\ A VOZ PORTALEGRENSE: agosto 2007

sexta-feira, agosto 24, 2007

Do Alfarrabista

Chegou da Livraria Académica, Catálogo 233 N.º 7292, uma primeira edição de «Contos e Lendas» de Rebello da Silva.
Há muito que procurávamos este livro, independentemente da edição. O conto «A última corrida de touros em Salvaterra» impressionara-nos desde que o lemos no nosso livro da disciplina de Português no então Liceu.
Hoje podemos dizer que o conto é mais extenso do que aparece no manual, falta-lhe a primeira parte. Porém, tal não é relevante para conhecer e compreender a mensagem.
Está editado entre as páginas 171 e 185.
Mário Casa Nova Martins

A última corrida de touros em Salvaterra

ÚLTIMA CORRIDA DE TOUROS EM SALVATERRA
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Correram-se as cortinas da tribuna real. Rompem as músicas. Chegou el-rei, e logo depois entra pelos camarotes o vistoso cortejo, e vê-se ondear um oceano de cabeças e de plumas. Na praça ressoam com brava alegria as trombetas, as charamelas e os timbales. Aparecem os cavaleiros, fidalgos distintos, todos, com o conto das lanças nos estribos, e os brasões bordados no veludo das gualdrapas dos cavalos. As plumas dos chapéus debruçam-se em matizados cocares; e as espadas em bainhas lavradas pendem de soberbos talins. Os capinhas e os forcados vestem com garbo à castelhana antiga. No semblante de todos brilha o ardor e o entusiasmo.
O conde dos Arcos, entre os cavaleiros, era quem dava mais na vista. O seu trajo, cortado à moda da corte de Luís XV, de veludo preto, fazia realçar a elegância do corpo. Na gola da capa e no corpete, sobressaíam as finas rendas da gravata e dos punhos. Nos joelhos, as ligas bordadas deixavam escapar com artifício os tufos de cambraieta alvíssima. O conde não excedia a estatura ordinária, mas, esbelto e proporcionado, todos os seus movimentos eram graciosos. As faces eram talvez pálidas de mais, porém animadas de grande expressão, e o fulgor das pupilas negras fuzilava tão vivo e, por vezes, tão recobrado, que se tornava irresistível. Filho do marquês de Marialva e discípulo querido de seu pai, o melhor cavaleiro de Portugal, e talvez da Europa, a cavalo, a nobreza e a naturalidade do seu porte enlevavam os olhos. Ele e o corcel, como que ajustados em uma só peça, realizavam a imagem do centauro antigo.
A bizarria com que percorreu a praça, domando sem esforço o fogoso corcel arrancou prolongados e repetidos aplausos. Na terceira volta, obrigando o cavalo quase a ajoelhar diante de um camarote, fez que uma dama escondesse turvada no lenço as rosas vivíssimas do rosto, que decerto descobririam o melindroso segredo da sua alma, se, em momentos rápidos como o faiscar do relâmpago, pudesse alguém adivinhar o que só dois sabiam.
El-rei, quando o mancebo o cumprimentou pela última vez, sorriu-se, e disse voltando-se:
— Porque virá o conde quase de luto à festa?
Principiou o combate.
Não é propósito nosso descrevermos uma corrida de touros. Todos têm assistido a ela, e sabem de memória o que o espectáculo oferece de notável. Diremos só que a raça dos bois era apurada, e que os touros se corriam desembolados, à espanhola. Nada diminuía, portanto, as probabilidades do perigo e a poesia da luta.
Tinham-se picado alguns bois. Abriu-se de novo a porta do curro, e um touro preto investiu com a praça. Era um verdadeiro boi de circo. Armas compridas e reviradas nas pontas, pernas delgadas e nervosas, indicio de grande ligeireza, e movimentos rápidos e súbitos, sinal de força prodigiosa. Apenas locara o centro da praça, estacou como deslumbrado, sacudiu a fronte e, escarvando a terra, impaciente, soltou um mugido feroz no meio do silêncio que sucedera às palmas e gritos dos espectadores. Dentro em pouco, os capinhas, salvando a pulos as trincheiras, fugiam à velocidade espantosa do animal, e dois ou três cavalos expirantes denunciavam a sua fúria.
Nenhum dos cavaleiros se atreveu a sair contra ele. Fez-se uma pausa. O touro pisava a arena ameaçador e parecia desafiar em vão um contendor. De repente, viu-se o conde dos Arcos, firme na sela, provocar o ímpeto da fera, e a haste flexível do rojão ranger e estalar, embebendo o ferro no pescoço musculoso do boi. Um rugido tremendo, uma aclamação imensa do anfiteatro inteiro, e as vozes triunfais das trombetas e charamelas encerraram esta sorte brilhante. Quando o nobre mancebo passou a galope por baixo do camarote, diante do qual pouco antes fizera ajoelhar o cavalo, a mão alva e breve de uma dama deixou cair uma rosa, e o conde, curvando-se com donaire sobre os arções, apanhou a flor do chão, sem afrouxar a carreira, levou-a aos lábios e meteu-a no peito. Investindo depois com o touro tornado imóvel com a raiva concentrada, rodeou-o estreitando em volta dele os círculos, até chegar quase a pôr-lhe a mão na anca.
