\ A VOZ PORTALEGRENSE: fevereiro 2007

quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Efeméride

28 de Fevereiro de 1977 – Agosto de 1982
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Passam trinta anos que saiu o primeiro número da Economia e Gestão, a “outra” revista da Resistência.
Anos de chumbo aqueles de 1977, onde quase se asfixiava com tanta economia marxista. E o corajoso aparecimento desta revista trouxe uma lufada de ar fresco.
Lembrar esta efeméride é uma justiça que se presta ao seu Director, António da Cruz Rodrigues, e a quem nela escreve no seu número primeiro, Manuel Damásio (Produtividade e Gestão Previsional do Pessoal), José Guerreiro («A problemática do crescimento económico em Portugal: emprego e emigração que perspectivas»), N. M. (O Plano do Governo para 1977), e Bertrand de Jouvenel (Reflexões sobre uma política do ambiente – A civilização do poder).
MM
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Solidariedade

Dando razão a António Pires de Lima, a boa solidariedade dos portugueses no seu melhor! [mj]

Tea for Two


Parabéns

Ciclismo

A Equipa de Ciclismo do Sport Lisboa e Benfica na
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No dia do centésimo terceiro aniversário, uma Benfiquista amante de ciclismo!

Enguias

Nos últimos tempos não há dia que jornais, rádios ou televisões não falem de mais um escândalo na Câmara Municipal de Lisboa. E há dias consecutivos que não se fala dos escândalos na Câmara Municipal de Salvaterra de Magos.
Estas evidências questionam o facto da comunicação social dar mais atenção a Lisboa do que a Salvaterra por a primeira ser mais importante, mediática, que a segunda. Mas será mesmo assim?
Em Lisboa é o PSD que lidera a autarquia, se bem que Carmona Rodrigues seja independente. Salvaterra de Magos é a única autarquia liderada pelo Bloco de Esquerda. “Isto” já quererá dizer alguma coisa. A autarca de Salvaterra de Magos, Ana Cristina Ribeiro é arguida em dois processos judiciais, o primeiro datado de 2004 e o segundo de 2006. Carmona Rodrigues não é arguido em nenhum processo.
À margem de Lisboa e Salvaterra de Magos, a presidente da Câmara Municipal de Felgueiras, Fátima Felgueiras, começou a ser ouvida em tribunal.
Uma vez mais, o denominado Poder Local é notícia pelas piores razões, e por esse país fora muito ainda haverá por revelar!...
Em autarquias mais pequenas é fácil verificar a “falta de cuidado” de muita boa gente, que de um momento para o outro troca o modesto automóvel por outro de alta cilindrada, ou de pequeno apartamento para moradia, ou de mulher, ou de “namorada”, enfim, o deboche. A obrigatoriedade da apresentação da declaração de rendimentos é violada, sem que haja consequências. O Poder Local é um “mundo” dentro de outro “mundo”.
MM

terça-feira, fevereiro 27, 2007

Os novos capitalistas

Jean-Bédel Bokassa,
também conhecido por Bokassa I e Salah Eddine Ahmed Bokassa
(22 de Fevereiro de 1921 – 3 de Novembro de 1996)
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Moralmente, como é “edificante” a direita dos interesses portuguesa. O texto de António Pires de Lima do Expresso que abaixo reproduzimos é o bem espelho do ditado popular «olha o frei Tomás, faz o que ele diz e não o que ele faz».
A direita dos interesses desde há algum tempo que olha as antigas colónias portuguesas com um apetite voraz... Hoje é principalmente Angola e Moçambique que interessa aos novos capitalistas saídos do 25 de Abril de 1974.
Antes, ao mesmo tempo que atacavam o comunismo, atacavam os regimes ditatoriais de MPLA e da Frelimo. Hoje, “montados” negócios nestes novos países africanos, “esqueceram” o passado e negoceiam às claras com a cleptocracia angolana liderada pela família dos Santos, e em menor escala com Moçambique, onde existe um simulacro de democracia em que os antigos “amigos” destes novos capitalistas, a Renamo, é apenas passado, e os outrora “inimigos” da Frelimo os novos parceiros comerciais. O mesmo se passou com a UNITA em Angola…
Estes direitistas gostam de atacar Cuba, escrever loas aos EUA de George W. Bush (já foi mais, e até alguns já andam a “virar o bico ao prego”…), lembrar o comunismo e os seus malefícios, mas no fundo é só “da boca para fora”, porque nos “salões” gabam-se das suas relações privilegiadas e pessoais com os cleptocratas com quem têm negócios… (atenção ao “desfecho” deste «Caso Universidade Independente»).
O que o putativo líder do CDS escreveu, é a prova provada da hipocrisia que reina nesta direita, e que nunca seria desmascarada se não houve liberdade na Blogosfera, até ver!
MM
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A palavra Cleptocracia, de origem grega, significa literalmente “Estado governado por ladrões”. A cleptocracia ocorre quando uma nação deixa de ser governada por um Estado de Direito imparcial e passa a ser governada pelo poder discricionário de pessoas que tomaram o poder político nos diversos níveis e que conseguem transformar esse poder político em valor económico, por diversos modos.

