\ A VOZ PORTALEGRENSE: outubro 2012

quarta-feira, outubro 31, 2012

Desabafos

«Era uma vez», ou então, «há muito, muito tempo», são formas de se iniciar uma história, daquelas histórias de reis e rainhas, príncipes e princesas, mas também de fadas e de bruxas, anões e gigantes, e de gentes.
Contudo, quando se contam histórias de gentes, nem sempre o final, ou quase nunca, é ‘cor-de-rosa’.
Se se contar uma história começada por «há muito tempo», e nela se recordar que numa escola que se achava superior fora inserida nos currículos, a propósito e a despropósito, uma cadeira de Francês porque havia que colocar uma pessoa, familiar de gente importante, preterindo outras áreas, as quais, essas sim, se adequavam aos currículos dos cursos, dir-se-á que ‘essa é velha’. Até porque já tudo passou à reforma!
Mas se se contar outra história recente, começada por «era uma vez» uma pessoa que trabalhava numa escola que se denominava superior, e que certo dia viu ser feito um concurso ‘por conta e medida’ para a afastar do lugar que ocupava, a curiosidade de se saber o que aconteceu em seguida é aguçada.
Pois bem, a dita pessoa teve que sair da dita escola que se denominava superior. Mas ainda antes de se saber o resultado do tal concurso feito ‘por conta e medida’, já a outra pessoa para a qual fora feito o dito concurso ‘por conta e medida’ ocupava o gabinete que lhe iria ser destinado. Coisa e loisas, sem dúvida curiosas e, quiçá, pertinentes!
Quando Portugal e os Portugueses atravessam uma crise económica, financeira e social de que não há memória, boys e girls do nefasto Centrão, PSD e PS, banqueteiam-se!
Sadio é que não se pode dizer que é o ar que circula em Portalegre!
in, Rádio Portalegre, Desabafos, 30/10/2012
Mário Casa Nova Martins

terça-feira, outubro 30, 2012

Tango

Não me canso de dançar
O tango
À média luz,
Num abraçar
Lânguido
Que a paixão produz!
Mário Casa Nova Martins

segunda-feira, outubro 29, 2012

Crónica de Nenhures

A crise que Portugal atravessa foi provocada pelos Políticos, do CDS, PCP, PS e PSD. Mas também pelo Povo Português que nestes anos que leva esta Terceira República apenas se preocupou em reivindicar anualmente aumentos de salários.
Claro que os Sindicatos foram com o tempo tornando-se corporações que apenas serviam para chantagear os Políticos com o objetivo único de aumentar corporativamente regalias, sem que houvesse contrapartidas de aumentos de produção.
Ora, ‘o mundo gira e avança’. E sem que se desse conta, as condições económicas e sociais da Europa mudaram. Novos tempos com a globalização, com o comércio global. Mas a Europa não estava preparada para tais e tantas mudanças!
Portugal, país ultraperiférico da União Europeia, é dos mais penalizados pela Nova Ordem Mundial. E para agravar ainda mais a situação, Portugal sempre fora um País em que o peso do Estado era excessivo. Os Portugueses sempre viram o Estado como uma forma de os sustentar.
Agricultura, Comércio, Indústria, Pescas, Serviços, são setores que sempre desconfiavam do Estado, mas que a toda a hora queriam que o Estado deles tomasse conta. A subsidiodependência face ao Estado acompanha a História de Portugal.
Por muito que custe aos Portugueses, no dia 24 de Outubro de 2012, o ministro Louçã Gaspar disse uma verdade:
_ “Portugueses pagam pouco para o que exigem do Estado.”
E como dói ouvir verdades!
Mário Casa Nova Martins

domingo, outubro 28, 2012

Jorge Luís Borges

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sábado, outubro 27, 2012

Navio-escola Sagres comemora 75 anos

No próximo dia 30 de outubro o Navio-escola Sagres comemora 75 anos do seu lançamento à água.
Para assinalar tão importante data na vida do Navio, irão decorrer diversas atividades de natureza social e cultural no período de 30 de outubro a 01 de novembro com o Navio atracado no cais do Jardim do Tabaco, em Lisboa, onde estará aberto a visitas.