O mancebo desprezava o perigo e, pago até da morte pelos sorrisos que seus olhos furtavam de longe, levou o arrojo a arrepiar a testa do touro com a ponta da lança. Precipitou-se então o animal com fúria cega e irresistível. O cavalo baqueou trespassado, e o cavaleiro, ferido na perna, não pôde levantar-se. Voltando sobre ele, o boi, enraivecido, arremessou-o aos ares, esperou-lhe a queda nas armas e não se arredou senão quando, assentando-lhe as patas sobre o peito, conheceu que o seu inimigo era um cadáver.
Este doloroso lance ocorreu com a velocidade do raio. Estava já consumada a tragédia, e não havia expirado ainda o eco dos últimos aplausos.
De repente, um silêncio em que se conglobavam milhares de agonias, emudeceu o circo. Rei, vassalos e damas, meio corpo fora dos camarotes, fitavam a praça sem respirar, e erguiam logo depois a vista ao céu, como para seguir a alma que para lá voava envolta em sangue.
Quando o mancebo, dobado no ar, exalava a vida antes de tocar o chão, um gemido agudo, composto de soluços e choro, caiu sobre o cadáver como uma lágrima de fogo. Uma dama, desmaiada nos braços de outras senhoras, soltara aquele grito estridente, derradeiro ai do coração ao rebentar no peito.
El-rei D. José, com as mãos no rosto, parecia petrificado.
A corte, desta vez, acompanhava-o sinceramente na sua dor.
Mas o drama ainda não tinha concluído. Quem sabe?! O terror e a piedade iam cortar de novas mágoas o peito a todos.
O marquês de Marialva assistira a tudo do seu lugar. Revendo-se na gentileza do filho, seus olhos seguiam-lhe os movimentos, brilhando radiosos a cada sorte feliz. Logo que entrou o touro preto, carregou-se de uma nuvem o semblante do ancião. Quando o conde dos Arcos saiu a farpeá-lo, as feições do pai contraíram-se e a sua vista não se despregou mais da arriscada luta.
De repente, o velho soltou um grito sufocado e cobriu os olhos, apertando depois as mãos na cabeça. Os seus receios haviam-se realizado. Cavalo e cavaleiro rolavam na arena, e a esperança pendia de um fio ténue! Cortou-lho rapidamente a morte, e o marquês, perdido o filho, luz da sua alma e ufania de suas cãs, não proferiu uma palavra, não derramou uma lágrima; mas os joelhos fugiam-lhe trémulos, e a elevada estatura inclinou-se, vergando ao peso da mágoa excruciante.
Volveu, porém, em si, decorridos momentos. A lívida palidez do rosto tingiu-se de vermelhidão febril, subitamente. Os cabelos desgrenhados e hirtos revolveram-se-lhe na fronte inundada de suor frio como as sedas da juba de um leão irritado. Nos olhos amortecidos faiscou, instantâneo mas terrível, o sombrio clarão de uma cólera em que todas as ânsias insofridas da vingança se acumulavam.
Em um ímpeto, a presença reassumiu as proporções majestosas e erectas, como se lhe corresse nas veias o sangue do mancebo que perdera. Levando por acto instintivo a mão ao lado, para arrancar a espada, meneou tristemente a cabeça. A sua boa espada cingira-a ele ao próprio filho, neste dia que se convertera para a sua casa em dia de eterno luto!
Sem querer ouvir nada, desceu os degraus do anfiteatro, seguro e resoluto, como se as neves de setenta anos lhe não branqueassem a cabeça.
— Sua Majestade ordena ao marquês de Marialva que aguarde as suas ordens disse um camarista, detendo-o pelo braço.
O velho fidalgo estremeceu, como se acordasse sobressaltado, e cravou no interlocutor os olhos desvairados, em que reluzia o fulgor concentrado de um pensamento imutável. Desviando depois a mão que o suspendia, baixou mais dois degraus.
— Sua Majestade entende que este dia foi já bastante desgraçado e não quer perder nele dois vassalos... O marquês desobedece às ordens de el-rei?!...
— El-rei manda nos vivos, e eu vou morrer! — atalhou o ancião em voz áspera, mas sumida. — Aquele é o corpo de meu filho! — e apontava para o cadáver. «Está ali! Sua Majestade pode tudo, menos desarmar o braço do pai, menos desonrar os cabelos brancos do criado que o serve há tantos anos. Deixe-me passar, e diga isto».
D. José vira o marquês levantar-se e percebera a sua resolução. Amava no estribeiro-mor as virtudes e a lealdade nunca desmentidas. Sabia que da sua boca não ouvia senão a verdade, e a ideia de o perder assim era-lhe insuportável. Apenas lhe constou que ele não acedia à sua vontade, fez-se branco, cerrou os dentes convulso e, debruçado para fora da tribuna, aguardou em ansioso silêncio o desfecho da catástrofe.
