\ A VOZ PORTALEGRENSE: junho 2007

sábado, junho 30, 2007

SLB


Camisola Alternativa ADIDAS 07-08

No Centenário de Hergé

Tintin, revisto e corrigido por Aramis
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Quando vimos pela primeira vez esta capa do Éléments tivemos um choque tremendo. Nunca nos passara pela ideia que Tintin alguma vez pudesse envelhecer. Para nós, o maior repórter do século XX seria eternamente jovem.
É desta forma que vemos os nossos Heróis. O tempo por eles não passa no nosso subconsciente, são imutáveis. E quando algo se altera não somos capazes de reagir à nova situação.
Mais do que conservadores, somos profundamente reaccionários à mudança, principalmente quando os nossos Valores são postos em causa. Somos dogmáticos perante o que consideramos certezas, recusando o debate seja qual for a forma que ele se apresente.

Tintin será sempre Tintin, tal como o conhecemos pelo desenho de Hergé.
MM

sexta-feira, junho 29, 2007

No Centenário de Hergé

MEMÓRIA
RUI RAMOS
O QUE APRENDI COM TINTIM
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Tintim não é só Banda Desenhada.
Rui Ramos vê na personagem de Hergé os primeiros sinais de uma predisposição conservadora liberal. Uma viagem pessoal mas transmissível à personagem mais simbólica da BD do século XX.
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Segundo parece, a memória, quando lhe dá para se desligar, começa pelas aquisições mais recentes. Não me inquieta demasiadamente esse encadeamento das trevas. Um dia, voltarei a saber apenas o que aprendi com Tintim: estará assim ressalvado o mais fundamental, e muito do acessório. Não digo isto para fazer de Tintim o que não é. É apenas uma banda desenhada. No mesmo sentido em que Great Expectations é apenas um romance, DieWaIkure apenas uma ópera, ou La Régle du Jeu apenas um filme. Dir-me-ão que Tintim é leitura para jovens. Direi que o mesmo se passa com alguns grandes livros escritos para os adultos do século XIX e que entretanto se tornaram obras para os mais novos. O centenário do seu autor, Hergé, obrigou muita gente a falar de Tintim no passado mês de Maio. Aqui, vou perguntar apenas isto: que educação deu Tintim aos leitores que no século XX lhe esgotaram 240 milhões de álbuns em dezenas de línguas? Respondo apenas por mim: a mais adequada para quem acabou a ver o mundo de uma perspectiva conservadora liberal.
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Arte e informação
Tintim ao lado de Burke, Tocqueville e Hayek? Estarei a brincar? Foi Roger Nimier, em 1959, o primeiro a tentar intelectualizar Tintim. Anos depois, a tarefa passou a ser levada muito a sério por aquela parte da humanidade que precisa de fazer mestrados e doutoramentos. É bom não esquecer o que temos: páginas com bonecos dentro de quadradinhos e texto em balões. Os livros contam aventuras em sítios exóticos, por entre uma profusão de efeitos cómicos e piadas clássicas - a minha favorita é dita por Dupond em Explorando a Lua: «estamos na lua, onde nunca a mão do homem pôs o pé» (há uma variante em Tintim e os Pícaros, quando o professor Girassol se abstém de cumprimentar um coronel latino-americano: «recuso-me a apertar uma mão que espezinha os direitos humanos»).
O mundo de Tintim é, em primeiro lugar, o mundo da imprensa. Tintim é um repórter. As suas histórias, entre 1929 e 1944, foram estreadas em jornais diários de Bruxelas. Surgiram assim rodeadas e impregnadas de actualidade noticiosa. Frequentemente, notícias de jornais servem de rastilho para a acção, como no começo de As Sete Bolas de Cristal. Os livros de Tintim passam em revista o noticiário do século XX, desde a luta entre árabes e judeus na Palestina (o No País do Ouro Negro), até à espionagem durante a Guerra Fria (O Caso Girassol), ou à especulação sobre os OVNIS (Voo 714 para Sidney). A documentação foi sempre uma obsessão do seu autor. Tal como os escritores realistas à Zola, Hergé viajou num cargueiro para preparar o Carvão no Porão (também conhecido, em português, por Perdidos no Mar). O gosto da informação, e não apenas o do romanesco, é o ponto de partida de Tintim.
Hergé era um grande artificie. Mais: era uma equipa de artificies. Edgar Pierre Jacobs, Bob de Moor, Roger Leioup, Jacques Martin ajudaram-no a desenhar e, sobretudo, a redesenhar, porque os livros foram constantemente retocados (há três versões da Ilha Negra). O desenho de Tintim tornou-se uma imagem de marca: tudo está delineado nitidamente, sem jogos de luz e sombras (à Milton Caniff), numa mistura perfeita de realismo e de caricatura. Um álbum de Tintim é uma iniciação à arte de contar histórias através de sequências de imagens. Nunca ninguém o fez melhor do que Hergé. Cada página termina em suspenso, puxando para a seguinte. A acção dramática principal, protagonizada por Tintim, está sempre habilidosamente entrelaçada com uma diversão humorística, da responsabilidade dos seus comparsas (Milú, Dupond e Dupont, Haddock, Girassol). Cada personagem tem tiques e linguagem próprias. A capacidade de criar um ambiente é inultrapassável: basta lembrar a cena da trovoada em As Sete Bolas de Cristal. As invenções narrativas são prodigiosas: em O Segredo do Licorne, seguimos simultaneamente a luta do cavaleiro Haddock com piratas no alto mar e Haddock a contar a história no seu apartamento. As Jóias da Castafiore são a suprema demonstração de uma arte: um livro de aventuras onde nada se passa.
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Sabedoria