sexta-feira, outubro 26, 2012

Associação de Futebol de Portalegre

*
Falar deste tema é, como diz o Povo, «chover no molhado»!
Existe uma Associação de Futebol de Portalegre que nem consegue promover um campeonato de Futsal.
É preciso os Clubes do distrito de Portalegre inscreverem-se na Associação de Futebol de Évora para poderem praticar a modalidade de Futsal!
Mas a gerontocracia que gere há dezenas e dezenas de anos a AFP quer lá saber!
É por coisas como esta que Portalegre é o que é… Está como está...
Mário Casa Nova Martins

quinta-feira, outubro 25, 2012

Fernando Correia Pina

Outono no largo Cristóvão Falcão
 
O outono chega de lápis e borracha na mão
olha para a cidade, quieto durante uns dias,
como alguém indeciso entre ir e ficar.
Vai depois pelas ruas e apaga as esplanadas,
os rubis dos poentes, o verde das folhas,
os que se amam deitados na relva dos jardins,
os pássaros de altos ninhos e o azul do céu
a que o verão dava tons de pré-lavado.
A seguir com o lápis vais desenhando mangas
compridas nas t-shirts dos adolescentes
casacos  pesados nos senhores de idade
e púdicas pernas nos calções das senhoras.
Trepa depois à árvore por quem se apaixonou
e despe-a lentamente
até adormecer entre os seus braços nus.

quarta-feira, outubro 24, 2012

Luís Filipe Meira

Os Trabalhadores do Comércio no CAEP
O Show duns “Gaijos du Porto”

O CAEP abriu as portas a um dos grupos mais antigos e em atividade do pop/rock português, os Trabalhadores do Comércio. Já lá vão 32 anos desde que Sérgio Castro e Álvaro Azevedo, dois músicos da banda de hard rock “Arte & Ofício”, decidiram partir para um projeto paralelo assente na linguagem popular e brejeira utilizada nos bairros populares da cidade do Porto. Histórias de faca e alguidar, carregadas de sentido de humor e crítica social, embaladas em sons pop/rock, algumas delas contadas ou cantadas pela voz de um puto reguila de 8 anos de idade, levaram que os Trabalhadores do Comércio atingissem razoável sucesso durante a década de 80 com singles bem esgalhados como “Chamem a Polícia”, “A Cançom Que o Abô Minsinou”, “A Chabala do Meu Curaçom”, “Apunhalaste a Minha Mãe”, Taquetinho Ou Lebas Nu Fucinhu”.
Sucesso que os levaria ao Festival da Canção em 1986 que acabariam por vencer com “Tigres de Bengala”. Quatro Lps de originais e duas compilações além dos singles citados, foi a produção dos Trabalhadores até 96. Mas a vida de músico é pouco gregária e nada sedentária o que levou à paragem mais ou menos tática da banda, para que os seus elementos dessem asas a outros projetos. Nos últimos anos houve nova aproximação que deu origem ao álbum “Iblussom” (2007) e ao recente “Das Turmantas há Buoua Isperansa”, Livro-CD, espécie de espólio, que além de temas originais, tem um livro com a história e imenso material sobre estes 32 anos de carreira da banda de Sérgio Castro e Álvaro Azevedo.
Foi no âmbito da digressão que promove “Das Turmantas há Buoua Isperansa”, que os Trabalhadores do Comércio aterraram no palco do Grande Auditório do CAEP no último sábado. Recebidos por muito pouca gente, não mais de 60/70 pessoas, os Trabalhadores dignificaram o nome, ignoraram o aspeto desolador de uma sala vazia diante de um palco cheio com sete músicos e atiraram-se ao trabalho, como se a sala estivesse cheia. Ultrapassado algum constrangimento inicial, os espetadores também se sentem desconfortáveis numa sala quase vazia, e com um início em ritmo funk bem batido, os “gaijos du Porto” arrancaram para um concerto de se lhe tirar o chapéu. Entre a memória e a atualidade, entre o r&b e a soul passando pelo rock puro e duro até ao blues e mesmo ao jazz aqui e ali, se foi fazendo um concerto de nível elevado com os músicos, excelentes por sinal, a fruírem o momento e a puxarem pelas cinco ou seis dezenas de maduros que ali estavam, mas que não se fizeram rogados a cantar, participar e a divertirem-se. Os músicos ficaram felizes, a malta não teve razões para chorar o preço do bilhete, antes pelo contrário, foi feliz para casa e ninguém gritou “Chamem a Policia, que eu não Pago”, não gritaram mas cantaram…
Um luxo a noite do último sábado no CAEP com o show desses Gaijos du Porto.
Luís Filipe Meira