Opinião

ANGOLA
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Nos últimos anos tive oportunidade de visitar Angola algumas vezes. Independentemente do juízo de valor que cada um é livre de fazer relativamente à situação política que aí se vive, não é possível subestimar o progresso que em Angola se sente. Uma nação destruída por quarenta anos de conflitos - quase trinta de guerra civil - vai dando lugar a um país em paz, ainda chocante na sua pobreza, mas com uma vitalidade só própria de quem quer agarrar o futuro.
Primeiro na Compal, agora na Unicer, pude perceber a relação única que os angolanos têm com os portugueses. Não desvalorizando traumas passados, em nenhum outro lado do Mundo, creio, Portugal é tido como referência tão elevada de qualidade. As marcas portuguesas - sejamos clubes de futebol, as empresas de construção, os produtos de consumo, as televisões ou os bancos - fazem parte do modo de vida angolano.
É curioso, porque fico com a sensação de que nós, portugueses, não esperávamos este acolhimento angolano. Nas duas empresas que referi, a dimensão do sucesso angolano não foi exactamente planeada - aconteceu. E, subitamente, houve o enorme mérito de saber aproveitá-la.
Os políticos andaram a década de 90 a falar das miraculosas oportunidades empresariais no Brasil. Quantas empresas portuguesas, das que investiram na América do Sul, conseguiram obter retorno adequado dos seus investimentos? Depois do Brasil, a classe política virou o seu discurso para Espanha. Quantas marcas portuguesas são líderes e consumidas pêlos espanhóis como se fossem as melhores do mundo?
Angola é hoje uma terra de oportunidade para os portugueses. Com regras bem diferentes de outrora, evidentemente. Fugidos de um país que não lhes oferece futuro, vêem-se em Luanda, e em Benguela, e no Lubango, e em Huambo, portugueses jovens aproveitando as extraordinárias oportunidades que Portugal não lhes dá. E vêem-se também portugueses menos jovens, de meia-idade, desempregados ou rotulados numa vida profissional desinteressante, fazerem as malas e arribarem a Angola buscando inspiração e um segundo fôlego para uma vida, até então, encalhada. Não deixa de ser sintomático que o espírito empreendedor português volte a emigrar rumo a África, de novo. Esse espírito, essa capacidade de arriscar, empreender, adaptar-se às condições mais difíceis, é uma fonte de energia, um factor de competitividade fantástico que as empresas portuguesas têm ao seu dispor.
Faz bem o Governo português em empenhar-se no sucesso das relações políticas, culturais e empresariais com Angola. Há um caminho político a percorrer, um jogo de dar e receber, para que a oportunidade em Angola possa ser bem aproveitada. As autoridades angolanas dão sinais positivos: o Presidente é o primeiro a reforçar a importância da língua portuguesa como factor agregador da nação e Angola assumem papel cada vez mais activo na CPLP. O sucesso da relação com Angola joga-se aí — na língua e na cultura. Esse é o nosso factor maior de competitividade, aquele que resiste à adversidade. Tudo aquilo que possamos fazer para promover a educação, a cultura e a língua como factor de identidade entre os dois povos será o investimento mais rentável que alguma vez faremos por Angola e por Portugal.
António Pires de Lima
in, PRIMEIRO CADERNO Expresso, 24 de Fevereiro de 2007 p. 44