A esse tempo já o marquês pisava a praça, firme e intrépido, como os antigos Romanos diante da morte. Dentro do peito o seu coração chorava, mas os olhos áridos queimavam as lágrimas, quando subiam a rebentar por eles. Primeiro do que tudo queria a vingança.
Por impulso instantâneo, todo o ajuntamento se pôs de pé. Os semblantes consternados e os olhos arrasados de água exprimiam aquela dolorosa contenção do espírito, em que um sentido parece concentrar todos.
Deixai-o ir, ao velho fidalgo! A mágoa que o trespassa não tem igual. O fogo, que lhe presta vida e forças, é a desesperação. Deixai-o ir, e de joelhos!: Saudai a majestade do infortúnio!
O pai angustiado ajoelhou junto do corpo do filho e pousou-lhe um ósculo na fronte. Desabrochou-lhe depois o talim e cingiu-o, levantou-lhe do chão a espada e correu-lhe a vista pelo fio e pela ponta de dois gumes. Passou depois a capa no braço e cobriu-se. Decorridos instantes, estava no meio da praça e devorava o touro com a vista chamejante, provocando-o para o combate.
Cortado de comoções tão cruéis, não lhe tremia o braço, e os pés arreigavam-se na arena, como se um poder oculto e superior lhos tivesse ligado repentinamente à terra.
Fez-se no circo um silêncio gélido, tremendo e tão profundo, que poderiam ouvir-se até as pulsações do coração do marquês, se naquela alma de bronze o coração valesse mais do que a vontade.
O touro arremete contra ele... Uma e muitas vezes o investe cego e irado, mas a destreza do marquês esquiva sempre a pancada.
Os ilhais da fera arfam de fadiga, a espuma franja-lhe a boca, as pernas vergam e resvalam, e os olhos amortecem de cansaço. O ancião zomba da sua fúria. Calculando as distâncias, frustra-lhe todos os golpes sem recuar um passo.
O combate demora-se.
A vida dos espectadores resume-se nos olhos.
Nenhum ousa desviar a vista de cima da praça.
A imensidade da catástrofe imobiliza todos.
De súbito, solta el-rei um grito e recolhe-se para dentro da tribuna. O velho aparava, a peito descoberto, a marrada do touro, e quase todos ajoelharam para rezarem por alma do último marquês de Marialva.
A aflitiva pausa apenas durou momentos. Por entre as névoas de que a pupila trémula se embaciava, viu-se o homem crescer para a fera, a espada fuzilar nos ares e, logo após, sumir-se até aos copos entre a nuca do animal. Um bramido, que atroou o circo, e o baque do corpo agigantado na arena encerraram o extremo acto do funesto drama.
Clamores uníssonos saudaram a vitória. O marquês, que tinha dobrado o joelho com a força do golpe, levantava-se mais branco do que um cadáver. Sem fazer caso dos que o rodeavam, tornou a abraçar-se com o corpo do filho, banhando-o de lágrimas e cobrindo-o de beijos.
O touro ergueu-se e, cambaleando com a sezão da morte, veio apalpar o sítio onde queria expirar. Ajuntou ali os membros, e deixou-se cair sem vida ao lado do cavalo do conde dos Arcos.
Nesse momento os espectadores, olhando para a tribuna real, estremeceram. El-rei, de pé e muito pálido, tinha junto de si o marquês de Pombal coberto de pó e com sinais de ter viajado depressa.
Sebastião José de Carvalho voltava de propósito as costas à praça, falando com o monarca. Punia assim a barbaridade do circo.
— Temos guerra com a Espanha, Senhor. É inevitável. Vossa Majestade não pode consentir que os touros lhe matem o tempo e os vassalos! Se continuássemos neste caminho... cedo iria Portugal à vela.
— Foi a última corrida, marquês. A morte do conde dos Arcos acabou com os touros reais, enquanto eu reinar.
— Assim o espero da sabedoria de Vossa Majestade. Não há tanta gente nos seus reinos, que possa dar-se um homem por um touro. El-rei consente que vá em seu nome consolar o marquês de Marialva?
— Vá! É pai. Sabe o que há-de dizer-lhe...
— O mesmo que ele me diria a mim, se Henrique estivesse como está o conde. El-rei saiu da tribuna, e o marquês de Pombal, entrando na praça em toda a majestade da sua elevada estatura, levantou nos braços o velho fidalgo, dizendo-lhe com voz meiga e triste:
— Senhor marquês! Os Portugueses como vossa excelência são para dar exemplos de grandeza d'alma e não para os receberem. Tinha um filho e Deus levou-lho. Altos juízos Seus. A Espanha declara-nos guerra, e el-rei, meu amo e meu senhor, precisa do conselho e da espada de vossa excelência.
E travando-lhe da mão, levou-o quase nos braços, até o meterem na carruagem. D. José I cumpriu a palavra dada ao seu ministro. No seu remado nunca mais se picaram touros em Salvaterra.
REBELO DA SILVA (1822-1871), in Última Corrida de Touros em Salvaterra
Alma Pátria - Pátria Alma, 3.º Ano, p. 158 a 163