Tintim começou como um produto do interesse do movimento católico pelas revistas ilustradas para a juventude nas décadas de 1920 e 1930: foi um padre (Norbert Wallez) quem encomendou Tintim e Milú para o suplemento juvenil de um diário católico de Bruxelas, e foi graças a outro padre (Abel Varzim, estudante na Bélgica) que Portugal se tornou o primeiro país do mundo a traduzir Tintim, em 1936. Todos esses padres viram em Tintim um bom escuteiro católico. Nas suas primeiras aventuras, fez o que esperavam dele: denunciou o bolchevismo na Rússia (1930), censurou o capitalismo na América (1932) e recomendou a colonização em África (1931). Mas ele chegou a ser o perfeito cavaleiro cristão? Tintim nunca teve família, o que chocou o público católico belga - e obrigou Hergé a inventar Jo, Zette e Jocko como compensação. «Não sabemos quem ele é, donde veio», notou Pol Vandromme em 1959, no primeiro e melhor livro dedicado a Tintim (Le Monde de Tintin). Também nunca o vemos amoroso. Nem a lutar pelo seu país, ou a rezar a um deus. Que mundo é o de Tintim? Um mundo onde o desejo e a obrigação não encontram os termos através dos quais a sociedade consente que mais facilmente se explicitem: o sexo, a família, a religião ou a nação. É um mundo de total liberdade individual, mas também de total envolvimento e responsabilidade. Os compromissos de Tintim são voluntários, o que não quer dizer que não sejam intensos: pode ir aos Andes ou aos Himalaias resgatar um amigo. É o mundo do escuteiro católico? É também o mundo do ponto de vista de uma imaginação que poderia ser classificada como liberal.
Em histórias que cobrem quase todo o noticiário do século XX, só um tema não aparece. E não por acaso, o maior de todos: a II Guerra Mundial. Entre 1939 e 1945, Hergé escreveu cinco álbuns - nenhum deles refere a guerra. A atmosfera de tensão do Verão de 1939 surge, vagamente, em No País do Ouro Negro, começado em 1939, interrompido em 1940, e só concluído em 1951. Mas a única menção directa da guerra está na capa de um livro inglês em O Caso Girassol, de 1956. Este silêncio tem uma razão biográfica. Oficialmente, Hergé foi durante anos um belga francófono, de uma família de classe média, autodidacta em quase tudo, criado entre as salas do cinema mudo e o escutismo católico (foi nas revistas dos escuteiros que se estreou como desenhador), e dado a excessos de trabalho e depressão. Nos últimos anos, porém, os seus biógrafos desenterraram outro Hergé. Alguém que deveu o conhecimento da banda desenhada americana a um amigo chamado Léon Degrelle, que se tornaria o chefe do partido fascista belga e tenente-coronel das SS. Degrelle viria a reclamar, anos depois, ter sido a inspiração para Tintim. Entre 1940 e 1944, Hergé publicou as novas aventuras de Tintim no Le Soir, o órgão da “nova ordem”, na Bélgica ocupada pelos alemães. Sem vocação histriónica e demasiado artista, nunca arriscou a militância pública dos amigos fascistas. Mas estava suficientemente alinhado com eles para ser preso em Setembro de 1944, depois do fim da ocupação. A vingança dos antifascistas varreu os seus amigos mais próximos: vários foram condenados à morte e a pesadas penas de prisão. Hergé teve o nome na “lista negra”. Sobreviveu graças ao enorme sucesso das suas bandas desenhadas durante a guerra. Alguns antifascistas, empenhados em arranjar um negócio editorial lucrativo, interessaram-se pela fundação de uma revista Tintin (1946). Naturalmente, mexeram os necessários cordelinhos para eximir o principal autor da nova publicação a um processo por colaboracionismo.
É verdade que em O Ceptro de Ottokar, de 1939, Tintim enfrentou a conspiração de um partido fascista, chefiado por um Musstler (Mussolini+Hitler), para tomar o poder numa monarquia dos Balcãs. Mas também é verdade que Tintim veio do lado dos que perderam a guerra em 1945. Que educação esperar então destes livros? Não será esta literatura uma perigosa fonte de corrupção para juventudes democráticas? Além do escrúpulo artístico, uma coisa resgatou Hergé: a perseguição que sofreu em 1944-1945. Essa experiência obrigou-o a enfrentar os limites de tudo e de si próprio. Não renegou amizades. Talvez nem tenha mudado de ideias. Mas aprendeu a não esperar muito do mundo. A desconfiança é talvez o traço característico de Tintim. Nas suas histórias passa uma aragem impiedosa de iconoclastia - o quadro final de Tintim e os Pícaros tira as consequência; mais radicais do eterno retorno na política. Como explicou Hergé, Tintim não luta pela ordem estabelecida nem por uma ordem a estabelecer, mas apenas pelos amigos e por aqueles que precisam de ajuda. É costume fazer derivar a sabedoria de uma intrínseca grandeza de alma ou do acerto das companhias escolhidas. É uma ideia ingénua. Às vezes, a sabedoria depende disto: do azar de ter ficado do lado errado e do preço pago por isso.
Nos livros de Tintim, encontro a mistura mais acertada das três principais qualidades de um conservador liberal: a vontade de saber muito, a determinação de acreditar em muito pouco e a convicção de que nenhum ideal humanitário nos deve fazer esquecer as pessoas reais que estão à nossa volta. A mistura de curiosidade e cepticismo assegura-nos que a disponibilidade para nos deixarmos maravilhar não acabará na prostração dogmática, nem que a resistência às ortodoxias resultará em secura e cinismo. O princípio da proximidade garante-nos que a vontade de fazer bem não conduzirá a abstracções separadas dos que realmente existem - isto é, à vontade de fazer mal. Agrada-me pensar que, graças a Tintim, foram estas as primeiras coisas que aprendi e as últimas que esquecerei.

