\ A VOZ PORTALEGRENSE: setembro 2007

domingo, setembro 30, 2007

Futebol de Primeira

Soraia Chaves
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Cláudia Vieira - Paula Lobo Antunes - Diana Chaves
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Ruth Marlene - Isabel Figueira - Liliana Queiroz
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Soraia Chaves

* Cláudia Vieira
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Paula Lobo Antunes
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Diana Chaves

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Ruth Marlene

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Isabel Figueira

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Liliana Queiroz

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Foi-me sugerido a criação de uma equipa de futebol, feminina.
Para tal selecciono, e com toda a propriedade, para a linha avançada Ruth Marlene, Isabel Figueira e Liliana Queiroz.
Se Soraia Chaves, dada a sua elasticidade, fosse a Keeper, o meio-campo poderia ser entregue a Cláudia Vieira, Paula Lobo Antunes e Diana Chaves.
Jogando num 4 X 3 X 3, faltam as quatro Jogadoras da defesa!
Aceitam-se sugestões…

sábado, setembro 29, 2007

SLB / Boião de Cultura

E vão 8 pontos perdidos em 6 jogos!
“Melhor” não podia ser…
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E se Ela fosse treinar o Glorioso?
Ou p'ra Presidente!...

RUTH MARLENE (show de bola)

Marvão

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sexta-feira, setembro 28, 2007

Vídeo


A Quase Entrevista Santana Lopes na SIC

quinta-feira, setembro 27, 2007

Crónica de Nenhures

Perfídia
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Portugal é assim mesmo. Os mesmos que “ontem” se recusaram a receber o líder espiritual e político tibetano no exílio, o Dalai Lama, são os mesmos que “hoje” se insurgem contra a Junta Militar que governa a Birmânia, que está a enfrentar forte contestação popular, liderada por monges budistas.
Não há diferença entre o Tibete e a Birmânia em termos de liberdades e garantias dos cidadãos. A diferença reside no facto de a Birmânia ser um regime em que vigora uma ditadura militar, que se perpétua há quatro décadas a esta parte, e o Tibete é um País ocupado por uma potência invasora, a República Popular da China.
Desde 1989, Myanmar é o nome que actualmente se dá à Birmânia, antiga colónia britânica. Tornada independente em 1948, foi em 1962 que se deu o primeiro golpe de estado militar, tendo-se seguido outro em 1988. Aliada da China, os militares têm contado com o apoio desta potência asiática, ela própria uma “intocável” ditadura de partido único, o Partido Comunista Chinês.
O que é preciso é não afrontar a China no caso do Tibete, e no caso de Myanmar, algo mudará para que tudo fique na mesma. A China não pode permitir que a revolta budista vingue, porque então este cenário poderia repetir-se no Tibete, se os monges liderassem a revolta contra o ocupante.
A retórica ocidental continuará, mas sem resultados práticos. E que moralidade têm, no caso de Portugal, os líderes políticos indígenas para atacarem o regime birmanês, quando há dias não tiveram coragem de denunciar a ocupação chinesa do Tibete, ou, ainda, de condenarem os EUA liderados por George W. Bush, pelas violações dos Direitos Humanos, no Iraque, no Afeganistão e na base de Guantánamo?
MM

quarta-feira, setembro 26, 2007

Boião de Cultura

O Padre e o Rabino
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Um padre, passeando em Paris, encontra um rabino amigo seu, e conta-lhe:
- Descobri um truque para comer à borla em óptimos restaurantes.
- Boa! Como é?
- Vou a um restaurante bastante tarde, peço uma entrada, o prato principal, queijos, sobremesa e fico um tempão tomando um café, um conhaque e fumando um bom charuto e espero que fechem. Como não saio do lugar enquanto erguem as mesas, e colocam as cadeiras em cima para varrer, vem o criado pergunta-me se posso pagar a conta porque já está na hora de se irem embora. Então respondo:
- Mas eu já paguei ao seu colega que já se foi embora. É assim, simples. O rabino pergunta se podem ir jantar juntos no dia seguinte.
- Mas com certeza, diz o padre.
Na noite seguinte os dois amigos vão a um restaurante: entrada, prato principal, queijos, sobremesa, etc.
Quando chega a hora de fechar, o criado aproxima-se e pergunta se pode trazer a conta.
O padre diz:
- Sinto muito mas já pagamos a um colega seu que já se foi embora.
O rabino diz:
- Estamos só à espera do troco.
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Mail, from Oporto…