terça-feira, outubro 23, 2012

Manuel Isaac Correia

A propósito da notícia em epígrafe, e que então editámos no Facebook, o nosso particular amigo Manuel Isaac Correia deixou o seguinte Comentário:
_ «Não costumo dizer mal da justiça mas li todas as sentenças e alegações deste processo e é absolutamente extraordinário o porquê de a Relação se pronunciar em sentido oposto ao juiz da 1ª instância (entretanto também ele já Desembargador). O motivo é um único: A Procuradora da Relação desvalorizou as provas testemunhas que afirmavam que em Portalegre era público, antes da exoneração de Teresa Samarra, quem seria a pessoa que a iria substituir. Ou seja, as várias pessoas que foram testemunhar aquilo que em Portalegre era voz corrente, foram de alguma forma chamadas de "mentirosas" pela senhora procuradora da Relação, porque não ouviram o que afirmam (e em Portalegre toda a gente sabe) dito pelos responsáveis do PS na altura. Ou seja, se os responsáveis políticos do PS não fizeram um comunicado a anunciar que estavam a mover as suas influências para fazer substituir Teresa Samarra, então a senhora não foi substituída por razões de natureza político-partidária, apesar de toda a gente o saber em Portalegre, das instituições aos partidos, passando pelas mesas e balcões de café, pelo menos desde uns quatro meses antes, que TS iria ser substituída pela senhora que foi entretanto nomeada. O que aliás acho normalíssimo no quadro do que é habitual: o PS estava no poder, TS foi nomeada e posteriormente foi substituída por outra pessoa da confiança do partido (não digo que concordo, digo que é o habitual, o que é normal e não há que estranhar). Dizer-se que isto é mentira é que é uma enorme mentira como todos sabemos.
E só não escrevi ainda em termos mais públicos porque tenho por princípio não escrever sobre casos antes do trânsito em jugado. Mas garanto-te que o farei, seja qual for o desfecho. Por mim, até acho tão natural a exoneração quanto a nomeação (baseadas ambas em critérios de confiança pessoal e/ou partidários). Entendo que não devia ser assim, mas é o que é. Agora um tribunal, seja ele qual for, chamar mentirosas as pessoas que declararam aquilo que toda a cidade podia declarar, ou seja, que meses antes da exoneração da TS se sabia perfeitamente quem é que tinha sido escolhido pelo PS para colocar na Escola de Hotelaria, ah, isso comigo compram uma briga feia. Nomeiem quem quiserem e entenderem, mas nem o Turismo de Portugal, nem o PS, nem Tribunal nenhum fazem de mim e de Portalegre inteiro parvos e muito menos me chamam ou nos chamam mentirosos impunemente. Por isso TS terá toda a minha solidariedade pessoal e institucional neste processo, ganhe-o ou perca-o. TS foi nomeada para uma função e foi posteriormente exonerada por motivos político-partidários que todos nós sabemos e conhecemos. Mais, isto era público em Portalegre (e eu só não o publiquei meses antes porque não é nosso hábito entrar em quezílias). Eu, repito, no quadro vigente (de que discordo) tanto acho natural a nomeação como acho a exoneração, mas dizer-se que exoneração não foi político-partidária e que a nomeação não o foi igualmente, isso é que é mentir. Foi, foi, foi e continuará a ser e ninguém se atrecerá a dizer que isto é mentira, pois é público. Agora se a justiça formal entende que é mentira porque não há uma deliberação pública nem um anúncio partidário a anunciá-lo, então a Justiça vive mesmo no mundo da fantasia.

segunda-feira, outubro 22, 2012

Teresa Samarra

Este caso foi na época muito falado. Não fora por razões de incompetência que a então diretora deixou aquelas funções. Todos sabiam os motivos. Quando a Teresa Samarra denunciou os fatos, sabia-se que eram verdadeiros.
Se há alguém a quem a
Teresa não tem que pedir apoio nesta sua justa demanda será a mim. Por razões que ambos sabemos.
Mas que esta injustiça, que esta malvadez não fique no silêncio!
_______
in, O SOL, 19 OUTUBRO 2012, pg. 31

domingo, outubro 21, 2012

branco & verde

Corpo delgado
Corpete branco
Perfeito lábio
Paixão e encanto.
 
Verde fio
Folhas também
Corpo esguio
Sabe tão bem!

Ombros perfeitos
Queixo de luz
Sem enfeites
O peito seduz!
Mário Casa Nova Martins

sábado, outubro 20, 2012

Glória

Fotógrafo - Edouard Jean Steichen (1879-1973)
Modelo e Atriz - Gloria Swanson, 1924
*
Vejo os teus olhos para além do véu
Lindos e transparentes como o ar,
Um ar doce e tão puro como o céu
E quero ir para junto deles voar!
 