Mendo Castro Henriques e o Duce

Julius Evola em Portugal

segunda-feira, fevereiro 26, 2007

Sem contestação

A primeira impressão desta vitória do Benfica é a dificuldade nas substituições. O “banco” não permite “grandes” alterações, fazendo com que nesta segunda parte do Campeonato seja uma equipa de onze titulares mais um jogador, o que é pouco para tantas ambições encarnadas, Liga e Taça UEFA.
Não oferece contestação a vitória do Glorioso. O golo do adversário, já em período de desconto da primeira parte, é mais uma falha da defesa, que no próximo jogo, na Vila das Aves, não poderá contar com Luisão.
Mas a equipa da Luz “tremeu”, disso não haja dúvida. Mas soube reagir e alcançar o terceiro golo.
Excelentes os primeiros trinta minutos de jogo por parte do SLB. Simão e Karagounis foram os melhores do Benfica. Também destaque para Quim, ao fazer uma magnífica defesa já na parte final, negando o segundo golo ao Paços de Ferreira, que a concretizar-se poderia complicar as coisas até final.
Quanto à equipa forasteira, é curioso que com tanta entrada faltosa o árbitro tenha “conseguido” que acabasse com onze jogadores. O Paços de Ferreira é a equipa com mais cartões na Liga, o que diz bem da agressividade que põe em jogo, roçando muitas vezes a violência.
Agora o SLB consolida o segundo lugar, e na próxima jornada vai a casa do último classificado. Mas todo o cuidado é pouco, que o diga o Sporting CP que empatou a zero em casa com aquela equipa.
MM

Serviço Público

Documentos históricos, o do VL e o do Engenheiro!

Um dos Filmes da nossa Vida


Estados Gerais da Direita dos Partidos

No próximo dia 11 Março, realizar-se-à na Faculdade de Direito de Lisboa, o primeiro ciclo dos Estados Gerais da Direita organizados pela Nova Democracia. O Programa será o seguinte:

10h00 -Abertura dos Estados Gerais da Direita – Diogo Pacheco de Amorim (Membro do Conselho Político da Nova Democracia)
10h15 - 1.ª Painel – “A Direita e a Constituição Europeia”
Oradores – Tom Wise (Deputado Parlamento Europeu)
José Matos Correia (Presidente da Comissão Parlamentar de ética e Ex- Chefe de Gabinete de Durão Barroso)
Moderador – Ricardo Pinheiro Alves (Membro da Direcção da Nova Democracia)
12h30 - Intervalo para o almoço
14h30 - 2.º Painel – “As Direitas em Portugal”
Oradores – Pedro Santana Lopes (Ex-Primeiro-ministro)
Paulo Otero (Professor Catedrático da Faculdade de Direito de Lisboa)
Francisco Sarsfield de Cabral (Director da Rádio Renascença)
Moderador – Manuel Monteiro (Presidente da Nova Democracia)
16h30 - Intervalo
16h45 - 3.º Painel – “Direita e Esquerda – A importância do debate ideológico”
Oradores – Pedro Abrunhosa (Músico)
Manuel Serrão (Empresário)
Moderador – Judith de Oliveira (Gestora e Conselheira da Nova Democracia)
18h45 - Encerramento dos Estados Gerais da Direita – Manuel Monteiro (Presidente da Nova Democracia)
§
Para onde vai a direita em Portugal? Bem, parece que uma certa direita vai estar no próximo dia 11 de Março reunida em Lisboa. Mas apenas uma franja da direita portuguesa. A outra anda por aí, quer no PPD-PSD, quer no CDS-PP ou no PNR. Mas toda ela é a direita dos partidos. Porque há a direita que não milita em nenhum partido político.
Mas esta iniciativa do PND é mais do que meritória. Válida, mesmo.
Todavia, como em tudo, há momentos que em vez de serem vistos com a maior seriedade, são, por força dos intervenientes, anedóticos.
Estamos a referirmo-nos ao “debate” do 3.º Painel – “Direita e Esquerda – A importância do debate ideológico” entre o Manuel Serrão e Pedro Abrunhosa. E por aqui ficamos, não deixando, porém, de perguntarmos a nós próprios se aqueles dois representam a intelligentzia direitista e esquerdista indígena. “Isto” está lindo!...
MM

domingo, fevereiro 25, 2007

Mais José Agostinho de Macedo

A Palavra é uma Arma

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Wagnerianismo

Com Dedicatória

Para mais tarde recordar
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O Ilustre Adepto de “Os Belenenses” Pedro Guedes da Silva, com o carinho que tem pelos Grandes de Lisboa, o Sport Lisboa e Benfica e Sporting Clube de Portugal, ao referir um jogo Real Madrid - Atlético de Madrid ou um jogo Roma - Lazio, compara o derby da “Segunda Circular” «a uma emocionante jogatana entre o Torremolinos e o Talavera de la Reina; uma ridicularia, portanto».
Então, recorrendo ao You Tube, dedicamos ao Pedro dois jogos desta época da Liga de Futebol indígena.
Mário