Bruno Oliveira Santos

Culture d’abord!
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Manual de Cultura

terça-feira, setembro 25, 2007

Crónica de Nenhures

As Boas Consciências
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O Mundo está expectante por causa da Cimeira União Europeia – África em Dezembro, promovida pela presidência portuguesa! E tudo por causa da vinda, ou não, aos trabalhos da reunião de um ditador. A Pérfida Albion, na pessoa do seu primeiro-ministro, recusa-se a estar presente se o déspota comparecer.
Sem poder fazer valer a Política da Canhoeira, Gordan Brown “arrisca-se” a ser desfeiteado não só pelo facínora, mas também pelo Velho Aliado. É que um como o outro defendem que a reunião se deve realizar com a presença de quem foi convidado.
Este episódio de “baixa política” é interessantíssimo para se compreender a “alta política” das Chancelarias.
A antiga Rodésia, hoje Zimbabwe, foi colónia britânica, depois declarou unilateralmente a independência com Ian Smith, e mais tarde tornou-se um Estado plurirracial com liderança de Robert Mugabe.
Com o passar do tempo, a democracia no Zimbabwe foi-se transformando numa ditadura pessoal de Mugabe, que fez os maiores atropelos contra toda a espécie de adversários, conduzindo o país a uma crise económica, política e social sem precedentes. Outrora próspero, o Zimbabwe é hoje um país arruinado e em ruínas.
E como há racismo bom, o africano, e racismo mau, o europeu, as “boas consciências” dormem descansadas com o que se passa no Zimbabwe, porque são, dirão, resquícios do colonialismo e racismo europeus.
Mas a Grã-Bretanha e o seu primeiro-ministro Gordan Brown também pertencem ao “Clube das Boas Consciências”!... O problema que “aflige” o Reino Unido não é a violação contínua dos Direitos Humanos no Zimbabwe. É sim os prejuízos económicos que tem tido por causa das políticas de nacionalizações e o afastamento de quadros britânicos de centros decisórios.
E a Portugal também virá José Eduardo dos Santos, hoje o grande amigo dos EUA na Região, aliado político de Mugabe e amigo de tantos ex-MPLA’s em Portugal, outrora fervorosos amigos da UNITA e de Jonas Savimbi!… O cleptocrata ditador angolano é “persona grata”, ou Angola não fosse o país mais rico em matérias-primas de África.
Voltaremos ao assunto.
Mário Casa Nova Martins

segunda-feira, setembro 24, 2007

No Ano do Centenário de Hergé

Num tempo de fundamentalismos e reducionismos, Hergé viu-se uma vez mais acusado de racismo a propósito do seu álbum «Tintin au Congo».
Os censores conseguem descobrir o “indescobrível”, mas “isso” é lá com os “Torquemadas de serviço”.
Independentemente de apenas se encontrar no primeiro volume dos «Archives Hergé» compilado «Totor, C.P. des Hannetons», o grande Valor para este modesto Tintinófilo é que nele estão as pranchas originais de «Tintin au Congo».
O certo é que não se sabe se daqui a algum tempo não vá para o Índex, logo há primeiro que ter os «Archives» e depois “escondê-los” para que os vindouros tenham acesso a esta Obra Prima!

Que Viva Hergé!
Mário

No Ano do Centenário de Hergé

Prancha original e actual, onde está o Jornalista português do Diário de Lisboa.