BD

Tempos atrás, a Marta colocou-me estas duas questões:
_ Será que o Cavaleiro Andante foi antes do Mundo de Aventuras?
_
Qual veio a seguir ao Mosquito?
Então respondi que não sabia, mas que iria perguntar ao F. Santos.
Assim fiz, e recebi a resposta, só agora porque o F. esteve de férias.
Agradeço ao F., e desta forma posso responder, reproduzindo o texto do mail:
_
O Cavaleiro Andante nasceu em 5 de Janeiro de 1952, tendo o último número saído em 25 de Agosto de 1962.
Já o Mundo de Aventuras saiu pela primeira vez em 18 de Agosto de 1949 e conseguiu resistir até 15 de Janeiro de 1987.
Para mais detalhes, incluindo reprodução de capas, consultar

http://www.bdportugal.info/Comics/index.html
no índice por colecções.
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Também o F., no seguimento do meu pedido, chamou-me à atenção para este Texto:
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Hoje não me apetece maçar-vos com as desventuras deste mundo. Hoje vou falar-vos de uma revista que preencheu o imaginário de várias gerações de crianças e jovens deste país.O "Mundo de Aventuras" surgiu em 18 de Agosto de 1949, resistindo até 15 de Janeiro de 1987! Nos tempos áureos (anos 50 e 60) chegou a ter uma tiragem superior a 50.000 exemplares, rivalizando com o "Cavaleiro Andante". Enquanto este último, fundado por Adolfo Simões Muller, publicava sobretudo banda desenhada europeia (francesa e italiana), de pendor mais "bem comportado" (muitos autores católicos), aquele era o órgão difusor por excelência da grande banda desenhada americana.
Grandes heróis como Rip Kirby, Flash Gordon (inicialmente saíu como Roldan, o Temerário!), Steve Canyon (Luís Ciclón - assim mesmo, à espanhola), Brick Bradford, Cisko Kid, Fantasma, etc., foram divulgados pela revista que dirigiu anos a fio José de Oliveira Cosme (que os mais velhos recordarão como o autor das saborosas "Lições do Tonecas").
Em meados dos anos 50 a censura apertou e muitas vinhetas foram preenchidas com enormes balões de diálogo, para esconder algumas cenas de ternura mais vaporosas, ou para ocultar cenas de violência. E os nomes dos personagens são aportuguesados: Brick Bradford passa a Brigue Forte, Big Ben Bolt a Luís Euripo e por aí fora.
Nos anos 60, em contraste com os inícios (formato tipo jornal "broadsheet"), adopta o formato de bolso e cada número passa a incluir uma história completa. Em 1973 aumenta o tamanho mas mantém a história completa. Após o 25 de Abril, tal como aconteceu com outras publicações, começa a passar por dificuldades, o preço do papel não pára de aumentar e a miudagem começa a virar-se mais para o cinema e a TV, tendo igualmente tido maior divulgação os álbuns de BD. Resiste estoicamente até 1987, já com saída quinzenal e papel de má qualidade.
Perdera muita audiência anos antes com a saída do "Tintin", exclusivamente dedicado à BD franco-belga e responsável pelo desconhecimento de muita muidagem da grande BD clássica americana, quanto a mim com desenhadores de muito maior qualidade. Aliás, sendo destinada aos grandes jornais (que publicavam uma tira diária), esta tinha um público alvo mais adulto, mais exigente.
Hoje já não se publicam em Portugal revistas de BD: há 4 anos acabou a excelente "Selecções BD" (que saía mensalmente) e hoje é difícil imaginar a nossa frenética juventude a contentar-se com 2 páginas semanais do seu herói preferido, aguardando ansiosamente pelo número seguinte da revista para ler a continuação.
Este que vos escreve dedicou-se há uns anitos a coleccionar revistas de BD antigas, o que, para além de ser um salto para a infância e primeira juventude, é uma forma de descobrir autênticos artistas como Alex Raymond (Rip Kirby, Flash Gordon), Harold Foster (Príncipe Valente), Jesús Blasco (Cuto), Eduardo Teixeira Coelho, Paul Cuvelier (Corentin) ou o extraordinário Franco Caprioli.
Recomendo-vos o site
BD Portugal, onde podem ver as capas de inúmeros exemplares de muitas revistas que se editaram em Portugal.
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Adenda:
_ "O Mosquito" surgiu muito antes! O primeiro número é de 14 de Janeiro de 1936. Chegou a vender 60.000 exemplares por número, recorde nunca ultrapassado por qualquer revista do género. (Ver "Os Comics em Portugal" de António Dias de Deus.)
Há meia dúzia de anos atrás uma colecção completa da 1ª série (1936-1953) de "O Mosquito" vendeu-se por 5000 contos...
COLECÇÕES
Capa Contracapa
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No Centenário de Hergé