sábado, fevereiro 24, 2007

Leonardo

Edição
Revista de filosofia 'Leonardo' regressa na Internet
A Leonardo - Revista de Filosofia Portuguesa, vai voltar em segunda série, desta vez na Internet.
Dentro de duas semanas, esta publicação lançada nos anos 80, como expressão da mais nova geração de filósofos e poetas portugueses, estará disponível no endereço
Dirigida por Francisco Morais Sarmento, a Leonardo tem o patrocínio de António Telmo e Pinharanda Gomes e tem colaboração de António Brás Teixeira, João Bigotte Chorão, Joaquim Domingues e Luís Furtado, entre outros.
O filósofo António Vitorino vai ser homenageado neste regresso da revista, agora em formato digital.
Além de filosofia e de literatura, a Leonardo vai ter também uma área de comentário à actualidade.
in, Diário de Notícias, 37 ARTES 6.ª FEIRA 23.FEVEREIRO.2007

Leonardo

n.º 1 - ano I - Fevereiro de 1988
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n.º 2 - ano I - Junho de 1988
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n.º 3 - ano I - Outubro de 1988
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n.º 4 - ano I - Dezembro de 1988
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n.º 5/6 - ano II - Março/Setembro de 1989

Yukio Mishima


1969 Interview

Opinião

O Mundo dos outros
José Cutileiro
VIRTUDE À SOLTA
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Amigo perspicaz dizia-me que a diferença entre Ronald Reagan e Margaret Thatcher, de um lado, e George W. Bush, do outro, é que o guru dos primeiros era Hayek e os gurus do segundo são pregadores evangelistas da “cintura bíblica” do sul dos Estados Unidos. Hayek, filósofo e Prémio Nobel da economia, acreditava no poder da razão, isto é, aceitaria que lhe demonstrassem não a ter; os pregadores acreditam inabalavelmente na letra da Bíblia e só nela, isto é, arvoram em modelo de comportamento humano e de conhecimento do Universo tradições e costumes bárbaros de um povo de pastores de há três mil anos. Contra um mundo que provadamente os contradiz balançam teimosamente entre a hipocrisia e a asneira.
Não é só a administração Bush a querer impor cegamente as suas preferências morais ao bom senso preciso para vivermos mais ou menos em paz uns com os outros. Assiste-se hoje, em muitos políticos, ao zelo preocupante de alardear virtude. O ano passado, a Assembleia Nacional francesa aprovou um projecto de lei que criminaliza a negação do genocídio de arménios pela Turquia durante a I Guerra Mundial. Isto é, os deputados franceses, que verberam a falta de modernidade, democracia e respeito por direitos humanos da Turquia por levar a tribunal quem diga que houve genocídio, querem que a França se porte exactamente da mesma maneira com quem diga que não o houve. Progresso moral ou expediente oportunista? (Há centenas de milhares de eleitores franceses de origem arménia - e, válvula de segurança, o projecto poderá morrer no senado ou na mesa do Presidente da República.) Decisões deste género pululam: depois de outros parlamentos, a Câmara dos Representantes em Washington prepara-se para declarar oficialmente que houve genocídio de arménios em 1915. (Também há muitos eleitores arménios nos Estados Unidos). O problema da matança de arménios por turcos há quase cem anos deve ser discutido livremente e livremente objecto de investigação histórica. A obtusidade oficial turca na matéria tem de ser corrigida - em vez de servir para estimular obtusidades de sentido contrário.
Entretanto, os ministros da Justiça da União Europeia, debatendo projectos de combate a racismo, xenofobia e incitamento a “crimes de ódio” nos seus países, confrontam-se com proposta de criminalização da negação do Holocausto, do genocídio no Ruanda de 1994 e de outros crimes contra a humanidade definidos pelo Tribunal Criminal Internacional. Por razões históricas, negar o Holocausto é crime na Alemanha e mais alguns países, mas a criminalização geral proposta é inaceitável noutros. Liberdade não é dever de ter razão, é direito a não a ter.
Dito isto, mesmo que tentar fazer bem possa dar mau resultado não se deve seguir outro caminho - desde que não se deixe a virtude tomar o freio nos dentes. Porque se o mal é eficaz - Mugabe a transformar o Zimbabwe num campo de concentração famélico - o bem, contra o que cínicos pensem, também o pode ser.
in, PRIMEIRO CADERNO Expresso, 24 de Fevereiro de 2007 p. 42