in, ATLÂNTICO - JULHO 2007 – p.18 e 19

Margaret Thatcher


Margareth Thatcher em discurso directo.
Mário Casa Nova Martins

quinta-feira, junho 28, 2007

Universidades

A revista «Sábado» de hoje traz um suplemento intitulado «Como ter sucesso na universidade».
No 'top 5', página 32, em relação à Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (FEUC), ela está em quinto lugar, com os mesmos 52 pontos da Universidade do Minho.
A lista é encabeçada pela Universidade Nova de Lisboa (61 pontos), depois seguindo-se a Universidade Católica Portuguesa de Lisboa (58 pontos), a Universidade do Porto (57 pontos) e a Universidade Católica Portuguesa do Porto (54 pontos).

Quanto a Direito, lidera a Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra com 64 pontos.
Segue-se a Universidade de Lisboa (63 pontos), a Universidade Católica Portuguesa de Lisboa (60 pontos), e as Universiadade Nova de Lisboa e Universidade Católica Portuguesa do Porto com os mesmos pontos (59 pontos).
MM

Música


Render da Guarda

Anthony Charles Lynton Blair (6 de Maio de 1953)
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Tony Blair já não é primeiro-ministro britânico. Saiu como saiu Margareth Thatcher, porque quis.
Não se pretende fazer uma análise da década em que esteve no número 10 de Downing Street, somente referir dois sucessos internos e um insucesso externo.
Blair conseguiu levar a cabo a regionalização do País de Gales e da Escócia, primeiro passo para, em paz, se o Povo destas Nações quiser ser independente, ter as suas estruturas políticas.
Também conseguiu a paz na Irlanda do Norte, num processo exemplar, por exemplo, para a Ibéria.
O insucesso prende-se com o excessivo alinhamento, não com os EUA mas com George W. Bush.
Geopoliticamente, a Inglaterra é um Estado marítimo, como Portugal, e é correcta a sua aliança com a Potência Marítima, tal como Portugal.
Essa Potência Marítima é os Estados Unidos da América. O que era desnecessário era tanta subserviência a uma Presidência liderada por Bush Filho.
Enorme erro político, que manchará qualquer futura Biografia de Blair.
MM

quarta-feira, junho 27, 2007

Imagem

O que é feito de ti?
Como eras, ainda sei.
Se uma utopia vivi,
Lembro que te amei!
m

Pandora

in, A Balada do Mar Salgado, p.198

Pandora

Pandora Groovesnore

André Franquin

Hoje o Público traz o 17.º volume, de vinte, da colecção do Spirou e Fantásio.
Quando começou, dela falámos, mas hoje justifica-se nova referência porque «A Herança» é o primeiro álbum desenhado por Franquin.
Vale a pena ver o desenho das personagens, que depois sofrerá alterações, no fundo como aconteceu com Tintin.
André Franquin não é o “Pai” de Spirou. Mas foi com ele que esta Banda Desenhada conquistou leitores, se bem que nunca tenha conquistado o cinema.
Os álbuns desenhados por Franquin são para nós os mais belos e interessantes, mas a parte comercial “impediu” que com a sua morte Spirou e Fantásio acabassem, como com as personagens de Hergé e Hugo Pratt.
Porém, Corto Maltese deverá voltar às aventuras, ele que “desapareceu” na Guerra civil de Espanha.
Mesmo podendo voltar a ver a Mulher da Minha Vida, Pandora, defendo que Corto não devia “regressar”, tal como alguma vez Tintin.
Também Blake e Mortimer continuam as suas aventuras, mas com Jacobs era “diferente”.
MM