MOULINSART. O castelo de Haddock
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Encarnar o Tintim
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Nada melhor para comemorar o centenário do nascimento de Hergé, o «pai» do Tintim, do que visitar um dos locais que mais marcou a criação da famosa banda desenhada: o castelo Cheverny, no Vale do Loire, em França.
No livro O tesouro de Rackham, o Terrível, Hergé fala pela primeira vez em Moulinsart, a casa do Capitão Haddock, herdada do seu antepassado, o Cavaleiro de Hadoque. Na realidade, este edifício é em tudo semelhante à 'maison Cheverny'. Das chaminés, ao telhado, passando pelas janelas, o corpo central e até o recorte dos jardins, todos os pormenores são réplicas desta construção do século XVII. A destoar, encontramos apenas a ausência dos pavilhões laterais, que ficaram de fora das pranchas do autor belga.
Mas é ao visitar a exposição "Os Segredos de Molinsart", patente no castelo, que nos sentimos realmente dentro de um filme animado. Aqui, a Fundação Hergé recriou à escala natural os desenhos do Tintim onde a casa do Capitão Haddock é retratada. Assim, podemos visitar o sótão onde Tintim foi enterrado em "O Segredo do Unicórnio", inter-agir com os objectos pessoais do jornalista-aventureiro ou experimentar o submarino em forma de tubarão que se encontra no Laboratório doprofessor TournesoL. Estes ambientes tornam obrigatória a visita de todos os aficcionados do Tintim ao castelo de Moulinsart… ou melhor, Cheverny.

Cheverny enquanto Noulinsart
Construído na primeira metade do século XVII e propriedade de Philippe Hurault, o Castelo de Cheverny é um exemplomodelar do estilo arquitectónico de Luís XIII, que se distingue pelas linhas perfeitamente simétricas e por ser um dos mais ricamente mobilados de todo oVale do Loire, situado a 250 km de Paris e a l5 km de Tours.
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Hergé
Georges Remi, mais conhecido como Hergé, nasceu em Etterbeek, na Bélgica, em 1907 e criou Tintim em 1929. A inspiração para a personagem veio do seu irmão Paul. Os álbuns de Tintim como de outros personagens criados por Hergé são lidos em mais de 40 línguas.

in, Diário de Notícias, Caderno DNverão, 24 de Agosto de 2007

No Centenário de Hergé

Game

quarta-feira, agosto 22, 2007

Ronald Reagan

FÉRIAS REAGANIANAS
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João Carlos Espada
jcespada@netcabo.pt
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Ronald Reagan continua a ser visto na Europa como um político superficial, ainda que dotado de grande talento comunicativo, que teve a sorte de liderar os EUA nos anos finais do império soviético. Essa visão foi também comum na América, mas desapareceu inteiramente. Críticos e admiradores reconhecem hoje que Reagan possuía uma sólida visão política inspiradora e que foi graças a ela que foi capaz de alterar o panorama político americano - bem como contribuir para alterar o do planeta. Cinco livros recentes testemunham este reconhecimento.
‘Ronald Reagan: Fate, freedom and the making of history’, de John Patrick Diggins, e ‘Ronald Reagan: The triumph of imagination’, de Richard Reeves, são escritos por dois críticos de Reagan. O primeiro porque considera que ele não era realmente um conservador, mas um liberal que se aliou aos conservadores. O segundo porque se apresenta como um liberal, crítico do conservadorismo de Reagan. Ambos, todavia, reconhecem e põem em destaque as ideias políticas do velho «cowboy», atribuindo-lhes primazia.
‘The Education of Ronald Reagan: The General Electric years and the untold story of his conversion to conservatism’, de Thomas W. Evans, descreve precisamente a formação das ideias políticas de Reagan. Segundo o autor, os oito anos passados como porta-voz da General Electric terão sido decisivos no seu abandono do liberalismo inicial dos anos de Hollywood.
Mas a verdadeira solidez da visão política de Reagan é claramente revelada pelos seus diários da Casa Branca, agora editados por Douglas Brinkley (‘The Reagan Diaries’). Aí testemunhamos não só as ideias como a sua firme liderança política da equipa que escolheu. Ao contrário das fábulas que o descreviam como leitor de fichas que os colaboradores lhe preparavam - ou como um simples contador de anedotas anti-soviéticas, quando já não tinha fichas - estes diários revelam um líder com ideias claras ao leme de um vasto navio.
Esta é precisamente a imagem transmitida pelo nosso amigo John O’Sullivan, ex-conselheiro de Margaret Thatcher, no seu excelente livro ‘The President, the Pope and the Prime Minister: Three who changed the world’ - prometido entre nós para Outubro pela editora Aletheia. 0’Sullivan acredita que o que unia Reagan. João Paulo II e Margaret Thatcher era sobretudo de natureza espiritual. Todos viam ideias e princípios como pelo menos tão importante como as convencionais esferas económica, militar e territorial. É uma lição interessante para recordar durante as férias.
in, Expresso, 18 de Agosto de 2007 PRIMEIRO CADERNO 29

terça-feira, agosto 21, 2007

Política

Política

Política, o que queres?
Não sabes para onde vais?
É com palavras que feres
A ambição dos mortais!