No Ano do Centenário de Hergé

Pranchas originais e actuais
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domingo, setembro 23, 2007

Equinócio de Setembro

A Escolha de Cristina

Nat King Cole - Autumn Leaves

Hoje


Equinócio de Setembro

Lugar

A Pícara de Allegue
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poesia & prosa

sábado, setembro 22, 2007

L & M

Letra & Música

Ao teu som dançámos
As tuas palavras soletrámos
Fizeste-nos sonhar
E amar!
O amor puro que só os teen concedem
Que os verdadeiros amantes bebem
Por um cálice com o fervor
De um Amor
A resistir
A florir!
m

Revista História

Não se pode dizer que ficámos excessivamente surpreendidos com a notícia segundo a qual “a História suspenderá por algum tempo a sua publicação” (p.7).
A revista «História» chegou ao centésimo número da sua Terceira Série, e “parou para pensar”. E que bem precisava!
No editorial, o director, Fernando Rosas, despede-se, passando o testemunho a Luís Farinha. Já aqui tínhamos dito que Rosas era apenas director nominal, além de há muito não haver qualquer texto assinado por ele, era nitidamente Farinha quem assumia as funções de direcção.
Este número cem é constituído, como se lê, pel’“o melhor de 100 números da História”. É uma opção interessante, mas que vem por a nu as dificuldades por que a revista passava.
Esta série nunca conseguiu afirmar-se. Escrita por gente ligada à Universidade, não era uma revista académica. Mas também não era de divulgação. Caminhou sempre nessa ambiguidade, o que fez com que não conseguisse entrar nos círculos académicos, aí existem as revistas das Faculdades de História das diferentes Universidades, nem chegasse a um número grande de interessados em História.
Também nunca quis, se é que o pretendeu, ser abrangente. De Esquerda desde o primeiro número da primeira série, não conseguiu, ela que é de História, acompanhar ou entender as alterações sociológicas da sociedade portuguesa e “fechou-se” no gueto ideológico do anti-fascismo e do anti-salazarismo. Ora a sociedade portuguesa é plural e muitas das análises que eram feitas na revista há muito que a própria Academia as tornara obsoletas. Recrutando os colaboradores numa área estreita, eram sempre os mesmos a escrever e sobre as mesmas temáticas, repetindo-se.
Ao longo de cem números a que correspondem treze anos, Outubro de 1994 a Setembro de 2007, apenas apresentou um número especial temático, «Para Compreender o Islão», excelente, aliás. É pouco, muito pouco para quem inicialmente tinha objectivos tão amplos e diversificados. Neste tempo, passaram-se factos históricos em Portugal e no Mundo que mereciam uma análise, mas sempre a estreiteza ideológica impediu que fossem abordados. Muitos outros foram tratados sempre sob uma perspectiva não sectária mas de facção, funcionando, curiosamente com raridade, a figura da «Carta ao Director» como meio de contra-argumentação, o que é manifestamente insuficiente, se não redutor.
Desejamos que a revista regresse, e o mais rápido possível. Daremos o “benefício da dúvida” ao novo Director, Luís farinha, e à equipa que formará. Mas a «História» terá que optar entre ser uma revista académica para um público académico, ou uma revista que concilie este aspecto e o da divulgação, estando nós a fazer um paralelo com «La Aventura de la Historia», que conhecemos.
E também tem que ser plural em termos de estudo dos temas que aborda. Com isso ganhará mais leitores e ampliará a sua influência na sociedade, credibilizando-se. E será este o primeiro objectivo que uma qualquer revista de Cultura deve perseguir.
Que venha a “Quarta Série” da «História». Cá estaremos para dela continuar a falar!
Mário Casa Nova Martins

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Coimbra e o Eléctrico

Os Carros Eléctricos voltaram a circular na cidade do Porto.
Estiveram, segundo o Expresso, 27 anos fora da circulação.
Saudamos este regresso e fazemos um apelo à memória dos tempos de Coimbra em que andávamos de Eléctrico.
Começamos por dizer que chegámos a andar sem pagar… Quando ele ia muito cheio ficávamos logo na traseira e saíamos, algumas vezes em andamento, antes que o cobrador lá chegasse. Outros tempos!...
Mas chegou um tempo em que era “moda” acabar com a circulação dos Eléctricos. Coimbra não fugiu à regra e acabaram, deixando saudades.
As nossas viagens eram sempre em dois, o 4 e o 7.
Quando regressávamos de comboio à Estação Nova apanhávamos o 4, que ia até Cruz de Celas. O início da subida da rua da Manutenção Militar é bastante íngreme, e quando chovia o guarda-freio tinha que utilizar um mecanismo que consistia em deitar areia para os carris para as rodas “agarrarem”. Depois saíamos no final da António José de Almeida, descíamos a rua Augusta e chegávamos à Antero de Quental, onde vivíamos.
A linha do 7 terminava no Tovim, e utilizávamo-lo da Baixa para a Praça da República ou para a Dias da Silva, onde é Economia.
Que um dia Coimbra “recupere” os seus Eléctricos!
MM