Nisa

4 de Julho, no Cine Teatro de Nisa:
Quercus promove debate
"Exploração de urânio em Nisa? - Consequências e impactos"
No próximo dia 4 de Julho, pelas 20 horas e 30 minutos, a Quercus - Associação Nacional de Conservação da Natureza promove no Cine Teatro de Nisa, um debate sobre o tema "Exploração de urânio em Nisa? - Consequências e impactos"
O debate terá como moderador Nuno Sequeira - Presidente do Núcleo Regional de Portalegre da Quercus-ANCN e decorrerá em dois painéis: "Exploração de Urânio e Ambiente" e "Exploração de Urânio e Impactos Locais"
No Painel 1 - "Exploração de Urânio e Ambiente" serão apresentadas comunicações por Maria de Lurdes Cravo - Presidente da Assembleia Geral da Quercus e por António Eloy - Consultor de Energia e de Ambiente. Estão por confirmar as participações de Pilar Fuentes - Membro da Associação "ADENEX" e de João Rosmaninho de Menezes - Presidente do Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade
O Painel 2 - "Exploração de Urânio e Impactos Locais" integra José Pedro Fragoso de Almeida - Presidente da Associação dos Agricultores do Distrito de Portalegre, António Minhoto - Presidente da Associação Ambiente em Zonas Uraníferas e Gabriela Tsukamoto - Presidente da Câmara Municipal de Nisa; estando por confirmar a participação de Miguel Barreto - Director Geral da Energia e Geologia.
As reservas de urânio de Nisa foram descobertas em 1959 e estudadas em pormenor nas décadas seguintes. O jazigo de Nisa é considerado o maior do país, e estima-se que aí existam 4100 toneladas de urânio. Na comunicação social tem sido noticiado que a Direcção Geral de Geologia e Energia está a elaborar o caderno de encargos com vista à abertura de um concurso internacional visando a eventual atribuição da concessão de exploração das reservas de urânio de Nisa. A elevada cotação do urânio no mercado internacional indicia a viabilidade económica do empreendimento e justifica o grande interesse manifestado por consórcios e empresas multinacionais nessa concessão.
A Câmara Municipal de Nisa apoia a associação ambientalista QUERCUS na organização do debate do próximo dia 4 de Julho, que inicia um ciclo de debates visando o mais amplo esclarecimento sobre a exploração do urânio no concelho de Nisa e sobre as consequências ambientais e as incidências no desenvolvimento concelhio da eventual exploração dos depósitos uraníferos. A autarquia nisense manifesta igualmente a abertura para apoiar as iniciativas promovidas por outras instituições no mesmo sentido e que contribuam para o conhecimento e para a formação de uma opinião esclarecida que permita ao município e à população fazer as opções correctas. Interessa ponderar os eventuais “benefícios” da exploração do urânio num período limitado de tempo (seis a oito anos) e as valências do desenvolvimento sustentável baseado em vectores e prioridades estratégicas como do termalismo, o ecoturismo, o turismo de natureza, o turismo rural, os produtos tradicionais, o património, …

terça-feira, junho 26, 2007

Alentejo


Invocação
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Ó Terra de Antre Tejo e Guadiana,
onde há contrabandistas e malteses,
- ó Terra que és fronteira à castelhana
e a tens metido em ordem tantas vezes!
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Terra das claras vilas com cegonhas
no alto dos mirantes sobre o imenso!
(Paisagens religiosas e tristonhasa
onde o rosmaninho faz de incenso…)
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(Ruínas penduradas no Distante
com atitudes calmas de ermitério…)
- Ó Terra, em cujo chão febricitante
palpita um formidável cemitério!
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Terra das fortalezas truculentas,
minha adeantada-môr de Portugal,
- ó Terra que o abasteces, que o sustentas,
que és um celeiro enorme, sem igual!
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Ó Terra que da espada aventureira
tiraste ao vir das pazes a charrua!
(O arado quando chega a sementeira,
como ele empeça em tanta ossada nua!)
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Terra de coração em brasa viva,
queimada no furor canicular!
Terra de quem a gente se cativa,
Se a água das nascentes lhe provar!
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Terra de natural dormente e langue,
onde padecem lobis-homens, bruxas…
- (Voz do Longínquo, ó tentação do Sangue,
não sei em que ânsias doidas me estrebuchas!)
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Ó Terra estranha que a perder nos deitas
com endemoninhada beberagem!
Ó terra da lavoira, das colheitas,
Das feiras e arraiaes, - da ciganagem!
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Terra de San-João de Deus, ó Terra
onde a Rainha-Santa quis morrer!
- (À flor dos horizontes paira e erra
uma saudade líquida a escorrer…)
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Terra de meus Avós, dos bom Maiores,
aonde a minha Árvore descansa!
Terra regada com seus suores,
Aonde eu vejo a sua semelhança!
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A sua semelhança está comigo,
em mim a cada hora se renova,
ó Terra que me foste berço amigo,
ó Terra que serás a minha cova!
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Postas as mãos, em oração ardente,
ó Terra de Crisfal e Bernardim,
peço-te a bênção comovidamente,
- que a tua bênção desça sobre mim!
António Sardinha
in 'A Epopeia da Planície', pgs. 1 a 4

Excelência

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Odisseia de uma Lusitana Combatente
Simplesmente deslumbrante!
MM

A Cimeira da Farsa

The summit is being seen as a showcase for Middle East leaders to voice support for Abbas [EPA]
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Em Sharm el-Sheikh estiveram presentes aqueles que ou representam a continuidade ou que politicamente estão no ocaso.
O presidente do Egipto Hosni Mubarak, o rei Abdullah da Jordânia, o presidente palestiniano Mahmoud Abbas e o primeiro-ministro de Israel Olmert, representaram uma cena que só não é de opereta porque o Povo Palestiniano continua a sua diáspora e a sofrer na sua própria terra, a Palestina.
Os cinco políticos são a face da derrota que é a política israelita e americana para o Médio Oriente.
Olmert saiu derrotado do Líbano, Abbas é uma marioneta nas mãos de Israel, Abdullah é rei de um reino cuja maior parte do território é Palestina, e Mubarak é um ditador que conduziu o Egipto para uma crise económica sem fim à vista.
E para gozo israelita e impotência palestiniana, o resultado deste encontro saldou-se na promessa da libertação de duzentos e cinquenta palestinianos da corrupta Fatah, presos em Israel.
Do outro lado ficaram o Hamas, a Síria e o Irão, para não falar na Arábia Saudita ou outros Estados Árabes moderados. E sem este conjunto de países, os dominantes no Médio Oriente, nenhuma paz é possível.
Actualmente no mundo árabe, quer a Jordânia quer o Egipto são hoje marginais, isto é, não têm força para impor as suas posições junto da comunidade árabe. São países irrelevantes no contexto regional.
MM

Alto Alentejo

Ciclismo: Benfica nos Campeonatos Nacionais
Pleno benfiquista em Castelo de Vide
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As equipas de ciclismo das classes Sub-23 e Continental Profissional do Sport Lisboa e Benfica vão estar este fim-de-semana em Castelo de Vide a fim de participarem nos Campeonatos Nacionais, cuja organização está a cargo da PAD/LagosSport. Em ambas as classes as equipas apresentam todos os seus atletas.