Se fores para a direita
Eu para a esquerda irei.
Sou eu quem te enjeita
Sempre mal de ti direi!
m

segunda-feira, agosto 20, 2007

Crónica de Nenhures

Marginalidade
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O País acordou do torpor em que ficou após ver as imagens televisivas, mais do que as fotografias, do ataque perpetrado por uma centena de vândalos em pertenço nome da Ecologia a uma propriedade privada, lembrando os piores momentos da famigerada Reforma Agrária dos tenebrosos tempos do denominado Gonçalvismo.
Foi dramático ver a GNR nada fazer em defesa da legalidade democrática, tal como aconteceu nos chamados “anos da brasa” da Revolução de Abril, de que é exemplo o filme agora em exibição nos cinemas chamado «Torre Bela», um bom “manual” para actos como o que se passou na Herdade da Lameira.

Que fique claro que tem todo o direito de existir um acontecimento público como a “19.ª Edição do Ecotopia”, uma actividade de grupos ecológicos com objectivos que terão o seu lado nobre.
Agora há que não esquecer que foi desse encontro que saiu o grupo de marginais que destruiu o campo de cultivo que tinha toda a legalidade para existir.
Justifica-se, assim, a atitude enérgica do Governo e do Presidente da República, não apenas na condenação do acto mas na afirmação de que se deve levar este caso de barbárie até às últimas consequências! E que a conivência da GNR não seja esquecida.

Portugal é um País em que a normalidade democrática de quando em vez é subvertida por gente extremista de ideologia totalitária. Já no passado dia 25 de Abril, estes anti-democratas vandalizaram a zona do Chiado em Lisboa e tentaram destruir a sede de um partido político, pretendendo “repetir” a madrugada de 28 de Setembro de 1974.
Então, nesse tarde de Abril, ao invés de agora, as forças policiais tiveram um comportamento consentâneo com os acontecimentos, estando-lhes os cidadãos agradecidos.

À excepção de um deputado português europeu de extrema-esquerda, a classe política condenou os acontecimentos.
O Movimento Eufémia Verde é o responsável pelo acto de desobediência civil. Os seus líderes têm que responder pelo que fizeram à margem da Lei, sob pena de Portugal se transformar numa “terra de marginais”.
MM
in, OPINIÃO 10 Diário de Notícias Segunda-feira, 20 de Agosto de 2007

SLB

Quem não sabia que “isto” iria acontecer ou era “cego” ou burro.
Mas desengane-se quem pense que a crise se resolve com a mudança de treinador.
A crise não é económica mas sim de liderança. O presidente do Sport Lisboa e Benfica não tem capacidade para gerir a conflitualidade que o futebol profissional, em todas as camadas, gere.
E não é entregar a liderança da equipa sénior a um amigo, o espanhol José António Camacho, que o problema se resolve.
Tempos atrás salientámos o profissionalismo de José Veiga na sua passagem pelo futebol sénior do SLB. Hoje voltamos a fazê-lo, lembrando que desde o seu afastamento a meio da época passada deixou de haver coordenação naquela tão importante área do universo benfiquista. E os resultados estão à vista!

Da primeira passagem de Camacho pelo Benfica, ficou uma imagem de seriedade e competência. Com um plantel muito inferior ao actual, conseguiu dois segundos lugares na então Superliga, e na segunda época chegou aos oitavos-de-final da Taça UEFA e à conquista da Taça de Portugal.
Mas acima de tudo era um treinador motivado, com o objectivo, conseguido, de fazer um trabalho válido que lhe permitisse chegar a treinador principal do seu Clube do coração, o Real Madrid.
Hoje já não será assim. Fracassada a sua então segunda passada pelo Santiago Barnabéu, não mais voltou a treinar. Sem aquele objectivo, as portas fecharam-se-lhe definitivamente em Chamartín, é hoje um profissional sem a ambição de outrora, e de quem sempre se dirá que é o treinador do Benfica porque é amigo pessoal do presidente do Clube.
MM

Estudo

Capa da 5.ª edição - Tradução de Fernando de Macedo
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Estudo. Dois mil leitores fizeram lista no universo da literatura inglesa
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Emily Brontë vence Austen e Shakespeare em concurso da UKTV Drama