sexta-feira, setembro 21, 2007

Leitura

Leitura

quinta-feira, setembro 20, 2007

Crónica de Nenhures

Partido partido
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Aproximam-se as eleições directas para a eleição do presidente do PPD-PSD. Três candidatos se apresentam, sendo apenas dois os mediatizados. Como não é possível que nenhum ganhe para que de imediato esta excrescência da Terceira República impluda, que ganhe aquele que o faça implodir o mais rapidamente possível!
Desde Abril de 1974 que a democracia portuguesa viveu sempre à esquerda. Para tal muito contribuiu conotar-se o Regime do Estado Novo com a direita. E para agravar este estado das coisas, o partido político que aglutinou o eleitorado de direita foi o então PPD, hoje PSD.
O principal culpado desta situação é Diogo Freitas do Amaral que recusou a entrada no CDS do aparelho da ANP, o partido único do marcelismo. Partido com ideologia, o CDS “ganharia” toda uma estrutura local fortemente implantada, que depois poderia modelar ao ideal democrata-cristão, que liderava a direita pela Europa Ocidental democrática.
Mas ao “inventar” o centrismo, o CDS perdeu a oportunidade histórica de ser o principal representante da direita em Portugal.
Disso se aproveitou o PPD de Francisco Sá Carneiro, indubitavelmente mais inteligente que Freitas do Amaral. Transformou o partido que fundaram em verdadeiro “albergue espanhol”, onde coabitavam desde gente da extrema-direita à esquerda não marxista, de oposicionistas ao Estado Novo a fanáticos marcelistas. Diga-se que a elite salazarista sempre se alheou desta partidocracia, tentando criar as suas próprias estruturas, como é exemplo o Movimento Federalista Português – Partido do progresso.
Sempre que não está no Governo, a direita entra em crise profunda. E essa crise existe por culpa do vazio ideológico que é o PSD. O maior partido da direita, o PSD tem no seu seio um conjunto de personagens que representam não áreas de pensamento e estratégia política mas o que de pior tem a sociedade portuguesa, os interesses mais pessoais e mesquinhos.
Apenas estando no governação é possível saciar à sagacidade esses interesses, distribuindo pela clientela as mais e maiores benesses possíveis, esgotando rapidamente o crédito junto dos portugueses.
Só com reorganização do espaço político da direita e à direita em Portugal é possível criar as estruturas para que a direita volte com projectos credíveis ao Governo da Nação. E para que tal aconteça, a prioridade é a implosão do PPD-PSD, juntamente com a credibilização directiva do CDS e o crescimento sustentado do PNR.
MM

quarta-feira, setembro 19, 2007

Crónica de Nenhures

O Segundo Regicídio
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ou
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Quando os lobos uivam
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Uma Nação tem o dever de honrar os seus Mortos Ilustres. E uma forma de o fazer é colocá-los num Monumento que perpetue a sua Memória. Em Portugal, na vigência da Terceira República, foi criado um espaço para que nele repousassem para a Eternidade os restos mortais de Portugueses “que por obras valerosas se vão da lei da Morte libertando”.
Mas a miséria humana é sempre mais forte que a Honra. E quando as Elites de uma Nação são fracas, tornam fraco o Povo que lideram.
Um escritor que no seu tempo era conhecido porque os manuais de língua portuguesa, “livro único” como então se dizia por ser obrigatório na escola pública, do Estado Novo traziam textos seus de leitura obrigatória, é hoje falado como se um grande vulto da literatura portuguesa do século XX se tratasse.
Hoje o seu nome passaria despercebido dos portugueses, porque a sua obra literária não conseguiu passar o tempo em que foi editada. Mas a Maçonaria ligada ao Grande Oriente Lusitano entendeu que o homem fosse levado à estatura de “imortal”. Com a conivência do Parlamento, onde a proposta apresentada para o efeito foi facilmente aprovada por unanimidade, o facto tem hoje o seu epílogo.
Aquilino Ribeiro, a história o demonstrou, foi bombista assumido, foi detido em 1907, estando também implicado no Regicídio, como escreveu, assumindo-o, num livro memorialista.
Homem da Carbonária, colega de Manuel Buiça e Alfredo Costa, os autores materiais do Regicídio, quiçá em breve tê-los-á por companhia no Panteão Nacional na Igreja de Santa Engrácia. E por que não, também se lhes juntará José Júlio da Costa, o assassino confesso de Sidónio Pais, este ficando junto ao Presidente-Rei.