SUB-23:Bruno Sancho, Mário Costa, André Ferreira, Márcio Barbosa, Edgar Anselmo, Edgar Pinto, Fábio Coelho, Fábio Cera e José Mendes.

ÉLITES:Pedro Lopes, Rui Costa, Hélder Miranda, Renato Silva, Bruno Castanheira, Rui Lavarinhas, José Azevedo e Tiago Claro.

No sábado, a partir das 10h30, entram em acção no contra-relógio individual de 40 Km no circuito da Barragem Póvoa e Meadas, os dois ciclistas da classe Elite, Rui Lavarinhas e Renato Silva.

À tarde, com início às 15 horas, no mesmo circuito da Barragem Póvoa e Meadas, mas apenas em 35 Km, disputa-se o contra-relógio para os Sub-23, que terá a participação de Rui Costa, Mário Costa e José Mendes.

No domingo realizam-se as provas em linha, nas quais participam todos os ciclistas das duas equipas do Benfica, num percurso, com partida e chegada em Castelo de Vide. Às 9h27 partem os Elites para cumprirem 173 Km, com oito passagens pela meta na parte final do percurso, e às 15h28 lançam-se à estrada os Sub-23, que fazem menos uma volta a esse mesmo circuito, para terminarem com 151,4 Km.

segunda-feira, junho 25, 2007

Colecção Berardo

Francis Bacon
(Oedipus and the Sphinx after Ingres, 198 ...)
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Protocolos

(1.ª Edição, Outubro de 1976)
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Lê-se na apresentação da nova edição do livro:
_ “Apenas três edições dos Protocolos dos Sábios de Sião foram feitas no nosso País: uma (claramente anti-semita) em 1923, outra (assumidamente humanista) em 1938, uma última (de tons dúbios) em 1976.”


Há muito que temos a edição de 1976, e como não a comparámos com as anteriores, não poderemos falar da sua tonalidade dúbia.
MM

Protocolos

História de uma fraude e seu aproveitamento
Preço: EUR 19,95
ISBN: 9789899537712
Ano de Edição: 2007
N.º de Páginas: 266
Dimensões: 15 x 23 cm

Os chamados Protocolos dos Sábios de Sião, que incluímos, em versão integral, neste livro, constituem a mais pérfida das falsificações da História contemporânea. À sua sombra nasceram e cresceram as modernas mitificações racistas do anti-semitismo europeu. Em seu torno construiu-se um corpo doutrinário de ódio e extermínio. Em seu nome houve quem perseguisse, humilhasse, torturasse e matasse. Estamos, portanto, na presença de algo que é mais do que um livro: no implacável tribunal da História, os Protocolos são também uma prova de acusação pelos muitos crimes que, à sua invocação, foram cometidos desde há um século.
Na verdade, os Protocolos não são exactamente um problema "do passado". Embora exposto desde 1921 como fraude grosseira, este livro mantém-se ainda hoje como manual de guerra e terrorismo, especialmente nas zonas do globo onde a cegueira humana rebaixou o valor da vida aos níveis primitivos da barbárie. A sua difusão, como obra pretensamente séria e fidedigna, continua a ser fomentada por governos e exércitos apostados em negar a uma parcela da Humanidade o seu direito à existência. Só isto bastaria para nos impormos a tarefa de recordar, denunciar e alertar – tarefa cada vez mais necessária num Ocidente adormecido no seu bem-estar, na sua indiferença, na sua distância.
Se em muitos outros países a mentira foi revelada, discutida e exposta com suficiente força e vigor, em Portugal ela tem beneficiado de um estranho "complexo de avestruz" que prefere enterrar o que é incómodo nas areias movediças do esquecimento e da ignorância. Apenas três edições dos Protocolos dos Sábios de Sião foram feitas no nosso País: uma (claramente anti-semita) em 1923, outra (assumidamente humanista) em 1938, uma última (de tons dúbios) em 1976. O que pretendemos, com a presente edição, é modestamente contribuir para a correcção deste equívoco histórico e proporcionar ao público português uma leitura crítica de uma das obras mais odiosas da vida contemporânea.
Inclui o texto integral dos «Protocolos» e um prefácio de 90 páginas de texto e ilustrações com o seguinte índice:
O que dizem os Protocolos; De plágio em plágio; A mentira desloca-se para Oriente; O papel do Times de Londres; O processo de Berna; Os pioneiros da "autenticidade"; Teorias da conspiração; Anti-semitismo e anti-maçonismo; O que se passou em Basileia; Como fogo em palha seca; Anti-semitismo soviético; Os Protocolos e a Alemanha nazi; Os Protocolos no Mein Kampf; Refutações históricas; Os Protocolos no mundo árabe; A telenovela dos Protocolos; Os Protocolos chegam a Portugal; O caso português; Bibliografia de referência; Bibliografia portuguesa.