É uma das obras mais estranhas e apaixonantes da literatura de língua inglesa. Monte dos Vendavais, de Emily Brontë, foi considerado por dois mil leitores, num top de vinte escolhas, a maior história de amor de todos os tempos, com Jane Austen em segundo lugar (Orgulho e Preconceito) e Shakespeare em terceiro (Romeu e Julieta). A irmã de Emily, Charlotte, surge em quarto lugar com o romance Jane Eyre.
O estudo, que abrange apenas a literatura inglesa, foi subsidiado pelo canal UKTV Drama e revela como romances escritos há tanto tempo, muitos do século XIX, outros do princípio do século XX, ou mesmo do século XVI, a exemplo de Romeu e Julieta, continuam a apaixonar os leitores e leitoras do século XXI, conforme refere Richard Kingsbury, responsável por aquela estação de televisão britânica.
Emily Brontë (1818-1848) viveu com as suas duas irmãs, Charlotte e Anne, que escreveram sob o pseudónimo de Bell (Ellis no caso de Emily). Filhas de um pastor tirânico, Patrick Brontë, cresceram numa região desolada, num ambiente de perfeita união com a natureza. Monte dos Vendavais é a obra de uma jovem escritora que possuía sobretudo nela própria a inspiração. Pode e deve ser igualmente considerada um poema e está recheada de ingenuidades cintilantes e de intuições psicológicas penetrantes e por isso extraordinárias. Merece, pois, ser julgada como romance e poema, sabendo-se que serviu de modelo a algumas manifestações do romance pós-vitoriano.
O estudo, vindo a lume na temporada de Verão do canal UKTV Drama, que tem vindo a exibir filmes românticos, dá conta de que a maior parte dos leitores tem necessidade de uma fatia decente de ciúme, sexo - sobretudo os homens - e violência, a juntar a uma dose considerável de paixão e amor exigidos mais pelas mulheres.
Dentro dos livros, e não necessariamente na vida real, as mulheres desejam um homem tal como Darcy de Orgulho e Preconceito, mesmo tendo em conta a sua arrogância.
Lágrimas, corações a bater, finais felizes foram também considerados essenciais pelos leitores. Quarenta por cento das mulheres precisam de livros românticos para se sentirem melhor, 15 por cento por razões nostálgicas e dez por cento para compensarem as suas vidas cinzentas do ponto de vista amoroso.

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in, ARTES 42 Diário de Notícias Segunda-feira, 20 de Agosto de 2007

Livro

A pouco mais de três anos do centenário da implantação da República e a pouco mais de cinco meses do centenário do Regicídio, lemos as «Memórias Inéditas da Rainha D. Amélia» de Lucien Corpecholt. A edição original é em francês, «Souvenirs sur la reine Amélie de Portugal», Paris, Pierre Lafitte, 1914, e de seguida foi feita uma tradução para inglês, em 1915, «Memories of Queen Amelie of Portugal».
Esta edição da 'Caleidoscópio' é a primeira em português. Dada a sua importância, lamenta-se que só agora estas Memórias estejam disponíveis.
É, de facto, um documento importante, se bem que há muito que indirectamente se conhecesse o pensamento da rainha D. Amélia sobre a sua estada em Portugal, primeiro como Duquesa de Bragança e depois como Rainha.
A culpa dos monárquicos na queda do Regime é apontada pela Rainha. A demagogia e cupidez dos políticos do Rotativismo, gerado pelo Constitucionalismo, mais do que a difusão dos ideais republicanos, são a raiz do 5 de Outubro de 1910 e do bárbaro acto 1 de Fevereiro de 1908.
O Regicídio, a cargo da Carbonária onde militava Aquilino Ribeiro, tem como mentores a extrema-esquerda monárquica, de que o Visconde da Ribeira Brava é a face mais visível. A implantação da República tem, mais do que a conivência dos militares monárquicos, a sua própria cobardia.
Uma Monarquia sem Monárquicos? Talvez, mas acima de tudo era uma inevitabilidade o que aconteceu, dada a situação a que a política conduzia a Nação.
Mas a Rainha também tem a sua responsabilidade no que viria a acontecer a 5 de Outubro, com o crasso erro político do afastamento de João Franco Castelo Branco.
Por outro lado, por que não dizer que a Monarquia acabara em Évoramonte, quando o Rei D. Miguel partiu para o exílio. A seguir o Regime não passou de uma República coroada.
MM
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Excertos

«O paradoxo é que esta princesa, classificada de “clerical”, tinha como inimigo mais violento uma determinada parte do clero português. Ele era dissoluto. A regra, estranhamente, tornou-se menos rigorosa em alguns conventos. O governo mandou fechar alguns; os monges acusaram a rainha de os ter abandonado em detrimento das ordens estrangeiras. O clero português não admitia que ela tivesse como confessor um padre inglês. Tinha sido o rei D. Luís que lho tinha dado à chegada a Lisboa. Era um santo homem. A rainha defendia-o com razão e achava cobarde abandoná-lo. As intrigas de sacristia pareciam-lhe ainda mais odiosas que as da corte.»
página 123, linhas 21 a 29