A decadência de uma Nação “mede-se” pelos actos ignóbeis que vai praticando. Hoje, 19 de Setembro de 2007 fica para os vindouros como um dia negro para Portugal, porque se homenageou a figura do assassino, transformando-o em “herói nacional”.
Mário Casa Nova Martins

terça-feira, setembro 18, 2007

Filme


CASABLANCA (1942) Re-issue trailer

segunda-feira, setembro 17, 2007

Crónica de Nenhures

Escultura do "Leão das Neves" guarda a entrada do "Potala Palace" no Tibete
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De cócoras
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A “grande política” está de volta. É bem verdade que sempre assim foi, mas também não deixa de ser menos certo que os tempos são outros. Se outrora, quando a grande potência era beliscada nos seus “calcanhares”, utilizava a celebrada política da canhoeira, enquanto hoje essa política só é utilizada pelos EUA de George W. Bush, como se comprova pela pérfida invasão do Iraque.
A nova estratégia de intimação aos estados mais fracos pelos mais fortes é de natureza económica, com a asfixia da economia nacional através de sanções decretadas por instituições supranacionais a soldo das grandes potências regionais ou mundiais.
Que medo tem Portugal da China hoje? Aceita-se que enquanto existiu o contencioso macaense, Portugal tivesse uma atenção especial na forma como se relacionava a colónia de Macau com a China. Mas terminado esse processo não se encontra a menor justificação para que Portugal se submeta aos ditames chineses quanto ao Tibete.
O Tibete é uma Nação que está ocupada militarmente por um outro Estado. Mais do que por razões geoestratégicas, a ocupação do Tibete pela China é de natureza económica, dados os importantes recursos energéticos, em petróleo e em gás natural, que o subsolo tibetano contém.

O líder temporal e espiritual do Tibete visitou Lisboa, a outrora capital de um Império que ia do Minho a Timor. A visita foi classificada como “oficial”. Mas apenas a segunda figura do Estado português recebeu o Dalai Lama. E também a Comissão Parlamentar de Negócios Estrangeiros, onde prontificaram todas as forças políticas representadas no Parlamento de Portugal.
A realpolitik foi protagonizada pelo primeiro-ministro e pelo presidente da República. Agora como explicar aos portugueses que Portugal defende e aplica a Declaração Universal dos Direitos Humanos? E o direito à independência e soberania de todos os Países?
Em troca de meia dúzia de negócios para empresas portuguesas em sectores marginais chineses, hipoteca-se a dignidade do Povo português.
A atitude de José Sócrates e de Cavaco Silva não é de estranhar. O primeiro é um funcionário político-partidário, enquanto o segundo é de uma insensibilidade tecnocrática atroz. Mas são a “nata” da classe política de Portugal em 2007. Paz às suas almas, se é que tenham! …

Bandeira do Tíbet antes de 1950 e de seu posterior Governo no exílio.
Esta versão foi introduzida pelo 13.o Dalai Lama em 1912

Boião de cultura

domingo, setembro 16, 2007

Poesia

AH, A MÚSICA
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Quem terá deixado esquecida
Esta música ouvida num canto da rua?
Ninguém de quem passa nela repara
No entanto – é ela – faltava
No dia de chuva
No meu dia de chuva?
Meu seria decerto este dia
Pois por mais precário que eu seja
Nenhuma chuva forte podia
Cair se acaso em mim não caísse
Cai chuva e há música em meu coração
Era mera ilusão o dia de chuva
RUY BELO
in, Todos os Poemas, Assírio & Alvim, 2000