Do Alfarrabista

Numa disse porque escolhi o nome «A Voz Portalegrense» para o Blogue, que tem mais de uma ano.
O primeiro Postal tem a data de 6 de Junho de 2006. E desde então já editei mais de mil. Desses, contam-se pelos dedos das mãos os que se referem a Portalegre, o que foi propositado, assumido.
O nome «A Voz Portalegrense» pertenceu a um jornal que se editava em frente da minha casa. Embora dele não tenha grande memória, dele se falava em casa como um jornal conservador. Foi por esse facto que em Homenagem Jornal e ao seu Director, que conheci bem, o Blogue tem este nome.

Esta introdução serve para justificar a ausência de temas relacionados com Portalegre, e porque chegou do Alfarrabista “Antiquariat Bücheretage Hagena & Schulte
”, uma separata dos esgotadíssimos «Arquivos do Centro Cultural Português».
Esta separata é um trabalho de José Silva Terra sobre D. Julião de Alva, que foi o primeiro bispo de Portalegre.
E, já agora, a loja é em Bona na Martinsplatz. Quem terá sido esse Martins que deu origem ao nome da Praça?
MM

domingo, junho 24, 2007

Cinema

Cinema. Novo 'ranking' do American Film Institute
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‘O Mundo a Seus Pés’ é o melhor
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Filme de Orson Welles no topo da Lista dos ‘100 mais’ dos EUA
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O filme de Orson Welles O Mundo a Seus Pés (1941) foi considerado o melhor filme americano de sempre pelo American Film Institute (AFI), na nova lista dos "100 mais dos EUA" que a instituição divulgou esta semana. O Mundo a Seus Pés já era número um na primeira lista, elaborada em 1998.
Votaram 1500 realizadores, actores, argumentistas e outros profissionais do cinema americano, que escolheram os 100 melhores filmes americanos de sempre de entre 400 propostos pelo AFI.
O clássico de Orson Welles surge regularmente em primeiro lugar nas listas deste ripo elaboradas em todo o mundo. A única novidade entre os “10 mais” da nova lista do AFI é a presença de outro clássico, Vertigo - A Mulher Que Viveu Duas Vezes, de Alfred Hitchcock, no 9° lugar, quando em 1998 ocupava o 61°.
O filme mais recente dos “10 mais” é A Lista de Schindier, de Steven Spielberg, realizado em 1993. O mais antigo é E Tudo o Vento Levou, de Victor Fleming, datado de 1939. Outros títulos mais próximos no tempo que surgem na lista são O Senhor dos Anéis: A Irmandade do Anel, primeiro da trilogia de Peter Jackson (2001), no 50.° lugar, O Resgate do Soldado Ryan, de Steven Spielberg (1997), no 71°; Titanic, de James Cameron (1997), no 83.°, e O Sexto Sentido, de M. Night Shyamalan (1999), no 89.°.
Entre os filmes que desapareceram desta lista em relação à de 1998, encontram-se Dr. Jivago, de David Lean, ou Encontros Imediatos do Terceiro Grau, de Steven Spielberg, que mesmo assim tem cinco obras entre as 100 melhores de sempre do cinema americano.
O AFI anunciou que vai passar a publicar uma lista destas de dez em dez anos, para servir de barómetro das mudanças de gosto no cinema.

Os melhores filmes dos EUA
A nova lista dos 100 melhores filmes americanos do American Film Institute inclui apenas quatro feitos na última década: “O Senhor dos Anéis: A Irmandade do Anel”, no 50.º lugar, “O Resgate do Soldado Ryan”, no 71.°, “Titanic”, no 83.°, e “O Sexto Sentido”, no 84,°. “O Mundo a Seus Pés” é o melhor filme de sempre.

1 - O Mundo a Seus Pés - 1941
2 - O Padrinho - 1972
3 - Casablanca - 1942
4 - Touro Enraivecido - 1980
5 - Serenata à Chuva – 1952
6 – E Tudo o Vento Levou - 1939
7 - Lawrence da Arábia - 1962
8 - A Lista de Schindler - 1993
9 - Vertigo - 1958
10 – O Feiticeiro de Oz - 1939

in, DIÁRIO DE NOTÍCIAS, p. 33
Sexta-feira, 22 de Junho de 2007

Paula Rego

O quadro “Moth” (1994), da série “Dog Women” de Paula Rego, bateu um recorde para obras desta pintora portuguesa, ao ser vendido na passada quarta-feira em Londres, pela Christie’s, por 378400 libras (560 mil euros).
O quadro retrata uma mulher sentada num sofá.
Há dois anos, a obra de Paula Rego "Targert" ultrapassou o meio milhão de euros, ao ser vendida por 344.000 libras (516.000 euros na altura) num leilão da Sotheby's, também em Londres.
MM

sábado, junho 23, 2007

Salão Internacional Erótico

Última Hora!
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O Imperial César Augusto Dragão teve a gentileza de nos dar as últimas notícias sobre o Engenheiro Ildefonso Caguinchas. São elas, as notícias…:
_ Telefonou-me há pouco, o Engenheiro. Não percebi bem o que dizia, estava com dificuldades de articulação. Resfolgava, nitidamente. Entre mamalhame e nalgatório, se bem o conheço.
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Com esta informação, aguça-nos o apetite acerca da reportagem, completa…, que o Engenheiro Ildefonso Caguinchas irá publicar no
Dragoscópio.
MM

O Amante de Lady Chatterley

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‘Lady Chatterley’. Amor sem Escândalo
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A Realizadora Pascale Ferran transformou esta adaptação da segunda versão de O Amante de Lady Chatterley, de D. H. Lawrence, num dos maiores sucessos do cinema francês de 2006 (quase meio milhão de espectadores e o aplauso geral de crítica).
Longe de qualquer olhar “escandaloso” ou voyeurístico, este é um filme pudico e pausado sobre o acordar dos sentimentos de dois amantes, rodeados por uma natureza que lhes espelha as emoções.
Ganhou cinco Césares.
Eurico de Barros
Diário de Notícias, INFORMAÇÃO, p.42
Sexta-Feira, 22 de Junho de 2007

Rui Rebelo

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Foi uma surpresa o convite do Festival de Teatro Clássico de Mérida para representarmos Portugal com o espectáculo "O Grande Criador". Não pela qualidade do espectáculo (com estrondoso sucesso em Espanha), mas pela temática do Festival.