A Marcha dos Pinguins

Dada a qualidade deste filme/documentário, e para quem não costuma comprar o semanário “Expresso”, uma chamada de atenção para o facto de o exemplar de hoje trazer como oferta o filme “A Marcha dos Pinguins”. [mj]

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Lição de português

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Via mail, da Beira Alta. [mj]

Desabafos

Goste-se ou não do homem, o certo é que tem obra feita.
Assumimos que o seu estilo não é do nosso agrado, mas reconhecemos que ao longo dos anos transformou a paisagem rural, urbana, industrial e cultural de uma região, onde se soube aproveitar os fundos financeiros vindos da Europa e os fundos recebidos via impostos de todos os portugueses.
Mas, ao longo desses mesmos anos nunca mostrou a menor solidariedade com as outras regiões do país que, pela mediocridade dos seus representantes, se iam afastando do progresso e do bem-estar que mereciam.
Com as mesmas bases e possibilidades, outras regiões de Portugal não conseguiram alcançar os níveis de riqueza que ele conseguiu para a sua. Para quem vive na região mais pobre de Portugal, o Alentejo, só se pode sentir desgosto por ver quantas oportunidades perdidas, quantas promessas incumpridas, tanto dinheiro desbaratado, e tanto conformismo nas gentes alentejanas perante esta situação.
Alberto João Jardim transformou radicalmente a Madeira e o Porto Santo ao longo deste seu consulado. É verdade que com laivos de autocrata. É verdade que sem o cumprimento de leis da República. Mas aquele arquipélago é hoje uma terra de progresso, de futuro, ao invés do Alentejo.
O Alentejo vem regredindo nos aspectos demográfico, industrial, comercial e até cultural! A sua massa crítica é cada vez menor. Não tem poder reivindicativo nos areópagos nacionais e internacionais. É uma passagem entre o norte rico e o sul do turismo. O modelo do desenvolvimento madeirense poderia ser exemplo para a região do Alentejo. Porém, não há quem assuma a liderança do processo, porque o universo humano-político alentejano é um “deserto”.
MCNM
in, Rádio Portalegre, Desabafos, 23/02/07

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Vitória justa

DÍNAMO-BENFICA, 1-2
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O Benfica começou a ganhar ainda antes do apito inicial do árbitro. A maneira como Fernando Santos “montou” a equipa permitiu que o SLB dominasse de início o jogo “esfriando” os romenos. O golo do Dínamo é uma falha da defesa encarnada, que se vai redimir na segunda parte com o golo de cabeça de Anderson. O golo, também de cabeça, de Katsouranis “matou” o jogo, porque a partir desse momento “só” houve Benfica, que mais não fez do que controlar o jogo e o resultado.
De realce o facto do Benfica ter ganho os dois jogos, subindo no ranking da UEFA.
Uma palavra elogiosa para Fernando Santos, e destaque para Simão, Leo, Luisão e Miccoli.
Agora o SLB vai disputar os oitavos-de-final da Taça UEFA com o Paris Saint-Germain (PSG), e desde já a garantia de uma boa receita financeira.
Até Paris, a caminho de Glasgow!...

Viva o Benfica!