Educação

Alegações finais JOSÉ CANAVARRO, ex-secretário de Estado da Educação
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"A orientação escolar e profissional tem falhado"
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“A oferta de alternativas profissionalizantes deve acontecer antes do 9.° ano, em função dos perfis dos alunos”
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CARLA AGUIAR
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Que razões explicam a elevada e persistente taxa de abandono escolar, que é mais do dobro da média da UE?
Haverá condições socioeconómicas que podem explicar o fenómeno, combinadas com falhas de orientação profissional por parte do sistema de ensino. Mas a investigação internacional que existe sobre o assunto demonstra que não são os períodos de crise económica que são responsáveis pelo aumento do abandono escolar. Porque quando há recessão há menos emprego e alternativas para os jovens no mercado de trabalho.
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Se a crise económica está afastada, que outras razoes?
O Governo está a fazer uma aposta meritória nos cursos profissionalizantes, embora os resultados só devam começar a aparecer em 2009 ou 2010. Ainda não se conhecem os resultados dessas apostas, que foram introduzidas no último ano lectivo. Mas o essencial é que a orientação escolar e profissional tem falhado. É preciso repensar toda a oferta profissionalizante a partir do 3.° ciclo do ensino básico. Ou seja, ao contrário do que acontece agora, a oferta profissionalizante deveria começar logo no 7.° ano e não no 9.°. Porque desde relativamente cedo se conseguem perceber as capacidades cognitivas dos alunos e os seus níveis de interesse.
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O Ministério da Educação deve apostar mais na orientação profissional?
É crucial que o ministério contrate mais pessoal especializado na orientação profissional, porque actuar num aluno em risco só a partir dos 15 anos já é muito tarde. Esse trabalho deve ser feito em articulação com as famílias dos alunos em risco.
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Não deveríamos estar já a convergir de forma muito mais rápida com a média da União Europeia?
Absolutamente. Penso que as prioridades do Governo têm estado mais centradas na qualificação de adultos, através dos centros de novas oportunidades, do que nos jovens, que permitem uma qualificação muito rápida, a meu ver, rápida demais. Isso permite mudar mais rapidamente as estatísticas comparativas da população em geral e melhorar a imagem de Portugal. Mas a qualificação dos adultos não se reflecte na estatística do abandono escolar.
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Porque há uma tão grande disparidade (15 pontos) entre a taxa de abandono escolar dos rapazes e das raparigas? E em Portugal é três vezes maior do que na UE...
Os estudos dizem que desde os quatro anos de idade, as meninas pontuam 10% acima dos rapazes em capacidades cognitivas e de memória, sendo os rapazes mais indisciplinados. Isto é a regra. Mas num pais como o nosso, em que ainda é possível sair da escola para ir trabalhar nas obras e noutro tipo de trabalho desqualificado, as condições para o abandono escolar são facilitadas.

in, Diário de Notícias – Sábado 8 de Setembro de 2007 – p.56

José Manuel Portocarrero Canavarro

&
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sexta-feira, setembro 14, 2007

Livro


Lido à ‘Esquerda

quinta-feira, setembro 13, 2007

História de Portugal

Em resposta a uma Senhora Culta.
Mário
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Contra-capa

quarta-feira, setembro 12, 2007

Livros

Livros
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O Grande César Augusto Dragão teve a gentileza de incluir o nosso nome num Grupo de Bloggers, aos quais é pedido que enunciem dez livros que foram determinantes na sua formação.
Não foi difícil fazer a selecção. Contudo, não iremos hierarquizar a escolha. Todos tiveram a sua importância, uns mais que outros, claro, mas não o suficiente para formalmente os distinguir.
Todos têm em comum o facto de terem sido lidos e relidos, e aquelas leituras levaram a que outros dos mesmos Autores o fossem.
Desta forma, apresentá-los através das suas capas, é também a forma que encontramos para homenagear os seus Autores.
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