Dizia ontem o director do festival, Francisco Carrillo, que este espectáculo é o clássico dos clássicos pois é baseado em episódios bíblicos.
Teatro Romano de Mérida (Sec I aC)
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O Festival começou em 1933 e esta é a 53ª edição que se vai realizar de 12 de Julho a 26 de Agosto.
E eu vou fazer de Deus na Alcazaba Árabe no dia 27 de Julho. Apareçam, a cidade é linda e o festival tem uma programação de luxo.
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Este postal que transcrevemos é de Rui Rebelo.
Através dele prova-se a importância deste Festival, que todos os anos desde que regressámos ao Alentejo visitamos.
Aproveitamos para felicitar o Actor pela sua presença em Mérida.
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LAS TROYANAS (teatro)
Alcazaba, 23 horas
27 de julio
Balbo Teatro. I.E.S. Santo Domingo, del Puerto de Santa María (Cádiz)

Vieira Calado

sexta-feira, junho 22, 2007

Engenheiro Ildefonso Caguinchas

Segundo nos informou o Imperial César Augusto Dragão, o Engenheiro Ildefonso Caguinchas vai fazer em exclusivo para o Dragoscópio uma reportagem sobre o SIEL - Salão Internacional Erótico de Lisboa 2007.
Transcrevemos as palavras de César Augusto, nas quais amavelmente nos dá a dita informação:
_ Por falar em brejeirismos, registo com agrado a sugestão da digníssima Voz e serei o primeiro a instar junto do Engenheiro Ildefonso Caguinchas para que não prive este blogue e os seus superlativos leitores das impressões recolhidos no Salão Erótico de Lisboa, onde se encontra desde a abertura e vai permanecer até ao fecho, em verdadeiro retiro monástico. Conto que não nos desiluda.

Temos a certeza que o Engenheiro Ildefonso Caguinchas jamais nos desiludirá!
MM

Alfredo Pimenta

Alfredo Pimenta é um pensador contra-revolucionário da primeira metade do século XX português. Vindo do Anarquismo, acaba Católico Tradicionalista e Monárquico.
Pimenta foi um homem de rupturas, e como tal gerou à sua volta poucos consensos e muitos desconsensos.
Ao estilo de José Agostinho de Macedo, foi mais de que um teórico um panfletário, e também foi poeta como o ex-frade, mas sem a qualidade deste.
Mas o que escreveu sobre História, sempre a contra-corrente, é correcto. Por exemplo, o seu trabalho sobre D. João III permitiu conhecer a verdadeira dimensão do Homem na sua Época. Também os seus estudos sobre a Idade Média continuam actuais.
Mas é a sua facete de duelista pela palavra, e bengala…, que perdura.
Há anos, na altura do centenário do seu nascimento, o Arquivo Municipal Alfredo Pimenta, na sua terra natal, editou um volume do importante Boletim de Trabalhos Históricos um In Memoriam. Como as comunicações foram muitas, o número seguinte também trás estudos sobre Alfredo Pimenta.
São duas obras fundamentais para o conhecimento da vida e da obra de Alfredo Pimenta.
MM

Revista

Apenas referência para o texto de Adriano Moreira intitulado «O Compromisso das Forças Armadas».

CD

Cântico
Preces
Súplicas
à Senhora dos Jardins do Céu
na voz de Maria Bethânia

Livro

O lançamento do livro do Rafeiro Perfumado vai ser amanhã dia 23 de Junho, às 17:32, na FNAC do Colombo.

A Imaginação ao Poder


Por uma vez a Direita tem imaginação!
Depois do cinzentismo que sempre caracterizou as campanhas eleitorais da Direita portuguesa, finalmente “alguém” acordou…
O “Gingas” do PND e o humor corrosivo do PNR animam uma campanha em que o Centrão tudo deglute.
MM

Veencidos da Vida

A Liberdade de informar e ser informado é um Direito e um Dever.
Mas nem sempre assim é.
E se dúvida houver
que se leia com atenção!
MM

quinta-feira, junho 21, 2007

Uma nova Saga

Na revista Sábado de hoje, na página 28, fala-se de um “novo” Harry Potter, este de nome Will.
É uma nova série que segundo a revista vem “substituir” o Harry Potter, cuja última aventura sai já em Julho próximo.
Os Autores são Roderick Gordon e Brian Williams, e o livro tem uma edição anterior com o nome «The Highfield Mole: The Circle in the Spiral: Bk. 1».
Agora sai como o título «Tunnels».
Ainda segundo a Sábado, o herói “chama-se Will e é um arqueólogo de 10 anos que descobre um mundo secreto debaixo do chão».
Já fizemos a
pre-order
MM