[Segundo D. Carlos] «O povo exige reformas e tem razão. São necessárias, urgentes mas impraticáveis! Impraticáveis porque o parlamento não as quer. Atingem todos os privilégios dos quais se tinham apropriado e levarão o meu pobre país à ruína!»
página 133, linhas 5 a 9

«E D. Carlos explicou como a constituição liberal, que tinha sido atribuída pelo rei D. João a Portugal em 1826, só fez com que o reino fosse entregue à corrupção, que os benefícios do poder fossem entregues a uma oligarquia ávida e sem escrúpulos.»
página 133, linhas 10 a 13

«Logo que chega ao poder, um responsável de um partido só pensa em explorar o país em benefício da sua clientela, em criar cargos para os seus protegidos e assim o Estado torna-se a vítima, o seu proveito e os despojos dos políticos.»
página 134, linhas 4 a 7

[Depois do regicídio] «Para qualquer um destes franceses, que percorreram a cidade e conversaram com muitos portugueses, não há dúvida que em Lisboa, como outrora em Versalhes, a grande conspiração, cujas cegas maquinações resultaram no assassínio do rei, nasceu no seio dos políticos da alta burguesia.»
página 150, linhas 30 a 33

[D. Amélia] Rapidamente rejeita as acusações que os seus amigos lançam contra o povo português. “Ele é bom e generoso, diz. Manteve muitos dos seus antigos valores. O que é execrável são os políticos, que o exploram! Todos os que hoje o adulam, depois de se terem prostrado perante nós, certamente é para nos atingir!” Ao falar destes, a sua voz altera-se, torna-se mais dura. A princesa não expressa ódio contra os opositores confessos do trono, mas sim desprezo pelos cobardes e traidores…»
página 173, linhas 7 a 13

domingo, agosto 19, 2007

Aniversário

O Pedro Guedes da Silva festeja hoje o quarto aniversário do seu Último Reduto.
Que conte muitos, tantos quantos os Títulos que já
alcançou o seu tão “detestado” e nosso Querido SLB!...
Mário

Referência

Uma Casa de e com Princípios!
MM

sábado, agosto 18, 2007

De Férias

Paulo Cunha Porto vai de Férias até dia 2 de Setembro. Mas temos a certeza que depois regressarão as Afinidades Efectivas cheias de novidades!
Conhecida a sua paixão pelos felinos caseiros, aqui fica uma sugestão de leitura para as Férias do Paulo.
Boas Férias.
Abraço.
Mário

Feira de Velharias

Há muito que a denominada Feira de Velharias deixou de ter interesse. Mas por acaso passámos por lá hoje.
Restavam cinco bancas, sendo destas quatro de numismática e filatelia.
Mesmo assim encontrámos dois livros, além do n.º 1233 do «Mundo de Aventuras».
Um é sobre o Abade de Faria. O Abade Faria foi um cientista luso-goês nascido em Candolim de Bardez, Goa, a 30 de Maio de 1746 e falecido em Paris em 20 de Setembro de 1819. Iniciado na prática do magnetismo por Puységur, no ano de 1813 abriu em Paris um gabinete de magnetizador. A prática de hipnose trouxe-lhe uma enorme clientela e uma pronta rea(c)ção de descrédito, sendo rotulado de maníaco e bruxo.
Como cientista demonstrou o carácter puramente natural do hipnotismo, tendo sido ele o primeiro a descrever com precisão os métodos e os efeitos da hipnose. Soube antever as possibilidades da sugestão hipnótica no tratamento das doenças nervosas.
Serviu de estereótipo da personagem como o mesmo nome no romance «O Conde de Monte Cristo» de Alexandre Dumas.
O outro é um livro de poemas que são um libelo contra a Revolução dos Cravos. Datado de Janeiro de 1977, é uma obra que mostra o reverso do 25 de Abril de 1974.
MM

quinta-feira, agosto 16, 2007

Aniversário(s)

Mosteiro de São Bernardo
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A leitura agora feita aos Blogues de referência levou-nos ao conhecimento do segundo aniversário do Combustões e do quarto d’ O Sexo dos Anjos.
Mesmo com atraso, queremos aqui deixar uma Saudação a
Miguel Castelo Branco e a Manuel Azinhal, duas personalidades marcantes nesta área de intervenção cívica.
Embora não nos conhecendo pessoalmente, por uma vez trocámos correspondência com o dr. Miguel Castelo Branco a propósito de colaboração para um livro e tivemos o prazer de sermos convidados para escrever na
Alameda Digital pelo dr. Manuel Azinhal, temos por ambos a maior estima.
Estamos mais próximos em termos ideológicos d’ O Sexo dos Anjos do que do Combustões. Mas das leituras que neles fazemos sentimo-nos cultural e civicamente mais ricos.

Mário Casa Nova Martins