O estado da direita em Portugal

O estado da direita

Depois de Abril
No pós-25 de Abril, as “direitas” refizeram-se ou reconstruíram-se, entre duas principais opções: uma linha, guiada pela memória histórica e intelectual das causas da continuidade – nacionalismo, anti-comunismo, pessimismo – outra atenta aos imperativos da sobrevivência e do mal menor. Uma parte aderiu aos partidos – PSD e CDS – não se preocupando com as suas matrizes ideológicas “de esquerda”, ou “centro” que, com filosofia, considerou um caso de necessitas non habet legem. Outra privilegiou a intervenção cultural, adaptando as mais diversas correntes europeias e anglo-saxónicas, desde o germanismo da Konservative Revoluzion ao gramscianismo da Nouvelle Droite francesa, ao realismo estratégico e liberalismo económico dos conservadores anglo-saxónicos. Uns quiseram agir no imediato político, outros pensar. Embora houvesse cumplicidade e amizade tipo old boys network, estas linhas foram-se afastando, chegando-se ao risco de um pensamento sem utilidade cívica, “académico”, e de uma acção sem pensamento estruturante, logo “oportunista”… .
Que foi o que veio a acontecer e a razão pela qual podiam fazer sentido os tais “estados gerais” ou o que fosse. Mas nunca assim!
Jaime Nogueira Pinto
in, Futuro Presente, 62, ano xxvi, set-out 2006, p. 5
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Esta análise quanto à direita ou direitas nos últimos trinta e três anos em Portugal é correcta. Contudo, não apresenta justificativos para que assim fosse.
Se em relação aos partidos representados no Parlamento onde há gente que se afirma ou define como de direita, CDS-PP e PPD-PSD, é normal que não tenha ideologia para defender ou difundir. O nível a que a classe política, em todos os quadrantes, atingiu em Portugal é tão baixo, que se não pode exigir a qualquer deputado um mínimo de coerência ideológica, coisa que dificilmente compreenderão.
O busílis da questão reside nos grupos de pensamento e na sua incapacidade de fazer chegar a mensagem aos políticos, por muito medíocre que são ou sejam.
À direita, dois grupos como que hegemonizaram o pensamento de direita nas últimas três décadas, o grupo da Resistência e o grupo da Futuro Presente.
Em linhas muito gerais, o primeiro actuou nos dois campos, no pensamento através das revistas Resistência, Economia e Terceiro Milénio, tendo ainda editado livros e realizado colóquios e conferências. Mais tarde veio a estar na fundação da editora Nova Arrancada e em outros momentos culturais. No campo político, participou em movimentos e partidos extra-parlamentares.
O segundo nunca saiu da “redoma” que era a revista, nunca se abriu à sociedade civil, e com o tempo foi perdendo o fôlego, a ponto de hoje já não desempenhar aquele papel de referência dos anos oitenta. Dada a juventude dos seus fundadores, à época, muito se esperava daquele grupo, fazendo-se constantes comparações com o dinamismo dos congéneres franceses Club de l’Horloge ou GRECE.
Portanto, quando hoje Nogueira Pinto escreve, e bem, sobre a direita com “um pensamento sem utilidade cívica”, estará a pensar no que poderia ter sido e não foi o grupo do Futuro Presente. Por muito que isso lhe custe!
MM

O voo da águia Vitória


Que voo para hoje no Dínamo – Benfica?

Crónica de Nenhures

Portugal fora do Afeganistão
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O presidente da República Aníbal Cavaco Silva convocou para hoje o Conselho de Estado com o objectivo de ouvir os conselheiros sobre o podido do presidente da NATO de maior cooperação de Portugal no esforço daquela entidade militar no Afeganistão.
Pretende aquele militar que Portugal envia mais meios humanos e militares para aquele teatro de guerra outrora de baixa e agora de média intensidade.
Tal como os soviéticos, agora os atlantistas também estão a perder a guerra naquele país, juntando-se na história aos ingleses. Parece que aquele povo está fadado para derrotar quer invasores quer ocupantes, e a derrotar-se a si próprio através de contínuas guerras civis tribais.
O ocidente sabe que perdeu a guerra, mas quer manter uma força no Afeganistão, mas agora as grandes potências querem dividir os riscos com as pequenas, ou com os seus apêndices, este, o caso de Portugal, dada a sua pequenez em termos de importância mundial.
Será fácil adivinhar o que sairá daquela reunião do Conselho de Estado, conhecendo-se a gente que dele faz parte. “Portugal tem que assumir e honrar os seus compromissos perante as Organizações de que faz parte e perante a Comunidade mundial”, frase mais ou menos idêntica à que o comunicado final daquela reunião reproduzirá…
Mas que interesses tem Portugal em enviar mais meios para o Afeganistão? Que contra-partidas receberá em os seus militares servirem de “carne para canhão”? Que mais-valias obterá pelo envio de mais material militar? Enfim, que faz Portugal, país pobre, sem recursos e a braços com uma crise económica sem fim à vista, com um desemprego em crescendo, com a falência do sector industrial e o fim da agricultura no Afeganistão?
Há que reverter os parcos meios financeiros que o Estado tem para o bem-estar do povo português e deixarem-se os seus governantes de fazerem figura de “ricos” e olharem para dentro do país, e não gastar com outros o que não tem para gastar consigo próprio.
Os portugueses devem exigir o regresso das forças militares e militarizadas que estão em todas as missões no estrangeiro, a começar por Timor, colónia australiana!
MM

A nossa Maria merece!