As folhas que envolvem o teu rosto
São de outono ou serão de primavera,
Mas que importa saber o meu gosto
Negro é pensar que és uma quimera!
Mário Casa Nova Martins


sexta-feira, outubro 19, 2012

Futebol em Portugal

Sempre que o Futebol Clube do Porto perdeu para o campeonato nos últimos 6 anos, o árbitro presente nesse  jogoo nunca mais voltou a ser nomeado novamente para clássicos do Futebol Clube do Porto no campeonato.
Outra curiosidade é a insistência em 2 nomes que nunca trouxeram o sabor da derrota ao Futebol Clube do Porto nestes últimos anos.
Pedro Proença com 8 e Jorge Sousa com 4 (5 com o jogo de 7 de Outubro último), juntos com mais de 50% dos clássicos do Porto nos últimos 6 anos.
Mário Casa Nova Martins
(Adepto do Sport Lisboa e Benfica
Apoiante da Lista liderada por Rui Rangel)

quinta-feira, outubro 18, 2012

Fernando Correia Pina

Se já não há nada em que se creia
e tudo o contratado é letra morta
vivemos numa casa sobre areia
e a casa onde vivemos não tem porta.

Se a voz que demos nossa voz falseia
e com surdos monólogos a corta
ser livre é estar preso numa teia
onde a nossa vontade nada importa.

Se há um só caminho à nossa frente
e uma maneira só de o percorrer
nós não somos pessoas, somos gente

a quem se tira a alma para ser
apenas cifras na conta corrente,
parcelas do dever sem nada haver.

quarta-feira, outubro 17, 2012

Desabafos

Bastou à lista dizer publicamente que não apoiava uma recandidatura da atual presidente da Câmara Municipal de Portalegre, para que a mesma ganhasse folgadamente as eleições concelhias que ocorreram quinta-feira dia 4 deste mesmo mês de Outubro.
Dentro da social-democracia portalegrense há muito que eram nítidos sintomas de exaustão face a onze anos de desgaste político, provocado por dez anos de gestão ruinosa do concelho e da autarquia, seguida de fuga às responsabilidades pelo fautor, e um ano de manutenção de certo ‘status quo’.
Também há muito que se sabe que dentro do partido da social-democracia não são vistos com bons olhos os ‘paraquedistas’ que nele ‘aterraram’, vindos do CDS, e que ao longo destes onze anos têm estado à frente de tudo o que é ‘apetecível’ na gestão da autarquia.
Quanto a estes, será curioso ver neste final de ciclo político social-democrata os seus futuros comportamentos. Regressão ao ‘redil’ centrista? Na política, com os oportunismos tudo é possível, e ainda mais!
Todavia, diga-se que no último ano, a Câmara Municipal de Portalegre recuperou credibilidade política junto dos Munícipes. E por certo até ao final do mandato assistir-se-á a um continuado trabalho de saneamento financeiro, a par de um forte rigor orçamental.
Agora, a nova liderança concelhia social-democrata terá que começar do zero o processo que conduzirá às eleições autárquicas de Outubro de 2013.
Não vai ser um caminho fácil, muito pelo contrário. O tempo começa a ser escasso para escolhas e decisões que façam esquecer a responsabilidade do PSD, quer na ruinosa Fundação Robinson, quer na dívida astronómica que coloca Portalegre como a capital de distrito com o maior valor de dívida por Munícipe.
in, Rádio Portalegre, Desabafos, 16/10/2012
Mário Casa Nova Martins