Pronúncia do Norte

Hoje tinhamos na caixa de correio este Mail:
_ Na sequência e no alinhamento do «jeito estúpido de te amar» da Maria Bethânia aqui vai o «Dia de Domingo» da Gal Costa!
Com um grande abraço,
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Veio de um Amigo do Norte, e um conselho seu é uma ordem!
Obrigado, Nonas.
Mário

Dia de Domingo - Gal Costa

Curdistão Livre

Ontem falámos do problema Curdo, e ainda no mesmo dia, com mais profundidade, volta a ser assunto.
MM

Solstício do Verão

Pôr-do-Sol sobre Stonehenge

quarta-feira, junho 20, 2007

Maria Bethânia


Jeito estúpido de te Amar

Martim de Gouveia e Sousa

O Martim de Gouveia e Sousa fez-nos chegar, com um Autógrafo cheio de Amizade, o seu último Trabalho «O essencial sobre António de Navarro».
O stand da IN-CM na Feira do Livro de Lisboa ainda não o tinha, pelo que a ele não pudemos na altura fazer o destaque merecido, (pela qualidade, Caríssimo Martim…).
Mas também não será agora, “guardamo-nos” para a
Plátano, onde o Martim desde a primeira hora tem colaborado.

Como sempre, um Forte Abraço.
Mário

Livraria

Fotografia de uma pequeníssima parte de uma Grande Livraria!
É sempre um prazer
visitá-la.
Mário

Curdistão

Bandeira do Curdistão
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O Curdistão é uma região com cerca de 500.000 km² distribuídos na sua maior parte na Turquia e o restante no Iraque, Irão, Síria, Armênia e Azerbeijão.
O seu nome provém do povo que o habita, ou seja, os curdos, que são hoje a mais numerosa etnia sem Estado no mundo. São 26 milhões de pessoas, na sua maioria muçulmanos sunitas, que se organizam em clãs e, em algumas regiões, falam o idioma curdo. As suas maiores cidades são Mossul, Irbil, Kirkuk, Saqqez, Hamadã, Erzurum e Diyarbakır.
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Há muito que o povo curdo luta pela Independência. O principal movimento independentista é o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK). O seu líder carismático é Abdullah Ocalan, que está preso na Turquia.
Julgavam os curdos que ao aliarem-se aos americanos e ingleses na invasão do Iraque iriam finalmente obter a desejada criação do seu Estado. Pura ilusão, a Turquia, o grande aliado na região dos anglo-saxões, continua a não permitir alienar parte do seu território para a formação do Estado Curdo.
Assim, continua a guerra de baixa intensidade entre o PKK e aliados e a Turquia. Desta guerra não é politicamente correcta falar-se, mas dos dois lados continuam as escaramuças cada vez mais intensas e as mortes de combatentes e também de civis curdos, devido aos bombardeamentos turcos.
Os curdos são mais umas vítimas da invasão do Iraque, ludibriados que foram pelas promessas falsas dos EUA quanto ao futuro Curdistão.

MM

Filhos de um deus menor

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Ontem a SIC Notícias, canal privado politicamente correcto entre outras coisas menores, entendeu fazer um debate sobre as eleições para a Câmara Municipal de Lisboa.
Para surpresa de muitos, a mais elementar regra democrática, a mesma oportunidade para todos os candidatos, não foi cumprida. Das doze candidaturas legitimamente formalizadas, apenas estavam representadas sete.
Aceitar-se-ia, embora não fosse uma fórmula democraticamente correcta, que apenas fossem convidados os candidatos de Partidos que tivessem tido assento na anterior Câmara, e que seriam o BE, o CDS-PP, o PCP, o PPD-PSD e o PS.
Todavia foram também convidados os dois independentes, totalizando os tais sete.
Assim, ficaram de fora o PCTP-MRPP, o PND, o PNR, o PPM e o PT.
Acrescente-se que estes cinco Partidos têm vida política activa, e que perante a Lei estão correctamente legalizados.
Sendo “Pequenos Partidos” como lhes chama a comunicação social, logo não podem ter os mesmo direitos que os outros? Pelos visto não podem, senão a SIC seria penalizada pelo comportamento anti-democrático.

Destes cinco Partidos, três entenderam protestar à entrada do edifício onde se iria desenrolar o debate, o PCTP-MRPP, o PNR e o PT, o que demonstra que ainda há quem se indigne com estes comportamentos totalitários.
Os outros dois, o PND e o PPM, entenderam não se solidarizar com os outros três, achando por certo que a SIC agiu correctamente.
Mas, quer o PPM quer o PND há muito que são “folclore”, e que apenas vão servindo para “alimentar” os guiões de programas de humor.
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MM

terça-feira, junho 19, 2007

Coimbra

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Coimbra de todos os sonhos
Das amizades e dos amores,
És doce como os medronhos
Cheiras bem como as flores.
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Da Antero de Quental se descia
Para à Praça da República chegar,
Da Associação à querida Economia
Um tempo para sempre recordar.
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Hoje Coimbra continua uma lição
Um amor que nunca desfalece,
Vive sempre no nosso coração
Louco sentimento que permanece!
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Coimbra és o grande encanto
Para quem te viveu assim,
Promete que este meu canto
Nunca se afaste de mim.
m

Pergunta(s) (in)discreta(s)

O relógio roubado a George W. Bush na visita a Tirana, capital da pró-Bushsista Albânia, já apareceu?
Será que um dia destes "aparecerá" nos leilões do Google ou do eBay?
Ou "ressuscitará" na Feira da Ladra de Lisboa?
mj