Ministério dos Negócios Estrangeiros
República Portuguesa

---------------------- MENSAGEM ORIGINAL ----------------------
INFORMAÇÃO A TODOS OS PORTUGUESES...
AFINAL OS NOSSOS JOVENS TÊM MÉRITO... OU NÃO???
A nossa Maria merece...

"De acordo Com O Correio da Manhã, Maria Monteiro, filha do antigo Ministro António Monteiro e que actualmente ocupa o cargo de adjunta do porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros vai para a Embaixada portuguesa em Londres.
Para que a mudança fosse possível, José Sócrates e o ministro das Finanças descongelaram a título excepcional uma contratação de pessoal especializado.
Contactado pelo jornal, o porta-voz Carneiro Jacinto explicou que a contratação de Maria Monteiro já tinha sido decidida antes do anúncio da redução para metade dos conselheiros e adidos das embaixadas.
As medidas de contenção avançadas pelo actual governo, nomeadamente o congelamento das progressões na função pública, começam a dar frutos.
Os sacrifícios pedidos aos portugueses permitem assegurar a carreira desta jovem de 28 anos que, apesar da idade, já conseguiu, por mérito próprio e com uma carreira construída a pulso, atingir um nível de rendimento mensal superior a 9000 euros.
É desta forma que se cala a boca a muita gente que não acredita nas potencialidades do nosso país, os zangados da vida que só sabem criticar a juventude, ponham os olhos nesta miúda.
A título de curiosidade, o salário mensal da nossa nova adida de imprensa da embaixada de Londres daria para pagar as progressões de 193 técnicos superiores de 2ª classe, de 290 Técnicos de 1ª classe ou de 290 Assistentes Administrativos.
O mesmo salário daria para pagar os salários de, respectivamente, 7, 10 e 14 jovens como a Maria, das categorias acima mencionadas, que poderiam muito bem despedir-se, por força de imperativos orçamentais.
Estes jovens sem berço, que ao contrário da Maria tiveram que submeter-se a concurso, também ao contrário da Maria já estão habituados a ganhar pouco e devem habituar-se a ser competitivos.
A nossa Maria merece.
Também a título de exemplo, seriam necessários os descontos de IRS de 92 Portugueses com um salário de 500 Euros a descontarem à taxa de 20%.
Novamente, a nossa Maria merece!"
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Recebida da Beira Alta, via mail. [mj]

Há cinco anos

Jonas Malheiro Sidónio Savimbi
(3 de Agosto de 1934 — 22 de Fevereiro de 2002)
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Partiu o último dos românticos. Jonas Malheiro Savimbi morreu como morrem todos os heróis, no seu posto e de arma na mão, lutando contra os matadores enviados pela cleptocracia que governa em Luanda, a capital do seu amado País. Angola era a sua Pátria e por ela lutou contra todas as formas de opressão, até por ela dar a vida em 22 de Fevereiro de 2002. Venceu muitas batalhas e perdeu outras. Mas, sobretudo, ganhou a última, a da morte.
O seu nome será lembrado no Mundo como um dos grandes heróis africanos na luta contra colonialismos e neocolonialismos, sempre ao lado do povo angolano que com ele se identificava e a quem pertencia. Morreu varado por quinze balas assassinas em solo pátrio, ele, Savimbi, o guerrilheiro Nacionalista, o político Democrático, o homem de Estado que utilizou sempre as riquezas do seu País na luta contra a ditadura em que vivia e vive o seu povo.
Com este assassínio, a natureza sanguinária de um regime atingiu a perfeição. Mas é um erro político para a gerontocracia luandense, porque agora desapareceu fisicamente a justificação para os gastos militaristas e de segurança que são apresentados como o motivo para a miséria em que vegeta o povo angolano.
Agora o povo verá quanto Savimbi tinha razão e era justo, e mais revigorada será a luta de libertação contra o MPLA e satélites, os principais, senão únicos responsáveis pela crise angolana.
Morreu o Homem, nasceu o Mito.
Kwacha Savimbi!
Mário Casa Nova Martins
in, O Distrito de Portalegre, 1/3/2002

quarta-feira, fevereiro 21, 2007

Sobre o Marcellismo

Depois de termos colocado o Postal «Para a História do Marcellismo», recebemos, via mail, do nosso Amigo Nonas duas capas de outros tantos livros que aquele Amigo considera de leitura obrigatória sobre aquela temática, e cuja leitura há muito fizemos.
Por esse facto reproduzimo-las, com os nossos maiores agradecimentos ao Nonas.
MM