terça-feira, outubro 16, 2012

Luís Filipe Meira

O 3º Livro de Rui Cardoso Martins
Apresentado em Lisboa
*
“Se Fosse Fácil Era Para os Outros é o sucessor de “E Se Eu Gostasse Muito de Morrer”, “um bom romance sobre o Portugal profundo” na opinião de Pedro Mexia, que já vai na 4ª edição, foi publicado em Espanha e na Hungria e de “Deixem Passar o Homem Invisível”, “um muito bom romance sobre a Lisboa subterrânea”, na opinião do mesmo Pedro Mexia, que vai na 2ª edição e foi galardoado com o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores.
O 3º romance de Rui Cardoso Martins (n. Portalegre, 1967) foi apresentado na última 6ª feira em Lisboa no bar “A Barraca”, num encontro muito concorrido onde se foram cruzando velhos e novos amigos do escritor com muita gente conhecida do teatro, da música, do jornalismo, das artes em geral e que numa festa muito bonita montada a partir de uma ideia de António Eustáquio tentou fugir aos mais ou menos entediantes lançamentos literários tradicionais.
O autor, visivelmente bem-disposto, deu as boas vindas, agradeceu a presença e proferiu parcas palavras de circunstância.
Miguel Martins, o fadista Camané e o artista plástico Pedro Cabrita Reis fizeram algumas leituras (in)esperadas.
A música de matriz norte americana cruzou a preceito os blues da “Tó Bagorro Blues Band” com o jazz swingante de um combo dirigido por António Eustáquio e formado a partir da memória da velha e saudosa Opus 1, orquestra nascida e formada no Conservatório de Portalegre que animou, já lá vão uns lustros, as noites de Portalegre.
A Grande Música da América foi assim a escolhida para embalar com som e cor a conversa sobre um livro, cuja história atravessa on the road, os states desde os néons dos casinos e hotéis de Las Vegas até à beleza selvagem de um rio na Geórgia ou das Cataratas do Niágara até à sempre fascinante cadeia de Alkatraz.
Não me cabe a mim, por manifesta falta de capacidade, aferir a qualidade da escrita de Rui Cardoso Martins neste livro ou nos anteriores, basta-me gostar de os ter lido e crer na forma elogiosa com a generalidade dos críticos se lhe referem. Agora o que posso testemunhar é que nenhum deles é minimamente aborrecido, tal é o finíssimo sentido humor que o autor faz questão de utilizar a cada passo. O que me remete para uma curta entrevista que o escritor e autor de vários best-sellers, Ken Follett deu ao Expresso há poucas semanas. Dizia o autor de “Os Pilares da Terra”, citando Henry James, que o pior pecado de um escritor é ser aborrecido.
Ora, Rui Cardoso Martins pode ser tudo, menos aborrecido.
Luís Filipe Meira

segunda-feira, outubro 15, 2012

Portalegre na Rádio Portalegre


Portalegre: presidente da Câmara Municipal admite que salários dos funcionários da autarquia estão em risco depois da oposição chumbar adesão ao PAEL

A presidente da Câmara de Portalegre admitiu hoje que os vencimentos dos funcionários da ...
autarquia estão em risco, depois da oposição, em maioria no executivo ter chumbado a adesão da edilidade ao PAEL, para contratar um empréstimo de cerca de 1,4 milhões de euros para pagamento de dívidas de curto prazo.
Adelaide Teixeira, que falava em conferência de imprensa, explicou que ultrapassado o limite de endividamento do município, o Estado retira, “logo à cabeça”, das transferências para os municípios através do Fundo de Equilíbrio Financeiro (FEF), o correspondente ao excesso do limite de endividamento, que poderá colocar em risco o pagamento dos vencimentos aos funcionários da autarquia.
Contudo, esclareceu que, pelo facto da autarquia se encontrar em desequilíbrio financeiro estrutural, a Direção Geral das Autarquias Locais, pode obrigar o município a aderir ao Plano de Reequilíbrio Financeiro, possibilitando ao município continuar a dispor de dinheiro para pagamento de vencimentos aos funcionários.
Mas não há bela sem senão. De acordo com Adelaide Teixeira, o Plano de Reequilíbrio Financeiro tem consequências mais negativas do que o PAEL- Plano de Apoio à Economia Local -, quer para a autarquia quer para a população.
Segundo a autarca, eleita pelo PSD, a Câmara Municipal “vai perder completamente toda a autonomia”, porque a aplicação do Plano de Reequilíbrio Financeiro é controlada pelo Estado, além de que a autarquia será obrigada a aumentar para o máximo todas as taxas e tarifas municipais.
Adelaide Teixeira acusou ainda os vereadores do PS e o vereador da CDU no executivo municipal de Portalegre, de com o chumbo do PAEL “terem dado um sinal claro de que só pensa nas próximas eleições autárquicas e de bloquearem a atividade dos eleitos do PSD”.
A autarca assegurou ainda que vai cumprir este mandato até ao fim, argumentado que tem um compromisso com as pessoas, com a população e com a cidade, e que vai fazer todos os esforço para minimizar os estragos provocados constantemente pela oposição.
_______



domingo, outubro 14, 2012

Rui Cardoso Martins

O narrador parte com quatro amigos, todos eles a atravessarem uma fase menos boa nas suas vidas, para uma viagem através dos Estados Unidos da América.
De Nova Iorque até ao Sul profundo e em seguida para o Norte, até às Cataratas do Niagara, já na fronteira com o Canadá, atravessam um país de profundos contrastes onde vão viver aventuras umas vezes divertidas, outras perigosas, se não mesmo fatais.
A viagem é, para cada um deles, um encontro sem concessões consigo mesmo e com as memórias de vidas muito diferentes, em que tudo se joga e às vezes tudo se perde, mesmo a vida.
SE FOSSE FÁCIL ERA PARA OS OUTROS, o terceiro romance de Rui Cardoso Martins, é uma leitura viva, empolgante, eficazmente servida por um estilo a que o autor nos tem habituado nos argumentos dos filmes e nas crónicas de jornal.

