crianças, ao mesmo tempo que desrespeita os Professores, criando a “cultura inculta”.
A Escola desta Esquerda Radical é um local de facilitismo.
Triste futuro para os jovens, se é que alguma vez o terão.
Mário Casa Nova Martins
7 de dezembro de 2015, Rádio Portalegre

segunda-feira, dezembro 07, 2015

Fernando Correia Pina


Ad futuram rei

A uma fotografia tirada na tasca do Facha

Sínica taça que a lusa mão sustenta
prenda galante do Império do Meio
dedal de fruta feita em licor cheio
suspiro de seiva que nos acalenta;

breve segredo que no fundo ostenta
míopes ratas para maior recreio
desta gente discreta que aqui veio
esquecer a crise que nos apoquenta.

Findou o lanche que virou jantar,
tiram-se fotos para acompanhar
as carnes gordas, o capitoso vinho.

É tarde já. Fechou a cozinha.
Todos olhamos para o passarinho,
só o Polainas olha a passarinha.
Fernando Correia Pina

sexta-feira, dezembro 04, 2015

FINIS MUNDI - n.º 9


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FINIS MUNDI, n.º 9
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Apresentação quarta-feira, dia 16 de Dezembro às 18:30 - 20:00
Na Biblioteca Nacional de Portugal (Campo Grande - Lisboa)
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A apresentação estará a cargo do Dr. João Franco, director da revista, decorrendo no âmbito das comemorações "Afonso de Albuquerque, 500 anos depois: Memória e Materialidade".
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Serão também apresentadas o nº 16 da revista "Nova Águia", pelo seu director Dr. Renato Epifânio, e a obra "Q - Poemas de uma Quimera" de Octávio dos Santos.
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terça-feira, dezembro 01, 2015

1.º de Dezembro de 1640 / 2015

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Hoje celebra-se o 1.º de Dezembro!
Contudo, não será bem assim. Na Escola, onde a cartilha marxista vigora desde a ‘assassina’ “Reforma Veiga Simão”, os Alunos da disciplina de História desconhecem os factos, antecedentes e consequentes, de uma data que desde 1640 é fundamental para a Independência de Portugal.
Por razões opostas, em Espanha esta data é de certa forma olvidada, porque os espanhóis nunca aceitaram a existência de uma parte da Ibéria livre e independente, que é Portugal.
A revista de divulgação da História, «La Aventura de la Historia», no seu último número, o n.º 206 de Dezembro de 2015, apresenta um dossier de vinte páginas (51 a 71) intitulado «El Portugal de los Filipes».
Nele, ‘visto de Espanha’, de uma Espanha do século XXI a braços com autonomias e independências, são estudados momentos e gentes que marcaram os sessenta anos de ocupação espanhola de Portugal.
É um contributo actual e importante para o estudo daquela época, daí ser de leitura obrigatória para quem ainda mantém o interesse pela História, e por aqueles Portuguese que ainda sente que Portugal é uma Nação.
“Filipes” e “Mouras”, forma simpática de dizer que hoje gente que não é verdadeiramente Portuguesa está à frente dos destinos de Portugal, lacaios que são dos interesses geopolíticos e geoeconómicos da União Europeia e dos EUA.
Homens como o rei D. Carlos, também Afonso Costa, Oliveira Salazar, são os “Últimos Portugueses”, Gente do século XX, o último em que Portugal foi Grande entre as Nações!
Eu celebro o 1.º de Dezembro de 1640.
Mário Casa Nova Martins
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