Para a História do Marcellismo

Marcello José das Neves Alves Caetano
(Lisboa, 17 de Agosto de 1906 - Rio de Janeiro, 26 de Outubro de 1980)
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No XVI volume da História de Portugal de Joaquim Veríssimo Serrão, na página 123, na nota 461, escreve o Historiador:
_ Há mais de 10 anos inquiri do irmão do ministro, o distinto causídico e meu ilustre amigo, Dr. Agostinho Cavaleiro de Ferreira, que foi chefe do seu gabinete, as razões por que o ministro da Justiça solicitou a exoneração do cargo. Recebi depois amável carta de 13 de Julho de 1998, que espero um dia publicar pela sua importância histórica e em que atribui as causas da exoneração do Doutor Cavaleiro de Ferreira à oposição politica que lhe era feita pelo Doutor Marcello Caetano. Dessa carta extraímos apenas, por ora, os dados que interessam.

Esta nota vem num pequeno sub-capítulo intitulado «A exoneração do ministro Cavaleiro de Ferreira», página 121 a 123.
A história do marcellismo ainda está para ser feita, pese embora as achegas recentes de Vasco Pulido Valente ou do próprio Joaquim Veríssimo Serrão.
Era importante conhecer-se este documento na íntegra. Marcelo Caetano preparou, cuidadosamente, a sucessão de António de Oliveira Salazar, afastando todo e qualquer possível concorrente.
Depois foi o que se viu!
MM

terça-feira, fevereiro 20, 2007

História de Portugal

Da “colheita” deste Carnaval de referir o XVI volume da História de Portugal, de Joaquim Veríssimo Serrão.
Compreende os anos entre 1951 a 1960, e analisa a História Política, Administrativa e Ultramarina deste período, ficando o próximo volume com a História Diplomática, Social, Económica e Cultural. [mj]


Grande Mac

BigMac em forma…

segunda-feira, fevereiro 19, 2007

Circo & Carnaval

A Lei das Finanças Regionais foi publicada hoje em Diário da República, no mesmo dia em que o presidente do Governo regional da Madeira, Alberto João Jardim, anuncia a sua demissão, em protesto contra o diploma.
Como grande folião que é, nada como a segunda-feira de Carnaval para criar um facto político.
Mas desengane-se quem pensar que o homem “arruma as botas”…, “isto” é só um jogo de “baralhar e dar de novo”!
Neste momento, Alberto João Jardim até é um “aliado” do Governo socialista. Ao tomar esta atitude, desvia as atenções dos portugueses dos seus problemas do quotidiano, como o agravamento contínuo das condições de vida e o disparar do desemprego. José Sócrates, agradece...
Jardim pretende atacar frontalmente Aníbal Cavaco Silva, o tal sr. Silva que ele, a contra-gosto, apoiou para a presidência da República…
Ele sabe que o tempo em que o Governo da Região Autónoma da Madeira chantageava politicamente o Governo da Nação, “jogando” com o peso dos seus deputados na Assembleia da República, pertence ao passado.
Agora aquele “regime de excepção” em que governava, acabou.
A falta de solidariedade da Madeira para o resto do País, finalmente, vai terminar.
Todos somos Portugueses!
MM

domingo, fevereiro 18, 2007

Luta a três

O minuto treze foi aziago para o Benfica, com a saída de Rui Costa. Mas a equipa soube reagir a este contratempo, e comandar a partida até ao intervalo.
Na segunda parte um super-Miccoli por duas vezes marca, deixando no ar duas coisas: Uma tem a ver com o seu estado físico, como seria se jogasse com mais regularidade, e a outra prende-se com Nuno Gomes, produtivo quando tem a seu lado um verdadeiro homem de área.
No rescaldo desta jornada ainda incompleta, realce para o volumoso triunfo do FC Porto, o injusto empate do Sporting CP, e o regresso do SL Benfica ao segundo lugar da tabela.
MM

Olivença é...

Brasil - Carnaval - 2007

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sábado, fevereiro 17, 2007

Richard Wagner Siegfried.


'Forest Murmurs'

Arturo Toscanini conducting NBC Symphony Orchestra New York 1948

Ciclismo

Equipa de ciclismo do SLB para esta época

sexta-feira, fevereiro 16, 2007

Wagnerianismo

Die Meistersinger von Nürnberg
Prelude + Act III finale, 1935
na
Casa de Humberto Nuno de Oliveira