sábado, outubro 13, 2012

Joana D'Arc

sexta-feira, outubro 12, 2012

OPEL CITY

OPEL CITY - 36 Anos

Passado um ano desde que falámos AQUI pela primeira vez do Opel City, voltamos a fazê-lo quando faz 36 anos.
Segundo os dados da Inspeção Técnica Periódica, o Opel City está em perfeito estado.
E, queremos, que assim continue!
Mário Casa Nova Martins
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quinta-feira, outubro 11, 2012

Alpoim Clavão

quarta-feira, outubro 10, 2012

13 de Outubro

*
Conferência, Friedrich Nietzsche, Julius Evola,
Legião Vertical, Marcos Ghio

terça-feira, outubro 09, 2012

Tenho mesmo de falar sobre isto!!!

Tenho mesmo de falar sobre isto!!! Ontem (29-09-2012) fui à manifestação da CGTP! Não por eles, porque não sou sindicalizada, mas por mim, pelos meus e pelo meu país (tal como fui às outras todas)... e eis que me arrependi de ter ido àquela... palhaçada a que chamaram de manifestação!!!
Nesta foto, este rapaz, expressava a sua opinião, livremente e com a toda a liberdade de expressão que lhe assiste… a ele e a todos nós!!! E qual não é o meu espanto, quando vejo este rapaz a ser quase "linchado", por pessoas (ignorantes, diga-se de passagem) que se diziam sindicalizadas e que se sentiam ofendidas pela mensagem do cartaz!!!
O rapaz, em vão, tentava explicar que a mensagem não era para nenhuma daquelas pessoas em particular, mas sim para a instituição em si… que era a opinião dele e que não queria ofender ninguém... mas de nada lhe serviu!!! Continuaram a rodeá-lo, a tentarem arrancar-lhe o cartaz das mãos e não foi fisicamente agredido, porque outras pessoas apartidárias, intervieram!!! O rapaz acabou por ter de se ir embora, para que as coisas não descambassem!!!
Estas pessoas, umas mais idosas outras nem por isso, foram de uma ignorância extrema!!! São pessoas que não se dão ao trabalho de ouvir e nem sequer pensam por elas próprias, não perceberam que estávamos ali todos pelo mesmo, independentemente da manifestação ter sido convocada pela CGTP!!!
Claro que, muitas pessoas que ali estavam não pertenciam ao sindicato e estavam ali pelas mesmas razões que nós, e claro que intervieram a favor do rapaz... fomos todos rodeados por essa gente ignorante, ameaçavam-nos e gritavam na nossa cara que nós éramos uma merda e que se não pertencíamos ao sindicato que não podíamos estar ali, e a frase mais cómica de todas, que estávamos a ser pagos pelo Passos Coelho para estarmos ali!!!
Com esta se vê a tacanhez e ignorância destas pessoas, que muito provavelmente não foram à outras manifestações e achavam que eram mais do que os outros só porque estavam ligados a uma merda de um sindicato!!!
Eu fui agarrada por senhor mais velho nos braços e abanada como se não houvesse amanhã, uma amiga foi chamada de parva, e o meu namorado foi rodeado por muitos desses ignorantes, recebendo ameaças, empurrões, etc... e estas são as pessoas que votam!!! Sem educação, sem cultura, sem conhecimento, sem respeito pela liberdade alheia... aliás não sabem sequer o que é a liberdade, o verdadeiro significado da palavra!!!
Quanto à manifestação em si, uma palhaçada!!! Um discurso de 2 horas, uma musiquinha de uma pessoa qualquer que lá foi cantar e pronto, estava feito, podíamos todos ir para casa com o sentimento de dever cumprido, pura hipocrisia!!!

Nunca vi uma manifestação como esta... na minha opinião isto não foi mais do que uma reunião de pessoas sindicalizadas com o sindicato!!! Uma tristeza... depois disto, cheguei à conclusão que teremos de lutar muito, principalmente porque ainda existe muito boa gente com duas talas e que não pensa... há muita boa gente que prefere ter alguém que pense por eles e que lhe diga o que pensar, o que fazer ou como agir... e esta será a nossa maior luta, mudar a mentalidade desta gentinha, para que despois seja possível mudar o nosso país!!!

segunda-feira, outubro 08, 2012

A verdade sobre Paracuellos

A revista «La Aventura de la Historia» n.º 168, referente a Outubro de 2012, é deveras importante. A começar pela capa.
No passado mês de setembro morreu Santiago Carrillo. E Carrillo é figura central do tema principal da revista, a ponto de o mesmo tema ter proporcionado a impressionante capa.
Mas antes de se entrar no assunto, é importante transcrever o que o ‘direitista’ Henrique Raposo escreveu no ‘Expresso, 29 de setembro de 2012, PRIMEIRO CADERNO, página 33:
CARRILLO / CUNHAL
Eis uma das tragédias nacionais: tivemos um Cunhal e não um Santiago Carrillo (1915-2012). O líder dos comunistas espanhóis defendeu o eurocomunismo, isto é, a participação de forças comunistas no jogo parlamentar das democracias; em consequência, Carrillo apoiou a transição pacífica do franquismo para a democracia. Como mordomo meridional da URSS, Cunhal nunca defendeu a transição pacífica, até porque nunca acreditou na democracia.
É esta a visão idílica de uma certa Direita, a ‘Direita Champanhe’, sobre Santiago Carrillo, omitindo o seu papel na Guerra Civil de Espanha. E que papel!
Santiago Carrillo 'antecedeu' Ernesto Rafael Guevara de la Serna, no método dos fuzilamentos. Como se prova em Paracuellos. Carrillo pode muito bem ter sido o ‘inspirador’ de Che Guevara.
Mas Henrique Raposo omite este ‘pequeno detalhe’ biográfico de Santiago Carrillo. Às vezes uma certa Direita tem estes lapsos de memória!
Mas este número de «La Aventura de la Historia» atualiza o Crime de Parcuellos perpetrado pelos Republicanos.
Todavia, a certa altura Estaline é apresentado como ‘responsável moral’ do sucedido. Enfim, Estaline tem ‘as costas largas’.
Agora o que a revista diz é os nomes dos responsáveis morais e ativos. E Santiago Carrillo lá está!
Em conclusão, não deixam de ser curiosos dois pontos:
_ O primeiro refere-se ao facto de este dossier ser publicado logo após a morte, natural, de Santiago Carrillo. Coincidências?
_ O segundo é o facto de só muito recentemente se ficar a saber por documentos entretanto desclassificados que os EUA sabiam que a Matança de Katyn fora levada a cabo pelos Russos e não pelos Alemães. Curioso!
Mário Casa Nova Martins

domingo, outubro 07, 2012

Portugal no Tempo dos Romanos

José Leite de Vasconcelos, na maior parte do terceiro volume das suas «Religiões da Lusitânia», em 1913, depois em 1928 Vergílio Correia com «O domínio Romano» no primeiro volume da denominada ‘História de Barcelos’ dirigida por Damião Peres, em seguida Jorge Alarcão em 1974 com «Portugal romano» são os pioneiros do estudo da estada dos Romanos na península Ibéria, na parte que corresponde hoje ao território de Portugal.
Depois de Alarcão, novos estudo e novas descobertas se deram em torno deste tema.
Agora, surge o n.º 17 da “Visão – História”, toda ela a atualizar o saber sobre «Portugal no Tempo dos Romanos».
Esta revista é um misto de divulgação e académica. Este número monográfico é excelente!
Que um próximo número trate dos Lusitanos.
Mário Casa Nova Martins

sábado, outubro 06, 2012

Portugal

Meu Portugal enganado
Por gente vil e ingrata,
Povo Português agrilhoado
Combate quem te maltrata!
.
Portugal que foste Menino
Tornaste-te grande no Mundo
Hoje fizeram-te pequenino
Numa espiral sem fundo!
.
Que não tenhas ilusão
O teu caminho é duro
Mas se sentires a Nação
Podes ainda ter Futuro!
Mário Casa Nova Martins

sexta-feira, outubro 05, 2012

5 de Outubro de 2012

Mário Casa Nova Martins

quinta-feira, outubro 04, 2012

Flávio Gonçalves / Alberto Buela

José Régio

Leitura para este fim-de-semana 'alargado'.
Mário Casa Nova Martins

quarta-feira, outubro 03, 2012

Desabafos

Para os mais distraídos dos meandros da ‘baixa política’, e para aqueles que há muito se distanciaram da ‘porca da política’, o comportamento do CDS face ao Governo liderado pelo PSD parece irresponsável.
Mas, como tudo na vida, há explicação para a forma como o CDS se tem posicionado face a um conjunto de medidas económicas e financeiras decretadas pelo Governo, do qual faz parte, mas onde é parceiro menor.
Há muito que pelos ‘subterrâneos’ do Palácio de Belém se giza uma alternativa ao atual Governo PSD-CDS.
É sabido o ‘ódio de estimação’ entre o presidente da República e o CDS, assim como o ódio que o homem de Boliqueime nutre em relação ao presidente do partido do ex-Largo do Caldas.
Se o presidente da República aceitou esta coligação, para ele contranatura, foi porque na altura não havia outra hipótese, dado o maior partido da oposição ser à época liderado pelo derrotado primeiro-ministro, também outro ‘ódio de estimação’ do algarvio.
De ódio em ódio, o presidente da República, um dos grandes responsáveis pela crise atual do país, tem hoje a possibilidade de gerar o consenso entre os dois maiores partidos, através do regresso do denominado Bloco Central, mas com a novidade de ser o seu partido a liderar a nova coligação. E sabe-se que também hoje é maioritária dentro do PSD a ideia da coligação PSD-PS.
O CDS, como partido responsável, tem que continuar coligado com o PSD até à aprovação do Orçamento de Estado para 2013. Depois deve regressar à Oposição, e ser um espectador interveniente na crítica ao Governo PSD-PS.
in, Rádio Portalegre, Desabafos, 02/10/2012
Mário Casa Nova Martins

terça-feira, outubro 02, 2012

Heroina à portuguesa

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Heroína(s) à portuguesa
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Se hoje a Esquerda em Portugal fosse culta, teria gerado no seu seio uma nova Padeira de Aljubarrota ou uma nova Maria da Fonte, e dela falaria sem cessar.
Mas desconhecedora da História de Portugal [veja-se a incompetência das críticas que fez recentemente à homónima obra «História de Portugal» dos historiadores Rui Ramos, Nuno Gonçalo Monteiro e Bernardo Vasconcelos e Sousa], e em consequência destas duas figuras do imaginário português, não fez o paralelismo.
A Padeira de Aljubarrota combateu os Castelhanos na crise de 1383-1385, e a Maria da Fonte combateu o Cabralismo na primavera de 1846.
Hoje já não há Castelhanos [mas vai voltar a haver quando da próxima implosão da Espanha!], e há muito que a Carta, o Cabralismo e os Cabrais se finaram.
Mas hoje o primeiro-ministro e a troika são para a Esquerda os Castelhanos e os Cabrais de outrora, se bem que de ambos quanto muito vagamente terá ouvido falar.
E quando uma mulher da Esquerda se alevanta e levanta para recusar receber um prémio literário das mãos do primeiro-ministro, é alevantada e elevada á condição de heroína nacional pela Esquerda. Mas também pelos ‘tolos úteis’ da Direita...
Todavia, que desde já se diga que nova heroína à portuguesa não recusou receber os 7.500 € do prémio. Pouca coisa!
Mas por outro lado não deixou de ser benfeito tudo o que aconteceu. A mistura oportunista entre política e cultura teve o que merecia.
Foi confrangedor ver gente da Direita associar-se a este ato político. A intelectualidade de Esquerda gosta de ser bem recebida nos salões da Direita, mas despudoradamente critica-a. E a Direita, estupida, gosta de se misturar com a intelectualidade esquerdóide, pensando que tal lhe dá ‘carta de alforria’. Imbecis!
Este episódio protagonizado por uma das ‘famosas’ “Três Marias” é deveras notável. O político teve o que merecia, e a vencedora do prémio mostrou que afinal o ato de entrega era um ato político, não de cultura, e nele recusou participar. Mas aceitou o dinheiro do mesmo. Assim, tudo correu dentro da normalidade.
Agora se a senhora, além de recusar aceitar a distinção, que a própria pela atitude que tomou assumiu ser política e não cultural, das mãos do primeiro-ministro, tivesse recusado em simultâneo o valor monetário, ou o tivesse legado a uma Instituição, eu seria o primeiro a louvar a atitude, a dupla atitude por que consequente.
Desta forma, que cada um faça a leitura que entender.
Mário Casa Nova Martins